O Reverendo Padre Charles e Sai Baba
Atualizado dia 10/21/2008 1:13:06 PM em Espiritualidadepor Marcos Spagnuolo Souza
O padre Charles uniu-se a essa ordem quando tinha dezoito anos de idade. Depois de nove anos buscando intensamente por Deus, não O encontrou passando a sentir que Deus estava se escondendo dele. O padre Charles quis deixar o seminário, foi quando o seu pai com a idade de cinqüenta e oito anos adoeceu gravemente, com câncer de medula. O padre Charles disse que seu pai devido à doença passou por um sofrimento transformador, pois o sofrimento empurra as pessoas para a entrega a Deus. Na primeira etapa do sofrimento ocorreu a rejeição surgindo à pergunta: “Por que comigo?”.
O padre Charles diz que no jardim do Getsemani Jesus rezou ao Pai: “Pai, tudo é possível contigo. Afasta esse cálice de sofrimento de mim”. A rejeição é nossa experiência natural, mas devemos ir além desse nível. Salienta que Jesus nos ensinou a ir além desse nível de rejeição quando orou: “Que se faça a Tua vontade e não a minha”.
Padre Charles salienta que seu pai, no leito da morte, descobriu o segredo do morrer. Havia luz e felicidade em seus olhos e recitava constantemente o nome de Deus. Deus estava sempre nos seus lábios. Charles conta que em uma ocasião o seu pai o chamou em seu leito de morte e disse que estava no caminho do Calvário, sendo que o Calvário é o símbolo cristão da entrega total e da fusão da alma com a Alma Universal. O pai de Charles disse que estava oferecendo o seu sofrimento para a alegria do mundo, ofereceu a si mesmo, não para algo, nem sequer para ir ao céu senão pela felicidade do mundo. Três dias antes de morrer chamou junto ao seu leito os seus familiares e disse a eles que deixaria o corpo na quarta-feira e que todos estivessem preparados. Disse para o padre Charles não deixar o sacerdócio e que muitas pessoas iriam precisar dele. Na quarta-feira, o pai de Charles chamou toda a família e disse: “Já é hora”. Deu as mãos ao seu filho Charles e o pediu que começasse a recitar os nomes de Deus e rezaram a ladainha do Sagrado Coração de Jesus. Enquanto todos rezavam o pai do padre Charles deixou o corpo como alguém que adormecera.
A morte do pai foi um despertar para o padre Charles que devido aos conselhos do pai, no leito de morte, voltou ao seminário.
No seminário, o padre Charles teve o primeiro contato com Sai Baba através do reverendo padre Raymond Arazu, professor no curso de religiões comparadas que durante uma aula citou o nome de Sai Baba, pois ele era um devoto de Sai. Salienta o padre Charles que existem muitos sacerdotes que adoram Sai Baba e o padre católico Mario Mazzoleni escreveu um livro denominado “Um sacerdote católico encontra Sai Baba”. Padre Charles relata que depois que o padre Raymond Arazu mencionou o nome de Sai Baba, o Swami lhe apareceu em um sonho e o abraçou sendo esse o primeiro encontro do padre Charles com Sai Baba. No sonho, Sai Baba veio como energia pura, luz pura, amor puro, vestido de vermelho radiante resplandecente de Glória. Sai Baba fez um movimento circular com Sua mão e criou uma onda de energia que o atraiu para Ele e o padre Charles se dissolveu em Sai Baba. Não havia um padre Charles e o Sai Baba e sim uma unidade de energia pura. Nesse instante, Padre Charles tomou consciência que aquela voz que escutou nove anos antes “Que queres fazer com esta vida?” era a voz de Sai Baba.
O padre Charles foi impulsionando na busca de uma realidade mais profunda da vida, pois compreendeu que tudo que é captado pelos sentidos não é real e que aquilo que não se vê é a única realidade verdadeira.
Salienta o padre Charles que muitas pessoas pensam que chegam a Sai Baba por seus próprios esforços, mas não é assim. É Sai Baba que atrai cada pessoa para junto Dele. Jesus também disse: “Ninguém vem a Mim se Meu Pai não o atrair para Mim”.
No Natal de 2007, o padre Charles fez um discurso diante de milhares de devotos reunidos aos Pés de Sai Baba e salientou que quando temos consciência da realidade de Sai Baba todos os temores desaparecem. Somente existe sofrimento quando não existe amor e quando o amor é vivo em nós, as agulhadas do sofrimento se transformam na felicidade da oferenda. O amor de Sai Baba nos enche com esse espírito de sacrifício. Não há amor sem sacrifício e esse sacrifício concede alegria e paz. Os discípulos de Jesus tiveram que padecer e todos eles estavam felizes. São Paulo passou por muitas dificuldades para difundir a mensagem de Jesus e estava sempre feliz porque amava Jesus.
Referência: Logos Informativo Sathya Sai. Boletim 051. Ano V. Julho 2008.
Texto revisado por: Cris
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