O tempo de cada um
Atualizado dia 25/11/2009 16:27:29 em Espiritualidadepor Maria Silvia Orlovas
A vida tem passado muito rapidamente para todos nós. Talvez seja o acúmulo de tarefas, ou quem sabe, nosso estresse e desejo de terminar aquilo que começamos. Mas não é fácil viver no ritmo acelerado da nossa época. Se não nos cuidarmos, facilmente deixamos para trás coisas importantes, como fazer ginástica, manter uma alimentação balanceada, ou mesmo, reservar um tempo para rezar, meditar, reequilibrar-se porque a vida nos cobra movimento, atenção e resultados. Porém, se não estivermos bem com nossos sentimentos e emoções, com certeza, não estaremos bem para as outras coisas também.
Se não estivermos bem, tudo se transforma numa bola de neve de coisas negativas e, sem perceber, vamos criando um ambiente infernal.
Uma pessoa estressada não sabe ouvir ou não tem paciência para os outros. Alguém infeliz consigo mesmo não tem olhos para ver os outros e suas necessidades e acaba por passar em cima de sentimentos desrespeitando as pessoas à sua volta.
Outro dia, no sacolão, escolhendo minhas frutas me deparei com uma cena insólita. Uma moça muito bem vestida, com uma cara simpática, mas com a fisionomia fechada parecia totalmente enfurecida por causa de um rapaz, deficiente que fazia suas compras demoradamente à sua frente. Na verdade, o moço fazia as compras no tempo dele que, certamente, não era o tempo dela. A cena, que não durou mais do que três minutos, terminou com ele se virando para ela perguntando:
“Estou atrapalhando?”
Quando ela percebeu que se tratava de uma pessoa com problemas, ficou muito sem graça e disse:
“Não, de forma alguma”... O sorriso no rosto dela tinha uma cara de desculpa e, se não fosse pelo fato do meu registro aqui nesse texto, esse seria mais um lance comum que ninguém vê. Não houve insulto, os dois não discutira;, com certeza, o rapaz não se sentiu ofendido, nem a moça fez nada ruim de verdade. Esta cena apenas vale como reflexo de uma percepção que todos nós deveríamos ter da vida. Pois cada um tem seu tempo. Sua forma de agir, suas prioridades. E, por fim, de que vale a loucura que nos envolve fazendo que sempre estejamos atrasados, correndo atrás de cumprir nossos compromissos?
Onde vamos chegar com nosso estresse?
Que direito temos de sofrer por conta da nossa vida louca passando por cima de tudo o que está à nossa volta?
Será, que quando ficarmos mais velhos, teremos qualidade de vida e saúde com esse tipo de comportamento involuntário? Sim, porque muitas vezes agimos assim sem a intenção de ter essa atitude. Fazemos porque estamos absortos em nossa engrenagem. Não estamos conscientes de nossos atos como deveríamos e, assim, não estamos fazendo escolhas, nem estamos assumindo realmente um compromisso. Acho que esse pensamento ajuda a explicar como uma pessoa esquece, por exemplo, um bebê num carro e sai para trabalhar.
Em sã consciência, ninguém faria isso. Nenhuma pessoa é desalmada a este ponto. Nem sequer vale uma crítica a um ato insano como esse que tomou novamente os noticiários dos jornais. Uma situação como essa só mostra que se não nos cuidarmos não seremos mais donos de nossa própria vida. Estamos correndo tanto que o tempo está passando sem que observemos o que fazemos.
E, ao contrário do que parece, não estamos vivendo assim porque precisamos. Vivemos assim porque estamos deixando a vida passar, porque não conseguimos quebrar um círculo vicioso de trabalho, culpa, desejos, consumo e compromissos.
Assim, amigo leitor, preste atenção nas suas atitudes. Observe a qualidade de vida que você está oferecendo para si mesmo e para sua família. Porque trabalhar, ganhar dinheiro, desenvolver-se profissionalmente todos precisam. Porém, mais cedo ou tarde, a aposentadoria bate à nossa porta e teremos que enfrentar esse novo momento da vida. Envelhecer também é uma arte, e sendo jovens ou mais maduros, temos que uma hora ou outra pensar nisso, porque o tempo está passando... prestemos ou não atenção nesse fato.
Naturalmente, essa época do ano nos remete a refletir sobre a vida, e nos rumos que nossas escolhas estão nos levando.
Parece que foi ontem que começamos um curso, fizemos um financiamento e, de repente, as coisas mudaram e aquilo que era importantíssimo na época deixou de ser e vale lembrar que nem faz muito tempo que você assumiu esse compromisso.
Esse raciocínio vale para muita coisa na vida. Um relacionamento afetivo, por exemplo. Claro que precisamos de um tempo para conhecer a pessoa, precisamos que as histórias amadureçam, que as pessoas se mostrem, mas dar chance demais esperando algo bom também não vale. Porque no fundo as pessoas só mudam se desejam mudar. Ninguém muda ninguém. O caráter de cada um é a escultura do próprio artista e dono de si mesmo.
Ser consciente do seu tempo, de suas escolhas é fundamental para viver relações mais ricas. Nesse sentido é que sugiro a você tirar um tempo diariamente para uma oração, para meditar, ou mesmo para ouvir uma boa música e relaxar.
Se você fizer tudo certinho o tempo vai passar e, se você fizer tudo errado, o tempo também vai passar. Sendo assim, tente guardar um pouco desse tempo precioso para você. Assim, quem sabe suas ações com mais consciência possam ser melhores do que todas aquelas que você já tomou sem nem sequer prestar atenção. Confira os ensinamentos e meditações curativas que Maria Silvia ensina participando de um dos seus grupos.
Venha participar do seu Grupo de Meditação Dinâmica que acontece todas as quartas-feiras no seu espaço em São Paulo. Venha ouvir pessoalmente as canalizações.
Texto revisado
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Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores. Me acompanhe no Twitter e Visite meu blog E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |