ORIGENS DA QUARESMA - PAGANISMO E CRISTIANISMO
Autor Rakel Possi
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 3/1/2017 5:49:31 PM
NO PAGANISMO
Ao término do Carnaval, na quarta feira, o governo mandava limpar as ruas e queimar tudo o que estava jogado; já que as festas eram muito livres e se consumia muita carne havia muitos ossos nas ruas que poderiam proliferar doenças. Assim, ficavam grandes montes de cinzas pela cidade. Estas cinzas representavam que a limpeza tinha sido feita. Nas religiões antigas egípcia e outras se usava a cinza dos altares para limpeza e purificação dos
frequentadores dos Templos. O catolicismo tentou juntar as duas formas de usar as cinzas e as integrou aos Rituais de Páscoa. Os primeiros sacerdotes tentaram combater as referências pagãs e como não conseguiram elas foram
adicionadas aos rituais da igreja.
NO CRISTIANISMO Desde a antiguidade e as culturas pagãs as pessoas se preparavam para fazer a Iniciação ou Comunhão Pascal com a intenção de comemorar a abundância que esperavam a terra lhes retribuísse em suas colheitas.
Todos os Sacerdotes aconselhavam que se fizesse um período de jejum para purificar o corpo interna e externamente e ele deveria começar na 4º feira depois do carnaval e serviria para dar início à Quaresma. No início o jejum era de um dia para alguns e para outros de três dias.
Nos primórdios da Igreja Cristã seguiu-se com esta prática, porém segundo alguns historiadores o tempo de jejum era de quarenta horas que seria o tempo em que Jesus teria ficado na cruz. Para muitos este era um tempo justo para congregar as pessoas em torno do ideal Cristão.
Com o passar dos anos e o aumento das pessoas que buscavam a Iniciação Pascal a igreja teve que fazer uma revisão desse tempo porque não era suficiente para orientar e cuidar de tantos novos cristãos com o Batismo.
Então, no Concilio de Niceia, 325 d.C, decidiu-se que a partir dessa data a Quaresma seria de quarenta dias. Antes deste Concilio não existia o ‘conceito da Páscoa Cristã’ porque era mais um ritual tomado de outras crenças.
Os quarenta dias eram exigidos às pessoas com profissões consideradas ‘sujas’ e que portanto precisam se ‘limpar’ antes do Batismo: lutadores; limpadores de rua; cabeleireiros, os que trabalhavam nas catacumbas e outros deste tipo.
REFERÊNCIAS DA NUMEROLOGIA Na literatura Bíblica se faz referência muitas vezes ao número 40.
Estas são alguns das citações mais importantes.
A inundação (Noé) durou 40 dias e 40 noites.
As cerimônias de embalsamento de Jacó duraram 40 dias.
O Êxodo israelita dura 40 dias nos quais receberam milagres.
Moisés jejuou duas vezes por 40 dias no Monte sinai: a primeira vez depois de receber a Tábua das Leis e a segunda vez ao descobrir a traição dos israelitas com a construção do bezerro de Ouro.
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