OS DROGADINHOS - ÓRFÃOS DE PAIS VIVOS 1/11



Autor Dante Bolivar Rigon
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 21/05/2012 16:48:44
Bom dia!
Foi lançado mais um livro pela Editora 24 Horas, "VIDAS INTERVIDAS", bem mais perto de cada um de nós. Com certeza vale a pena pesquisá-lo.
Hoje propomos outro tema também de importância capital.
Extraído do livro "EVOLUÇÃO DO ESPÍRITO NA PROBLEMÁTICA HUMANA" não editado ainda mas à disposição de Agentes Literários que queiram conosco investir na obra. O título original é ÓRFÃONS DE PAIS VIVOS" mas adaptado para o STUM com o título:
OS DROGADINHOS - ÓRFÃOS DE PAIS VIVOS? 1/11
Enquanto Jonas discorria sobre o assunto, o Dr. Marcos concentrou-se por uns instantes, interrompendo o estudo ao pronunciar-se:
- Nosso amigo Cartolinha[1] se faz presente acompanhado do espírito de um lindo garoto de seus catorze anos mais ou menos. Parece que querem falar conosco.
- Agradecemos a presença de tão nobre amigo, e por certo, caso Marcos queira mediunizá-lo, conversaremos com todo o prazer. - respondeu Jonas.
Acomodando-se melhor, o Dr. Marcos após leve concentração recebeu mediunicamente a inesperada visita.
- Um bom dia, e que a paz do Senhor esteja com todos. - cumprimentou a entidade visitante. - É grata a satisfação em visitar os queridos amigos no momento em que se dedicam a tão importante assunto. Por solicitação de Estevão que entendeu ser interessante para o estudo a experiência vivida por um espírito que sofreu na carne o desinteresse e abandono dos pais, acompanhei este irmão até aqui, pois prontificou-se a relatar a saga de sua última encarnação. Devo desincorporar para liberar o aparelho ao meu acompanhante, mas antes desejo parabenizá-los por esse esforço em que se concentram, e tenham a certeza de que o trabalho em elaboração trará incontáveis benefícios, não só às pessoas que terão acesso a ele, mas também e principalmente a espíritos levados aos nossos postos de socorro para serem orientados e conduzidos. Um bom dia a todos e que a infinita bondade do Pai continue a orientá-los e conduzi-los nos caminhos do estudo e da abertura que possam proporcionar.
- Bom dia, - cumprimentou o espírito visitante após incorporar no Dr. Marcos. - É com satisfação que me proponho reportar o triste quadro que vivi em minha última estada no abençoado veículo material, pois creio, a experiência poderá servir de advertência não só para pais, mas também a jovens que venham encontrar-se em situações parecidas com as que me envolvi. Meu nome é A.R.C., nasci na baixada fluminense em outubro de l979 em uma bela vivenda num bairro de classe média na cidade de Nova Friburgo, e terminei meus dias com catorze anos em um sofisticado barraco na favela da Rocinha na maravilhosa cidade do Rio de Janeiro. Minha história, para análise, inicia-se bem antes desses acontecimentos. Em minha penúltima encarnação eu era filho dos mesmos pais de agora. Morávamos em um sítio perto da cidade de Constantina, propriedade pertencente a meu avô que se dedicava ao cultivo de café, hortaliças, legumes, cítricos e flores. Meu pai não era dado ao trabalho; vivia em festas, mulheres e intrigas. Casou cedo, pois minha mãe engravidou e o casamento deu-se por imposição de seus pais. Dessa união nasceu uma menina, a Marianinha, e mais tarde, após dez anos foi a minha vez em fazer parte daquele lar que na verdade nunca existiu. Sendo o pai desregrado e a mãe desiludida pois jamais aceitou tal união, os avós tomaram a si a responsabilidade de nos criar. Aos dez anos eu já auxiliava meu avô nas lidas da terra mostrando-me um bom e dedicado trabalhador, o que me unia cada vez mais a ele. Com o passar dos anos, quando eu contava dezoito primaveras, meu avô veio a falecer logo após o passamento da vovó, e o desregramento de meu pai determinou a venda da propriedade colocando-nos em pouco tempo na mais extrema miséria. Mudei-me para o Rio de Janeiro em busca de oportunidade. Consegui um bom emprego, completei os estudos primários e consorciei-me com a filha do patrão. Com o tempo herdamos o negócio, acabando por morrer aos sessenta anos envolto em prantos sentidos da esposa e dos quatro filhos, todos muito bem educados e em boas condições financeiras.
Ao acordar no mundo espiritual cercado de amigos e parentes entre eles meus avós, soube do estado deplorável em que se encontravam meus pais desencarnados há algum tempo. Assistido por amigos e superiores, logo eu estava trabalhando em um grupo socorrista, e com o auxílio deles consegui resgatá-los e encaminhá-los a um posto de socorro espiritual umbralino, transferindo-os posteriormente a um hospital espiritual nas cercanias do Rio de Janeiro. Após os ajustes decorrentes, meus avós solicitaram permissão para reencarnar aproveitando uma "descida coletiva" de diversas entidades que substituiriam outras do mesmo grupo espiritual a que pertencem, e novamente em encarnação sacrifical receberem meu pai que se recuperava relativamente bem e ansiava por nova oportunidade para corrigir as distorções criadas e praticadas nas últimas estadas no corpo físico.
Com outros compromissos a solverem antes, meus avós somente se casaram com idade mais madura, recebendo meu pai quando completavam 42 e 36 anos de idade. Quando meu avô completou 65 anos, fui recebido novamente nos braços de minha antiga mãe como filho único, acompanhado do sorriso orgulhoso do antigo pai que me recebia novamente, agora responsável por minha formação, pois vovô e vovó retornariam brevemente à pátria espiritual. A vida nos primeiros três anos me foi bela e feliz, pois a atenção quase obsessiva dos avós envolvia-me com todas as facilidades, deleites e até uma certa liberdade que talvez tenha sido um tanto perniciosa, pois deixavam que eu tomasse as rédeas domésticas colocando-me no centro das atenções.
Vivíamos em bela vivenda, meu avô era dono de uma imobiliária e possuía diversos terrenos, casas e dois enormes prédios no centro da cidade. Meu pai ajudava-o no serviço embora não se interessasse pelo trabalho, pois gostava de festas, passeios, jogos e todo o tipo de diversões. Certa tarde primaveril recebemos a notícia que enlutaria minha vida. Em pavoroso acidente automobilístico às portas da cidade quando voltavam de um passeio ao sítio de amigos, perderam a vida vovô e vovó. Não me lembro exatamente como se procederam os trâmites legais, mas passei a ser o herdeiro universal de todos os bens de meus avós com exceção da imobiliária que ficou para meu pai. Idéia providencial, pois em menos de um ano meu pai faliu a imobiliária, passando a família a viver dos aluguéis que na verdade nos traziam mensalmente recursos substanciosos. Nas exigências testamentárias, soube depois, nada poderia ser vendido antes que eu completasse vinte e um anos.
Continua quarta-feira









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