OS DROGADINHOS - Segunda parte - 9/11
Atualizado dia 6/11/2012 6:32:31 PM em Espiritualidadepor Dante Bolivar Rigon
Continuação 9/11
Pedindo um tempo para analisar, M.A.P. ficou em silêncio pelo menos uns dois minutos, retomando ao diálogo:
- Peço desculpas pela minha ignorância sobre o fato. Solicitei a meus amigos subsídios para o assunto e responderam que realmente aconteceu como A.R.C. reportou. Praticamente alijado do corpo pela alta dose de tóxico, seu espírito influenciado, principalmente pelo L.S.D., vagou naquele mar ilusório distanciando-se em direção a seu avô que já o aguardava. Quanto à anotação dos espíritos a Kardec, não posso precisar, mas acho que no momento em que A.R. foi alijado, deu-se também a morte. Eu também não estava no corpo, mas flutuando sobre ele quando os garotos fizeram a ruptura do cordão e o avô de A.R. me conduziu ao hospital da colônia.
- Cinco espíritos de garotinhas muito lindas e simpáticas estão dirigindo-se para cá. - comentou Danton Moura.
- São companheiras nossas. - respondeu M.A.P. - Elas e outros companheiros estão visitando postos de socorro espirituais nesta região. Estão triando alguns espíritos infanto-juvenis que necessitam de tratamento especializado na colônia dos drogadinhos. Daqui a pouco, estarão conosco mais trinta trabalhadores, pois estão concluindo suas tarefas. As crianças triadas seguirão em um veículo volitivo.
- Qual o tipo de transporte usado para vocês se locomoverem?
- Geralmente nos teletransportamos aos locais determinados, e após executarmos nossa tarefa retornamos levitando em formação. Nosso retorno de hoje deverá levar meia hora, sem bem que poderíamos fazê-lo em dois ou três segundos. Agimos assim para aproveitarmos a folga e curtirmos tanto a paisagem como a companhia.
- Você reportou que A.R.C. se encontra na cidade espiritual frequentando um escola: qual o tipo de estudo que é administrado lá?
- Todo o tipo de aprendizagem. A.R. está cursando uma espécie de Itamarati[1] galáctico. Ele fará parte de um grupo que visitará um planeta parecido com a Terra estando apenas pouco mais de mil anos à frente.
- O que eles pretendem fazer lá?
- Vão estudar como se portam as sociedades mais avançadas, como conseguiram eliminar totalmente a guerra, os tóxicos e os crimes, de que maneira superaram os obstáculos normais da fome, peste, doença e miséria, de que forma colocam em prática o Evangelho, enfim como vive uma sociedade estruturada mil anos à nossa frente. É uma verdadeira viagem no tempo. Deverão ficar lá um ano dentro de um programa de visitas recíprocas. Essa foi a principal causa do distúrbio de A.R., pois na programação fazem exercícios em câmaras com fluidificação equivalente à daquele planeta, fluidos esses bem mais leves que o nosso.
- Esse programa não poderia ser feito também entre encarnados? Uma sociedade mil anos mais avançada que a nossa certamente teria veículos interplanetários disponíveis para esses contatos.
- A coisa não é tão simples assim. O que sei é apenas um comentário relâmpago entre A.R. e seu avô em uma visita que fizeram a J.P. Nosso planeta tem defesas naturais que ainda não permitem tais contatos. Somente depois de totalmente cristianizado poderá haver o intercâmbio.
- E que defesas seriam essas? As bombas atômicas?
- É algo em torno do vírus ou coisa assim. Qualquer comentário que eu faça sobre o assunto iria só confundir. Talvez se for permitido A.R. possa vir um outro dia falar sobre o assunto pois tem algo a ver com a cristianização planetária.
- Há algum estudo referente à possível encarnação de vocês?
- Os avós de A.R. enviaram aos responsáveis pelo programa reencarnatório da cidade um pedido para analisarem a possibilidade de retornarem à matéria recebendo como filhos AR. e eu, e após a união dele com Rosinha receberem J.P. como filho. A solicitação foi recusada em parte, sendo liberado apenas o nascimento de J.P. como filho de A.R.
- Por que a recusa?
- As afinidades se solidificariam em uma escala perigosa prejudicando o programa espiritual do grupo.
- Não entendi!!
- O avô de A.R. praticamente adotou meu irmão e eu desde que surgimos na vida do neto, dedicando-nos um afeto paternal excepcional tanto quando estávamos na matéria como na colônia. Minha ligação com A.R. é tão estreita, nos amamos tanto, que nossa companhia em uma encarnação nos completaria egoisticamente vivendo praticamente um para o outro descuidando-nos de nossos compromissos evolutivos. Devemos evoluir para o amor puro, não o egoístico mas o fraternal, altruístico, universal. A Rosinha por sua vez tem compromissos seculares com outros espíritos. Quanto a J.P., por ser o menos evoluído e mais compromissado do grupo, necessita de um pai amoroso e totalmente dedicado que o norteie e redirecione para os valores enobrecidos da vida. A.R. será um excelente pai.
- Então, o amor puro entre duas pessoas pode tornar-se empecilho? E, no caso das almas gêmeas, que algumas filosofias aceitam como o ápice da evolução individual?
- Tudo que é excessivo é prejudicial. Dois espíritos podem se amar profundamente e seguirem seus passos unidos nos dois planos da vida, a partir do momento em que se estabilizaram e se condicionaram ao amor fraternal, altruísta e universal. Antes disso é desaconselhável tal união. Quanto às almas gêmeas, é um folclore que remonta há incontáveis séculos, mas com o tempo será superado pelo conhecimento da verdade maior.
- Por que a impossibilidade de existirem?
- O conceito estriba-se no princípio da dualidade: segundo a lenda, se Deus criou a luz e as trevas, o bem e o mal, o calor e o frio, criou também o espírito em duas partes, as quais após crescerem e aprenderem se encontram pois passaram suas vidas se buscando. Ora, se Deus criasse o espírito dividido em dois, não haveria a individualidade nem a responsabilidade, pois seriam duas e não uma mente a decidir, sendo definido de antemão e à revelia, inclusive, o sexo a que um ou outro se apresentaria, o que está totalmente contrário à lei do livre-arbítrio. O que liga dois espíritos é a afinidade, que tanto pode ser direcionada ao bem como ao mal de acordo com a evolução e moralidade dos envolvidos.
- Sabemos que a permissão e aceitação do diálogo conosco deu-se ao fato de estarmos pesquisando sobre a necessidade da prática do Evangelho para a humanidade se harmonizar e continuar evoluindo conforme a programação sideral. Qual seria o seu conselho nesse importante tema universal?
Continua quarta-feira [1] "Refere-se apenas ao estudo logístico e não ao exercício diplomático". - resposta de Cartolinha ao ser posteriormente interrogado sobre tal possibilidade.
Avaliação: 5 | Votos: 2
Conteúdo desenvolvido por: Dante Bolivar Rigon Visite o Site do autor e leia mais artigos.. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |