Pagar o mal com o bem
Atualizado dia 11/06/2015 19:31:29 em Espiritualidadepor Leandro José Severgnini
Esta é uma das mais belas passagens da vida de Jesus; religiosos ou não, temos de admitir isso. Esse ensinamento, porém, torna-se ainda mais belo se for praticado, mas raramente lembramos disso, infelizmente. Nossas atitudes, ao que parece, beiram mais à lei mosaica do que ao ensinamento de Jesus. A moral do não-julgamento - que deveria ser constantemente observada - é violada sem escrúpulos por religiosos e ateus.
Todos os dias temos inúmeras oportunidades de praticar esse valioso ensinamento, mas o nosso instinto mosaico fala mais alto e lá estamos nós julgando, condenando, reprimindo e fazendo exatamente aquilo que foi censurado por Jesus e por diversos outros mestres. Creio que deveríamos ser mais tolerantes para com os defeitos e ações desequilibradas de outras pessoas; não cabe a nós, meros mortais, julgar outros mortais. Silvio Santos, sempre sensato, falou há algum tempo: "Ninguém sai de casa querendo errar. Não sai pensando hoje eu vou fazer tudo errado. Não! As pessoas sempre tentam acertar". E ele tem razão. Por mais que alguns atos sejam reprováveis aos nossos olhos, ninguém merece ser condenado por seus erros.
Já faz dois mil anos que Jesus trouxe o seu ensinamento. Por que ainda não o assimilamos? Qual o motivo da resistência? Creio que aquele que se julga seguidor de um mestre como Jesus, não pode reservar-se a apenas admirá-lo e dizer-se cristão; é preciso mais do que isso, é preciso tornar-se a mensagem viva do mestre e praticá-la aos quatro ventos. Creio ser preferível alguém que pratica os ensinamentos silenciosamente do que aqueles que alardeiam a mensagem sem praticá-la.
Eu, particularmente, não idolatro nenhuma religião (apesar de ter grande afeição pelo espiritismo) e não desmereço nenhuma outra, mas sou profundamente devoto de todos aqueles que ensinam o amor. Sou profundamente religioso apesar de não seguir nenhuma religião em particular. Porém, o apoio se você julgar que deva seguir uma em detrimento de outra, afinal, é um direito seu. Mas, por favor, pratique aquilo que seus mestres ensinam. Para termos um mundo melhor não é requisito que todos tenham uma religião ou que sejam seguidores de um ideal religioso, mas creio que seja necessário que todos sejam verdadeiros e pratiquem aquilo que acreditam. E, para isso, nada melhor do que vigiar constantemente a pratica básica da moral: não faça aos outros aquilo que não gostaria que lhe fizessem.
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Palestrante espiritualista e escritor. Autor dos livros intitulados "Dias de Luta, Dias de Glória", "Liberdade - Nada Menos Que Tudo" e "Em busca do infinito". E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |