Paz, Meta e Prêmio
Atualizado dia 9/23/2015 10:45:58 AM em Espiritualidadepor Maria Cristina Tanajura
Não gostamos de ser responsabilizados pelo que nos acontece, preferindo culpar os outros, as circunstâncias e o mundo pelos nossos sofrimentos. Mas isso não é verdadeiro.
Vivemos num Universo onde a Lei de Ação e Reação jamais falha e é responsável por seu equilíbrio. O que dermos, receberemos. Não adianta nos escondermos, mentirmos, pois a verdade está além das trapaças humanas.
Assim, se quisermos ter paz, precisamos semeá-la. Buscando criar e cultivar relacionamentos embasados na compaixão, na paciência, no perdão, condições necessárias para que o verdadeiro amor exista.
Partindo do conhecimento de que estamos vivendo num planeta-escola onde todos ainda temos muito que aprender, por que vivermos a exigir perfeição no outro, se sabemos o quão frequentemente erramos?
Jesus jamais ofendeu ninguém com palavras ásperas e julgamentos duros. Aproveitou sempre a oportunidade do erro para ensinar que aquele era o momento de transformação e não de castigo.
Teremos a paz que semearmos e se buscarmos viver compreendendo e perdoando mais do que julgando, estaremos efetivamente contribuindo para a paz no planeta.
Os discursos moralizadores são muito importantes, pois mostram as diretrizes que precisam ser seguidas, mas não são suficientes. Viver o que se acredita demanda muito esforço e perseverança, mas só assim chegaremos a algum local em nós, mais pacífico e sereno.
Com o passar do tempo, quando estamos mais velhos, compreendemos que a felicidade almejada por tantos e por nós quando jovens, é apenas uma quimera, uma ilusão. Vivendo numa sociedade planetária tão heterogênea, as dificuldades e os problemas sempre haverão de existir, dificultando-nos o caminho. Mas a certeza de estarmos fazendo o nosso melhor dá-nos uma sensação de paz que não se iguala em importância a nada que tenhamos conquistado de material.
O julgamento que sempre teimamos em fazer de tudo e de todos, nos cria muitos problemas e prova estar quase sempre errado. Como posso saber a razão que leva o outro a agir da forma que o faz? Já é tão difícil eu compreender os meus próprios e reais sentimentos, imagine entender verdadeiramente o que se passa com mais alguém...
Paciência e compreensão são muito necessárias para que vivamos em paz conosco e com os que nos rodeiam. Mas isso não significa aceitar tudo que nos chega, sem que coloquemos limites para a ação do outro. Quem se respeita precisa aprender a dizer “não” na hora certa, até para se preservar. Mas se possível sem raiva, sem alimentar mágoas – pois elas acabam por nos adoecer.
Num planeta cada dia mais habitado, com meios de comunicação rapidíssimos e muito eficientes, ou aprendemos a aceitar as diferenças, ou viveremos numa eterna guerra, interna e externamente.
Como podemos pretender acabar com os conflitos entre os países, se no nosso âmbito particular não conseguimos fazer isso? Cultivando pensamentos de oposição e crítica aos outros, jamais teremos a paz almejada. E por ressonância atrairemos, para o nossa vivência, situações conflituosas.
É importante respeitar o limite de compreensão de cada pessoa. O que para mim pode ser fácil de fazer, talvez seja o grande desafio do outro.
Viver sem paz é um castigo! Trabalhar a compaixão, a paciência em nós, pode ser a nossa grande meta, se desejamos ser felizes e agindo dessa forma, conquistaremos a pouco e pouco o grande prêmio que é habitar uma sociedade global sem tanta violência e incompreensão.
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Socióloga, terapeuta transpessoal. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |