Percepção da Realidade
Atualizado dia 12/04/2015 17:56:21 em Espiritualidadepor Marcos Spagnuolo Souza
Para compreendermos que toda realidade existe somente dentro da percepção, salientamos que o corpo humano pode ser comparado a uma caixa e nessa caixa existem cinco aberturas que são os nossos cinco sentidos e eles recebem impulsos da realidade. Os impulsos pressionam os sentidos que geram vibrações próprias alcançando o cérebro que produz ou projeta uma imagem. Essa imagem é considerada a realidade. A realidade passa a ser um filme rodando dentro de nós e percebemos esse filme como sendo a realidade, no entanto, não existe nenhuma relação entre o filme e a realidade em si. Devido a não-congruência entre imagem dentro de nós e a realidade em si, designamos a imagem de uma ilusão.
Nada sabemos a respeito dessa fonte externa que emite impulsos para os sentidos nos influenciando, afetando-nos e criando uma segunda realidade ilusória dentro de nós. Nada sabemos, em decorrência de qualquer investigação partindo do corpo, dos sentidos e da imagem projetada em nosso interior tornar a investigação totalmente falsa, pois, toda imagem produzida dentro do corpo, inclusive o próprio corpo, é falso ou ilusão.
Aceitamos esse paradigma de que as imagens produzidas pelo corpo são verdadeiras devido à educação que recebemos. Fomos induzidos a aceitar como sendo verdadeiras as imagens formadas pelo cérebro no interior do nosso corpo, dando-nos a ilusão que temos um corpo e estamos inseridos das imagens formadas pelo cérebro, mas tudo não passa de interpretação subjetiva da realidade.
Não podemos dizer que as coisas captadas pelos sentidos existem, até mesmo, não podemos dizer que o corpo humano existe. Tudo o que percebemos é apenas uma verdade para a própria pessoa. Afirmamos que o corpo humano e toda percepção do corpo é uma desfiguração da realidade, assim sendo, existe um ser que deforma dentro de si toda a realidade e esse ser energético é denominado de ego. O ego é o desejo de receber para si, foi criado como um desejo e esse desejo egótico fragmenta toda a percepção da realidade, sendo um mecanismo que cria essas falsas percepções. O ego, fundamentado no desejo de receber para si, programou-se no autobenefício. A autoprogramação do ego restringe a realidade aos seus próprios interesses, inclusive, a produção de um corpo para si mesmo para que possa se satisfazer com o corpo. O ego reduz todos os sinais que o circundam em seu próprio benefício e, devido ao novo paradigma de se satisfazer, ficou desconectado sendo um ramo fora da árvore original.
O ego no processo egótico sente-se desconectado da realidade e devido ao processo de separação criou o desejo de possuir o corpo para si, assim sendo, passou a ter uma percepção de uma realidade própria totalmente desligada da realidade original.
Existe um princípio imutável na realidade que é a equivalência dos desejos, onde desejos iguais se aproximam, desejos diferentes se distanciam e tendo por base esse preceito todos os egos se uniram formando um mundo específico que é esse onde estamos totalmente separados da realidade em si. A sinergia dos desejos egóticos criou um desejo coletivo ou inconsciente coletivo que alimenta todos os egos em seus processos de autorreferências. Tudo que existe no nosso mundo, inclusive, o nosso corpo, é produto desse desejo único e coletivo. Estamos todos imersos nesse desejo coletivo e interconectados.
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