Por que continuo doente se rezo com fé?
Atualizado dia 26/08/2015 18:47:23 em Espiritualidadepor Renato Mayol
Na literatura cientifica existem, desde há muito, vários relatos e até livros de cura espontânea de doenças graves, como o livro dos médicos Everson e Cole, publicado em 1968, onde constam 176 casos de regressão espontânea de tumores malignos (Everson T., Cole W. : Spontaneous Regression of Cancer. JB Saunder & Co, Philadelphia, PA). Muitos desses casos encontram-se associados a preces e a profundas experiências psicológicas.
Em vários dos milagres relatados no Novo Testamento consta que Jesus afirmava aos que se curaram: “A tua fé te curou”. E esses que procuraram Jesus lhe chamaram a atenção por sua atitude de fé diante das doenças que apresentavam. O que mudou a vida desses que o procuraram foi a mais absoluta certeza de que Jesus era o único que poderia curá-los. Ou seja, as curas milagrosas podem depender de terceiros na medida em que para o paciente seja mais fácil depositar a fé em alguém ou em alguma coisa fora de si, do que em si mesmo.
A fé pode ser definida como um sentimento de absoluta confiança a respeito da realização do que se espera, ou do que seja em que firmemente se acredita, sem nenhuma dúvida e sem nenhuma necessidade de qualquer tipo de evidência que comprove a veracidade sobre a qual é depositada essa confiança. Portanto, não é necessário ser religioso para nutrir um sentimento de fé. A fé existe em maior ou menor grau em cada um de nós e costuma andar de mãos dadas com a motivação.
Sabemos que, de acordo com nossos pensamentos e estados emocionais, as criações do corpo mental são processadas pelo cérebro e executadas através das glândulas endócrinas e do sistema imunológico que, atuando no corpo físico através da produção de hormônios e de outras substâncias, podem - ou causar alguma doença, ou provocar a cura.
E o paciente pode, então, recusar-se a viver e optar pela morte? Pode sim! E os casos onde isso pode ser identificado apontam para possibilidades tais como, ou o paciente recusa-se a viver, pois perdeu uma grande motivação que o impulsionava, ou então, de forma inconsciente, o paciente passa a aceitar a morte como o que de melhor possa haver para si, por aceitar o fato de que já cumpriu com sua missão nessa vida e a morte já não o assusta mais, tornando-se até algo desejado.
Mas, se o paciente ainda tiver amor à vida, com as lições que a doença lhe ensina, vai esforçar-se então para, com fé e motivação, restabelecer o seu equilíbrio emocional e a conexão psicofísica.
Portanto, você que está doente, aproveite a chance de fazer um balanço, de rever seus valores. Às vezes, é a partir da descoberta de uma doença que você passa a dar valor à vida e, pela primeira vez, você vive! E querendo viver mais, passa a participar da sua cura. Esclareça-se. Engaje-se. Mobilize-se. Lute. Queira!
Os inúmeros casos registrados de cura espontânea de doenças graves tiveram sempre a determinação do paciente em vencer a sua doença.
Não se console com a pena que os outros possam sentir de você. Não os deixe ter pena de você. Se eles precisam sentir pena de alguém, que esse alguém não seja você!
Não abandone os tratamentos a que está submetido. Apenas busque, em si mesmo, a determinação de vencer o desafio.
Mas, e quando, apesar de todos os seus esforços, você não conseguir atingir seu objetivo, o que você deverá fazer?
Deverá tentar resignar-se, compreender e, finalmente, aceitar, pois até através de sua frustração, estará sendo-lhe ensinada alguma lição de que você necessitava. No mínimo, a lição da humildade. E o sofrimento lhe será fonte de conhecimento e de evolução. Seus esforços, afinal, talvez não estivessem à altura das suas reais capacidades. Deve existir a firme intenção e o muito querer. E mesmo existindo o querer, há que considerar-se que existe uma Ordem, uma Lei. Ordem e Lei Superiores.
O Sol não aparece no horizonte quando bem lhe parece. A Lua não abandona o seu lugar no céu para ir à procura de algum outro lugar no espaço.
Há uma ordem em tudo e há, portanto, um motivo para tudo, mesmo que os motivos não lhe sejam imediatamente aparentes.
Constituído, como você é, em sua parte física, por elementos da própria Natureza, você é parte integrante da Natureza e, consequentemente, sujeito às leis da Natureza.
Assim, como tudo o que é material tem início e fim, há duas etapas pelas quais obrigatoriamente você terá que passar até reintegrar-se para sempre ao Todo: uma é o nascimento, a outra é a morte.
Entre esses dois extremos, para que a sua participação, quando doente, seja efetiva ao máximo na luta contra os males que o afligirem, você terá que abrir sua consciência a emoções e a sentimentos profundos que irão modificá-lo interiormente, tornando-o sempre melhor e mais capaz de agir em prol de si e dos outros.
Dessa forma, mesmo quando, apesar dos seus esforços, tiver chegado sua hora, se fizer da morte a sua Iniciação Maior, você estará prestando serviço para todos à sua volta, e estará assim dando exemplo não de uma vela que está se apagando, mas de uma estrela que está nascendo.
Dr. Renato Mayol é autor do livro “Câncer, Medicina e Milagres”. Adquira aqui
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