Por que não sou feliz?
Atualizado dia 7/22/2015 5:34:34 PM em Espiritualidadepor Nadya Prado
Quase nada acontece da forma que gostaríamos e a gente se sente frustrado, sem energia para continuar. É uma sensação de estar nadando contra a maré...
Por que nos sentimos assim? Por que tantas dificuldades?
A vida responde como reflexo de nós mesmos. Então, precisamos estar alertas para compreender o aprendizado que ela nos traz a cada momento. O adolescente é um exemplo típico da interferência de seu estado interno no ambiente externo.
Entre em seu quarto e veja por si mesmo a confusão.
Sua revolução e bagunça interior se expressam em cada detalhe externo. Ele está passando por uma fase de transformação, de indecisões, as emoções à flor da pele. O início de sua trajetória de autoconhecimento. Os hormônios, a sexualidade e tantas novas descobertas. Entre erros e acertos, a vida vai responder às nossas questões, de forma prática. O nosso comportamento induz a sua resposta.
Então, se você sente que está distante da felicidade, não se culpe, mas tome consciência que os caminhos que vêm escolhendo estão levando você pra longe dela.
Isso acontece quando não nos conhecemos e vivemos no plano das reações emocionais, como um adolescente confuso. Fazendo más escolhas, porque não temos condições para saber o que é melhor para nós.
Não podemos culpar a nós, ao outro ou à vida pelo que estamos passando, pelo menos, em grande parte. Temos algumas limitações impostas por nosso karma, alguns limites sociais, financeiros e para outros, também alguns problemas de saúde. Mas nada impede que sejamos felizes, visto que a felicidade e bem-estar são um estado de espírito que independem de situações externas.
Recebi uma mensagem da senhora “S” que me relatou o seguinte:
“Gostaria de receber o seu apoio, preciso mesmo de apoio. Preciso limpar o meu espírito, o meu cérebro, pois estou com o coração triste, partido, sufocado. Tenho bom trabalho e fixo há mais de 10 anos, sou casada, tenho dois filhos lindos, a minha família é linda, tenho casa construída com muito amor, uma casa linda. Quem me conhece diz que tenho tudo, sou uma jovem-mulher abençoada.
Mas, desabafando aqui, posso lhe dizer que sou uma pessoa triste. Como é possível, simplesmente porque deixei acumular tristeza no meu coração. Queria saber como controlar o cérebro, as emoções, o dia a dia, como colocar a autoestima lá em cima“.
Acredito que assim como ela, muitas outras pessoas se sintam da mesma forma...
Há uma contradição clara na mensagem. O conceito que tem como crença sobre felicidade não condiz com o que ela sente. Isso acontece porque ela não conhece a si própria. Simplesmente, não compreende os anseios de sua alma.
Quem disse que felicidade é ter um emprego fixo há mais de 10 anos?
Ser casada, ter filhos lindos, casa própria... Padrões culturais engolidos a seco.
A palavrinha mágica, por mais clichê que pareça, continua sendo “autoconhecimento”. Vamos bater na mesma tecla até que se entenda.
A grande maioria, na adolescência, hesitava entre escolher os desejos de sua alma ou os impositivos sociais e familiares.
Ser um advogado ou um músico? Arrumar um emprego numa grande empresa ou sair por aí numa vida de aventuras?
Entre os extremos, precisamos aprender a escolher melhor para que sejamos mais plenos.
Se você está como essa mulher, triste, sofrendo, sem saber o porquê, comece a sua peregrinação interior.
Vá para dentro de si, conheça todos os cômodos de sua casa interior. Revele tudo o que tem reprimido.
Somos tolhidos de nós mesmos desde o nascimento. Obrigados a seguir padrões de comportamento que não são condizentes com o nosso ser.
Podemos mudar esse estado de espírito a partir do momento que deixamos de viver o que os outros e a sociedade consideram bom.
Esqueça a aprovação alheia que tanto espera. Faça o que realmente lhe dá prazer.
Mas, você sabe o que lhe faz bem e feliz?
Provavelmente sim, porém, tem escondido há muito tempo em seu inconsciente.
Vamos trazer à tona sua verdadeira alma? Sem medo de olhar para os seus desejos mais secretos, para suas vontades mais obscuras...
Primeiro, vamos dar uma espiada nisso tudo e depois veremos as possibilidades para a realização daqueles sonhos que você abandonou.
A senhora “S” , na verdade, estava me pedindo apoio para que eu lhe reforçasse suas crenças.
Eu não posso fazer isto por ninguém. Não vou compartilhar de um grande equívoco.
Não vou moldar sua mente, suas emoções e modificar sua autoestima, como ilusoriamente ela acredita ser o melhor caminho. Ela terá que perceber que sua infelicidade está lá dentro e em suas escolhas. A casa, os filhos, o marido, o trabalho... Nada disso é o que sua alma clama!
Difícil encarar a realidade?
Pode ser que seja, mas enquanto navegarmos apenas pela superfície, não avistaremos o que temos nas profundezas da alma. Num mergulho confiante compreenderemos a nós mesmos.
As palavras da senhora “S” mostram nas entrelinhas sua insatisfação consigo mesma. Sofre carência afetiva. Falta de autoamor e provavelmente com seu espírito preso ao passado.
Eu não sou “adivinha” como alguns podem crer. Basta um pouco de conhecimento e experiência terapêutica para ler o que não foi escrito.
Quando ela aprender a observar a si mesma, acessando seu eu superior, poderá finalmente encontrar o que lhe falta para ser feliz. Quem sabe, em seu passado, em sua infância inocente, em sua adolescência rebelde, algo ficou por fazer, esquecido.
Ela está vivendo a ilusão de um baile de máscaras. Terá que tirar sua fantasia e desnudar sua alma, para que a mulher contida e sofrida venha à tona e se faça presente, deixando aflorar o seu verdadeiro ser.
Seja Amor!
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Texto Revisado
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Psicoterapeuta Transpessoal Técnica Naturopata, com extensão em Psicopatologias Psicanalíticas e Psicossomática Contemporânea., estudiosa dos estados alterados da consciência e transtornos psicológicos, inclusive mediunidade transreligiosa. Atendimentos online no skype Informações e agendamento envie email para [email protected] E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
