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Quando um relacionamento chega ao fim

Atualizado dia 6/20/2017 6:49:56 PM em Espiritualidade
por Nadya Prado


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A parte mais difícil de um relacionamento é quando ele chega ao fim, após muitos anos de convívio. Poucas vezes se tem certeza de que tudo terminou e o que significa o fim. A percepção é mais no nível das emoções e dos sentimentos. A razão não consegue explicar a confusão interna.

O tempo passa rápido e faz perder a noção do que é passado, presente e futuro. O relacionamento que começou lá atrás continua perturbando no presente, como se ainda existisse, mas sentimos que ele apenas se mantém na lembrança, nos momentos vividos.

Não há mais aquela energia de esperança e de afinidade. Não há mais planos ou expectativas a dois. A distância aumentou a cada dia, em meio às experiências da vida, cada um assimilando cada momento de formas diversas. Como duas linhas que se cruzam e depois se afastam, porque têm trajetórias diferentes. Tentar manter o contato fica cada vez mais complicado, porque exige mais esforço. Ideias e ideais que não são comuns aos dois.

Os relacionamentos são uma troca em que as partes oferecem algo de si ao outro. Pode até parecer que algumas vezes só um dá e o outro só recebe, mas não é assim. Às vezes, a sensação de que o outro não se esforça o suficiente na relação é uma fantasia, porque é criada uma expectativa de que a pessoa se comporte da forma que  achamos certo e não ao modo dela, segundo nossa visão da vida. E isto, em grande parte, não é viável.

Cada pessoa é uma unidade, um universo em si mesmo e age a partir de sua perspectiva particular. O outro continua sendo quem ele é, quem ele sempre foi. E nos acomodamos, com a crença de que temos que continuar tentando manter a relação, mesmo infelizes com o comportamento do outro.

Jamais iremos controlar o mundo de quem quer que seja. Isto e tão real, que acontece diariamente no planeta. As pessoas pensam e agem conforme entendem o mundo e cada um o vê a sua maneira. Todos querem controlar o incontrolável e permanecer estáveis num mundo de impermanência.

Somos energia e devemos fluir, não estagnar. O movimento e a flexibilidade nos mantêm saudáveis. Os relacionamentos também devem ter o mesmo princípio e eles acabam, quando um dos dois não consegue mais fazer fluir sua energia dentro da relação. A necessidade de nos relacionarmos é intrínseca, porque é por meio do contato com outras pessoas que aprendemos sobre nós mesmos.

Quando alguém acha que o outro está errado e continua insistindo na relação, é porque ainda tem algo para aprender e o outro está lhe proporcionando a oportunidade, dando-lhe algo. Sim, o outro está, por exemplo, fazendo com que possamos entender a nossa falta de autoamor. A dependência emocional que criamos na relação, a carência afetiva que sentimos e tentamos preencher sem sucesso.

Já vi muitas mulheres e homens perpetuarem seus casamentos, porque não têm coragem de desapegar e de refazer a vida. É trabalho dos grandes, ter que recomeçar. Tá ruim, mas tá bom... Já estão sozinhos há muito tempo, mas se apegam à ilusão de que ainda têm a companhia de alguém. É preciso de uma grande dose de autoamor para admitir que acabou. O fim da relação que já nem existe mais.

Afinal, qual o preço que iremos pagar para manter um relacionamento? Por pequenas doses de ilusão, como uma droga que imploramos e nos submetemos a qualquer preço. Existe uma simbiose energética que é criada, as energias se misturam. Temos que nos desfazer energeticamente da relação e como qualquer outro vício, há uma fase de crise de abstinência, que deve ser encarada.

Acreditar na capacidade de andar com as próprias pernas. Então, decidimos ser felizes e não temos a obrigação de continuar nos afastando de nós mesmos ou de nos deixarmos ser carregados por alguém. Quando nos relacionamos, achamos que temos que deixar de ser quem somos, para nos entregarmos mais ao outro. O fato é que isto é um suicídio lento e doloroso, porque passamos a nos dedicar à relação e deixamos de nos dedicar a nós mesmos.

Um relacionamento saudável não pode se basear em repressão e em sofrimento desnecessário. Guardamos a crença de que fazer o bem ao próximo significa sacrificio. Existe uma linha tênue que separa o egoísmo do amor e por isto os confundimos tanto. Eu tenho que me amar primeiro para que possa compreender o que é o amor, e isto não me torna egoísta.

A carência que trazemos para a relação é como uma carga de culpa modelada pela baixa autoestima, resultante da falta de autoamor. A culpa nos leva ao sofrimento e tentamos nos castigar nos obrigando a manter o que não está bom. Aceitamos os relacionamentos como uma pena a cumprir.

É difícil dizer que acabou, porque nos apegamos às vivências que tivemos. Essa pessoa é como uma sombra com a qual nos acostumamos. Para nos libertarmos temos que aguentar o vazio da separação. Sem correr atrás de outro alguém para preencher a sensação de estar faltando algo em nós.

Coragem e autoamor preencherão qualquer vazio. É a dor necessária ao crescimento e a compreensão de que somos uma unidade. E por nossa essência ser inteira, ninguém pode completar o que já é completo. O que falta a cada um de nós é reconhecer a nossa outra metade que escondemos na vivência dual.

Procuramos alguém que possa preencher a falta que sentimos desta parte de nós mesmos. O fim de um relacionamento é o início de um novo ciclo, que devemos deixar fluir.

Namastê

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Conteúdo desenvolvido por: Nadya Prado   
Psicoterapeuta Transpessoal Técnica Naturopata, com extensão em Psicopatologias Psicanalíticas e Psicossomática Contemporânea., estudiosa dos estados alterados da consciência e transtornos psicológicos, inclusive mediunidade transreligiosa. Atendimentos online no skype Informações e agendamento envie email para [email protected]
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