Quem É Deus
Atualizado dia 10/1/2012 7:51:28 AM em Espiritualidadepor Marcos Spagnuolo Souza
Cada sistema planetário possui a sua barreira de energia ou campo magnético que impede a entrada ou saída de projeções astrais. Assim sendo, é muito difícil uma projeção da consciência romper o campo magnético do sistema solar. Cada sistema solar é comparado a uma célula que se autoprotege e nós, que estamos em um sistema planetário específico, teremos muita dificuldade de romper o escudo energético para acessarmos aos outros sistemas planetários através das projeções dos corpos sutis.
Alguns seres humanos do nosso planeta, tiveram oportunidade de acessar o plano astral do nosso sistema planetário e essas experiências são relatadas por Jung no seu livro intitulado “Os arquétipos e o inconsciente coletivo”. Diz Jung que a experiência ocorre através do êxtase e pode ser tão terrível que transfigura o rosto de quem passa pela experiência. Relatando a vivência de Bruder Klaus assinala: a visão que aparecera era tão terrível que seu próprio rosto se desfigurou de tal modo que as pessoas se assustavam, temendo-o. Ele se defrontou com uma visão de máxima intensidade. Todos os que se aproximavam dele ficaram assustados. Sobre a causa deste terror, ele mesmo costumava dizer que havia visto uma luz penetrante, representando um semblante humano. Ao visualizá-lo, temera que seu coração explodisse em estilhaços. Por isso, tomado de pavor, desviara o rosto, caindo por terra. Eis a razão pelo qual o seu rosto inspirava terror aos outros.
Jung comenta que a visão, sem dúvida alguma, apavorante, irrompendo como um vulcão na visão de Bruder Klaus exigiu um longo trabalho de assimilação a fim de ordenar e restaurar seu equilíbrio alterado. Jung assinala que esse exemplo formula uma vivência tão tremenda quanto perigosamente decisiva devido à sua suprema intensidade. Bruder Klaus rompeu com o convencional e com a tradição, ao abandonar sua casa e família, indo morar sozinho por muito tempo, mergulhando seu olhar tão profundamente no espelho escuro, que a experiência primordial miraculosa e terrífica o colheu. Jung sita outras pessoas que tiveram percepção do plano astral entre eles Ângelo Silêsio e Jacob Bohme.
O profeta João, no Novo Testamento, também descreve sua visão: vi sete candeeiros de ouro e no meio deles, uma pessoa semelhante ao filho do homem, com vestes que alcançavam os calcanhares, e tendo à altura do peito uma cinta de ouro. A sua cabeça e cabelos eram brancos; os olhos eram como chama de fogo; os pés semelhantes ao bronze polido; a voz como se fossem o rugir de muitas águas. Ele tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saia-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol em toda sua intensidade. Quando o vi, cai a seus pés como estivesse morto.
O Bhagavad Gita relata a visão de Arjuna do mundo astral: vi na forma universal bocas ilimitadas e olhos ilimitados, centenas de milhares de sóis surgiram a um só tempo nos céus. Confundido e espantado, com os cabelos arrepiados, Arjuna começou a orar com as mãos postas, oferecendo reverências ao Senhor Supremo diz: já não posso manter meu equilíbrio. Vendo suas cores radiantes encherem os céus e olhando para seus olhos e bocas, eu estou com medo. Eu não posso manter meu equilíbrio vendo assim seus rostos abrasantes como a morte e dentes terríveis. Estou confuso e não sei onde estou. Ó senhor dos senhores, de formas tão feroz, por favor, me diga quem é você.
Estou querendo indicar que os filhos da união entre os homens e mulheres não possuem estrutura psicossomática para captar o plano astral responsável pela gênese do nosso sistema solar que está no nível da materialidade e da virtualidade, sendo que poucas pessoas tiveram acesso e dificuldade de resistir o fluxo energético originado do referido plano. Além do mundo material, temos o universo da singularidade, onde não existe espaço, tempo e forma onde a energia está acima da velocidade da luz. No universo da singularidade, “estão” os filhos de Deus vivenciando hierarquia entrelaçada e entre eles existem infinitos níveis de conscientização. Denominamos de Deus o Ser com maior magnitude no universo da singularidade e nós, filhos dos homens não possuímos nenhuma capacidade de nós projetarmos além do nosso sistema solar e tão pouco de penetrar no universo da singularidade, pois o maior entre nós é o menor entre eles, assim sendo, qualquer concepção que temos de Deus é fictícia.
Texto revisado
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