Quem é o mocinho e quem é o bandido?
Atualizado dia 01/05/2011 18:57:12 em Espiritualidadepor Katia Santos Julio
Eu já ouvi várias vezes.
Quando eu era criança aprendi a desconfiar das pessoas e fui orientada para não abrir a minha vida, com o objetivo de me proteger de pessoas mal intencionadas. E não vou dizer que gostava disso porque o ser humano tem a necessidade de se abrir, trocar experiências com os demais e fazer amizades. O que eu sentia era um grande desconforto entre o querer e o não poder.
Recentemente, quando ouvi esse conselho de não abrir a minha vida, ousei discordar tirando de mim a influência de quem tentou me controlar.
Eu sei que cada um sabe o que é melhor para si e confiar ou não em alguém é algo pessoal. A pergunta que fica é: Confiando ou não, você está sendo você mesmo? Porque se não está sendo você, está sendo quem?
Fico pensando: Como os artistas abrem suas vidas para o mundo inteiro sem a preocupação com a reação das pessoas? Porque se o silêncio é uma proteção contra a inveja, abusos e outras coisas como alguns acreditam, que proteção esses artistas utilizam para enfrentar o mundo se eles são seres humanos também? Esqueceu que temos dois lados: a luz e a sombra?
Se eu me fecho pelo medo de que me façam alguma coisa, significa que eu sou o mocinho e o restante do mundo é o bandido. E imaginar que somente eu tive uma boa educação, é comprar briga com o restante do mundo sem precisar sair de casa.
Vamos combinar uma coisa? Você decide ser o mocinho, e eu sou o bandido, certo? Então você me trata com boas maneiras e em troca eu jogo uma pedra na sua cabeça, porque no fim é isso o que termina acontecendo. Você trabalha dobrado para o chefe que não lhe reconhece. Ajuda alguém e é passado para trás, lembra das pessoas e é esquecido. E ainda acha tudo isso injusto.
O mundo externo é apenas um reflexo do mundo interno.
Eu tenho boas intenções, você também tem. Mas se você é mau, eu também sou porque somos semelhantes.
A nossa diferença está no estágio de evolução. Mas o ser humano é engraçado! Fechamos os olhos para a nossa sombra e apontamos o dedo para o outro. Mas quem é esse outro? O mocinho ou o bandido? E quem é você? Acho que ainda não fomos apresentados.
Prazer, eu sou o outro você!
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 8
Visite o Site do autor e leia mais artigos.. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |