REESTUDANDO O EVANGELHO 6



Autor Dante Bolivar Rigon
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 25/07/2012 10:21:45
BEM-AVENTURADOS OS QUE TÊM PURO O CORAÇÃO
1 Bem aventurados aqueles que têm puro o coração, porque verão a Deus.- Mateus nessa passagem nos coloca uma interrogação importante se a analisarmos baseados nos conhecimentos científicos modernos e os ditados pelos espíritos na codificação espírita. É sabido da impossibilidade de qualquer espírito terráqueo ver Deus. Para vê-lo há necessidade de um progresso de tal proporção, que alguém pertencente ao nível em que nos encontramos levaria pelo menos incontáveis trilhões de séculos na sua projeção evolutiva, o que estaria bastante distanciado das propostas imediatas referentes a este estágio em que ora nos situamos. Se Jesus ou os luminares que o intuíam quisessem transmitir essa mensagem aos filhos da Terra, por certo esperariam até ao novo estágio evolutivo quando os alunos poderiam entender a proposta, sendo talvez desnecessário devido à evolução alcançada. Devemos nos ater tão somente à bem-aventurança pura e simples, analisando-a de acordo com a proposta, pois se não foi Mateus que assim escreveu, outros intervieram posteriormente modificando a proposta original. Isso é bem provável, pois desde aquele tempo até bem após a descoberta do sistema solar não deveria haver empecilho algum aos que houvessem cumprido as determinações religiosas para que pudessem após a morte do corpo físico marcar entrevista com Deus, pois Ele estava logo ali em cima sentado em seu trono de ouro disponível para falar com os filhos que conseguiram adentrar o seu reino.
A sentença bem-aventurados os que têm puro o coração, é de um valor tão extraordinário que qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento algum das Leis Maiores que regem o Universo pode entendê-la apenas analisando o seu sentimento e os dos que a cercam. Quem não tem rancor ou maldade, os que perdoam as ofensas e os deslizes cometidos contra a sua pessoa, os que procuram levar uma vida honrada, os que não são maledicentes, os que falam dos conhecidos apenas para ressaltar os valores evitando comentar as deficiências são pessoas puras, equilibradas, e vivem tranquilas e distanciadas de quaisquer sobressaltos, chegando a ser mesmo felizes dentro das possibilidades que a vida permite. No entanto os maledicentes, os desonestos, os agressivos, os vingativos e os que se mantêm no ódio contra seus semelhantes são pessoas inquietas, estão sempre na defesa com medo de serem revidadas, seus músculos permanecem tensos, seu cérebro em permanente construção de novas malesas ou na espreita das suas investidas deletérias. E nesse estado de coisas, não chegam nem mesmo a admirar uma flor, acompanhar um pôr do sol, sorrir para uma criança, ser útil para alguém. Suas companhias pela lei das afinidades serão sempre negativas, suas conversas vazias e sem sentido, suas pretensões esdrúxulas e inconsequentes. Suas vidas, na verdade, são verdadeiros infernos onde se digladiam ou se constrangem com fácies sempre fechadas, sorrisos falsos, pesadelos constantes. Não há necessidade alguma de prometer céus ou infernos futuros, pois ambos estão vivendo no já e agora seu próprio céu ou inferno de acordo com sua maneira de ser, de pensar, de sentir e agir. Bem-aventurados então os que têm puro o coração pois verão Deus na natureza, no amor, na solidariedade, na bondade, no sorriso de uma criança, no desprendimento...
2) Apresentaram-lhe então criancinhas, a fim de que ele as tocasse; e como seus discípulos afastassem com palavras rudes aqueles que as apresentavam, Jesus vendo isso zangou-se e lhes disse: - Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais; porque o reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham. Eu vos digo em verdade, que todo aquele que não receber o reino de Deus como uma criança, nele não entrará. E as tendo abraçado as abençoou, impondo-lhe as mãos. Há dois aspectos distintos nessa passagem de Marcos. Um, é o convívio e envolvimento dos apóstolos na vida de Jesus, e outro é a mensagem pura e simples. Como já foi observado antes, os discípulos de Jesus eram seus guardiões e passavam o tempo protegendo-o do contínuo assédio do povo que vinha ao seu encontro a todo o momento buscando resolver seus problemas. Homens rudes, seus discípulos não tinham noção da real missão de Jesus tão pouco entendiam suas mensagens. Quando chegaram as mães com seus filhos menores para receberem a bênção, os apóstolos trataram de dispersá-las pois achavam que Jesus tinha assuntos mais importantes a tratar e essa importuna presença cuja algazarra feria os ouvidos iria desviar sua atenção. Demonstrando grande autoridade sobre suas gentes, Jesus zangou-se com a atitude intempestiva e as palavras rudes usadas por seus guardiões. A outra, foi justamente dar-lhes uma lição de boas maneiras, tolerância e respeito ao próximo, admoestando-os com a advertência de que o reino do Céu é para os simples, puros e confiantes, pois a prepotência, o desamor e a ofensa apenas distanciam os homens dos valores enobrecidos e a pureza, educação, brandura e amor os tornam aptos para assimilarem e praticarem os ensinamentos maiores por ele propostos. A inocência comparativa de Jesus era assemelhativa, ou seja, o homem só poderá adentrar o reino dos Céus saindo do reino da barbárie e seu comportamento se tornar benigno, simples, dócil e flexível como o de uma criancinha épica. Sem essas características será impossível pertencer a esse novo mundo, pois o homem seria incompatível com ele. Hoje, dois mil anos após a sentença, podemos aquilatar essa verdade, pois não é mais possível alguém com a mentalidade daquela época sobreviver em uma sociedade contemporânea estabilizada em novos conceitos de comportamento. Basta observar o ridículo em que se colocam, o isolamento imposto pelo resto do mundo e a impossibilidade de governar de alguns líderes bárbaros que teimam em continuar mantendo seu povo dominado por idéias e tradições vencidas pelo tempo. Jesus foi claro! Assemelhem-se à criança para adentrar esse novo reino. Na verdade esse novo reino será o próximo estágio na escola da Vida dos espíritos-alunos aqui acantonados. Caso não consigam, o que na verdade bom número não conseguirá, simplesmente serão transferidos a mundos menos avançados, reiniciando lá o aprendizado aqui desconsiderado.
Continua na próxima semana
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