Reflexão sobre a palavra e o sentimento de Ódio
Autor Wilson Francisco
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 2/11/2025 12:27:33 PM
No Espiritismo, o ódio é considerado um sentimento pernicioso que pode escravizar os sentimentos e sensações.
O ódio é um sentimento de aversão e raiva intenso, que pode levar a transtornos comportamentais e à vingança.
O Espiritismo propõe o autoconhecimento como uma forma de educar a raiva e outras emoções ruins.
Por outro lado, no Evangelho segundo o Espiritismo » Capítulo XXIII, há o texto Estranha Moral onde se atribui a Jesus a orientação de que você deve odiar pai, mãe, filhos etc.
No dialeto siríaco, que Jesus usava, esse verbo não significa apenas odiar, mas, também amar menos, não amar igualmente, tanto quanto a um outro.
"Diz: Jesus, voltando-se para multidão que o seguia:
— Se alguém vem a mim e não odeia a seu pai e a sua mãe, a sua mulher e a seus filhos, a seus irmãos e irmãs, mesmo a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.
— E quem quer que não carregue a sua cruz e me siga, não pode ser meu discípulo.
— Assim, aquele dentre vós que não renunciar a tudo o que tem não pode ser meu discípulo. (S. Lucas, 14:25 a 27 e 33.)
O Espiritismo analisa, acima, a palavra Ódio.
Aqui, temos o texto bíblico e a explicação etimológica do significado da palavra na verbalização siríaca:
Seguir Jesus representa seguir o Caminho, a Verdade e a Vida.
Afirmo assim, porque há estudos, inclusive feito por espíritas, que questionam a existência de Jesus Cristo.
Então, a libertação para o resgate de Si mesmo ou si mesma, de sua essência, se inicia quando você "deixa", quando você "odeia" (ama menos) pai filhos etc.
O Amor verdadeiro é o que você realiza por Deus (a energia absoluta Pai/Mãe) e por Si mesmo/mesma.
Para entender essa designação Pai/Mãe, observe o início do Pai Nosso original, traduzido do idioma aramaico, também falado por Jesus.
"Pai/Mãe respiração da vida"
Nessa oração não há o Pai absoluto, antropomórfico, homem.
Surge a presença Mãe/Mulher, só nesse século ganhando representatividade.
A gestação precisa da "presença/ação" do homem e da mulher. Mas quem dá a Luz, é a mulher.
Um outro fator nos remete a ação de odiar, sem "cometer pecado".
Eu proponho nas atividades terapêuticas e nas ações como médium, que a pessoa odeie a doença sofrimento. E todo tipo de ação maligna.
Há quem não se permite agir assim porque acredita que a doença purifica, que o sofrimento é o resultado de ações da vida passada, que as agressões e perdas que se sofre seja punição divina.
Ora, se você dá permissão ao mal, como e quando vai amar a si própria?
Há um decreto espiritual que privilegia você e abre as portas da liberação:
O Amor cobre, isto é, dissolve a multidão de pecados!!!
Wilson Francisco
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