SANTOS GUERREIROS, A QUALQUER TEMPO...

   

Autor Christina Nunes

No dia de São Jorge, e neste artigo de número 401,  permito-me render minha homenagem também aos demais assim conhecidos Santos Guerreiros - todos soldados romanos convertidos ao Cristianismo, como foram os casos de Santo Expedito e de São Vítor.

Existe uma razão toda pessoal para tal, a parte da simpatia ao santo que, como quase todo carioca, lhes devoto: é o fato de meu mentor desencarnado (o autor de minhas obras psicografadas), Caio Fábio Quinto, como tantos outros soldados romanos, ter sido, a certa altura de suas jornadas corpóreas, um ferrenho defensor dos cristãos martirizados, à época do Imperador Nero.

Caio Fábio Quinto, neste tempo,  possuia alta patente nos exércitos de elite romanos. Mas não compactuava com a perseguição sanguinária levada a cabo em toda a extensão do Império contra os primeiros cristãos, em época na qual principiaram os dantescos espetáculos de sangue na crucificação e flagelação de seguidores de Jesus lançados ao sacrifício nas arenas,  barbaramente crucificados,  assassinados ou trucidados por feras. Em ressonância de sentimentos para com aquela que em muitas vidas lhe seguiu ao lado como alma gêmea espiritual, Caio traiu os protocolos rigorosíssimos da guarda pretoriana ao auxiliar, em diversas situações, cristãos a fugirem e evitarem os aprisionamentos comuns através das denúncias e perseguições infligidas pelas autoridades romanas, em companhia de alguns poucos companheiros da guarda que compactuavam com suas disposições neste sentido.

Em decorrência de várias peripécias e circunstâncias adversas, Caio fugiu de Roma na ocasião em que somou esforços a Galba na derrubada de Nero do poder. Acobertado por influências militares simpáticas à causa, levou a então família recém formada para a região de Nápoles, onde anos depois pereceu assassinado por encomenda daqueles que o perseguiram encarniçadamente desde então,  num golpe espúrio de vingança desfechado a sorrelfa, na calada da noite.*

Caio Fábio Quinto, o então Marcus Flavio Quintiliano, foi mais um a pagar com a vida a sua conversão à causa maior de Jesus, como aconteceu com tantos militares romanos a serviço do Império da antiguidade itálica. 

Hoje, sabemos que estes espíritos foram iluminados pela mensagem de Jesus, permanecendo ainda hoje como tarefeiros do bem neste mundo, muitas vezes atuando a partir das dimensões invisíveis em prol da evolução planetária. Se a Igreja Católica os reconhece através da canonização justa, nós, espíritas, os identificamos como irmãos mais amadurecidos na jornada evolutiva, sempre e em qualquer circunstância nos estendendo a mão e favorecendo-nos com o seu auxílio incondicional, na construção conjunta de uma Terra menos castigada pela cegueira da ignorância espiritual que, mesmo após dois mil anos do Cristo, ainda nos vitimiza em muitos momentos.

Assim, salve São Jorge, celebrado em 23 de abril de 2009 da nossa era! 

E que Jesus abençoe e cubra de bençãos a todos estes que, provenientes,  no passado, da atividade profissional mais íntima do despotismo, da arbitrariedade e da violência vigentes, em guinada súbita, deram vazão plena e sacrificial ao chamado do íntimo amadurecido e já preparado para os embates realmente gloriosos,  em defesa da supremacia do verdadeiro Império da Luz no mundo!

Dedicado a Caio Fábio Quinto

*Estes episódios são narrados na nossa obra mediúnica intitulada Entre Jesus e a Espada.  

Avaliação: 5 | Votos: 11

     

Conteúdo desenvolvido pelo Autor Christina Nunes    Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui.