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Sentimento de solidão

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Autor Flávio Bastos

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 10/12/2005 8:30:22 AM


Márcia tinha tudo para se considerar uma mulher satisfeita: jovem, bonita, formada em jornalismo e com um bom currículo profissional. Mas porque aquele sentimento de solidão que repentinamente a envolvia ou aquela melancolia que lhe invadia o peito? O que explicava aquele desconforto? Foi atrás destas respostas que Márcia procurou o atendimento em Psicoterapia Reencarnacionista.

Após algumas sessões onde foram tratadas situações da infância - "nós a serem desatados" - que mais a incomodavam e com repercussões na vida adulta, como mágoas e ressentimentos, encaminhamos a investigação regressiva a nível de memória profunda.

Na primeira revivência, Márcia sintonizou situações da sua infância quando tinha quatro anos cujo conteúdo fora anteriormente trabalhado durante as sessões de psicoterapia. Na "tela" do passado, diante de si surge aquela mãe enérgica, cobradora, envolvente, que verbaliza através da filha: "Não deves jamais sentar em colo de homem, beijar desconhecidos ou ires ao banheiro desacompanhada!" Como se fosse ainda aquela menininha assustada e estabelecendo um diálogo consigo mesma, responde: "Não quero ouvir, mãe. Eu não entendo o que queres dizer, só me deixa viver. Eu quero viver..." Márcia acabara de enfrentar um "fantasma" do passado.

Na segunda revivência da mesma experiência de regressão, a paciente acessou uma vida passada onde via-se numa mulher solitária morando num rancho perdido nos confins de uma região longe de qualquer acesso à civilização. Como companhia tinha um machado que cortava lenha e abria a clareira em volta da choupana e uma vela acesa que a distraía durante as gélidas noites daquele lugar. Próximo ao casebre havia um penhasco e lá embaixo um rio que corria na base da fenda onde, em dias quentes, gostava de banhar-se. E o tempo, inexorável, passava. Márcia sentia o avanço da idade e a consequente debilitação do organismo. Percebia que tinha uma enfermidade, a sua pele começava a separar-se do corpo, os membros a definhar. Entendeu que tinha lepra.

A morte, inevitável, veio. Mas tranquila, serena. Percebeu uma forte Luz que invadia o casebre e a puxava para cima. Viu o teto da choupana do alto, a clareira, o bosque e o rio irem diminuindo de tamanho até se sentir em um lugar onde predominava a cor branca. Sentiu-se em paz por uns instantes, mas à medida em que começou a perceber que havia mais "pessoas" naquele lugar, invadiu-lhe um estranho sentimento: começou a se sentir mal, queria sair dali, desejava voltar para o seu rancho. E assim ficou com este sentimento por algum tempo.

Então percebeu que descera, que estava lá a vagar pela clareira e observou a sua casa abandonada e o que restou do seu corpo: a longa cabeleira presa no encosto da cadeira; trapos da roupa e ossos espalhados em volta. Continuou a vagar por aquele lugar por algum tempo até sentir que estava sendo novamente puxada para o alto, para a Luz, até ficar bem, confortada.

De volta para aquele iluminado local começou a sentir-se melhor. Viu que havia crianças que a convidavam para brincar. Havia também um bosque e um riacho de águas límpidas e cristalinas. Voltara a ser jovem e bonita e começou a se relacionar com outras pessoas, aprendendo a conviver socialmente. A comunicação, como registrou, não era através da fala. Na sequência, sentiu-se sendo puxada para baixo e entrando em um corpo. Era o útero materno, agradável, acolhedor. Sentia-se extremamente segura e protegida, com uma sensação de prazer que refletia-se em sua fisionomia aberta e feliz. A regressão, então, pode ser encaminhada para o seu final.

Como não poderia ser diferente, Márcia tirou algumas lições e aprendizados que precisava da experiência. As "fichas foram caindo": o sentimento de solidão da vida atual era uma sintonia da vida passada, quando preferiu o isolamento ao contato humano. A necessidade de se sentir mais integrada à vida em sociedade, interagindo com seus semelhantes e aprendendo, dessa maneira, lições de convivência humana, talvez tenha sido o conteúdo mais significativo para alavancar o seu processo de autoconhecimento.

Livre da sintonia que a vinculava ao passado, Márcia despediu-se com um largo sorriso de confiança e com a certeza do que precisava ainda modificar visando a própria evolução de consciência.

Observação: a verdadeira identidade da pessoa foi preservada.

Psicoterapeuta Reencarnacionista

Texto Revisado

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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