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Ser ou não ser na tempestade da vida - seu presente de força e maturidade

Atualizado dia 22/01/2014 04:55:00 em Espiritualidade
por Isha Judd


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Vários anos atrás eu visitei Terra do Fogo, uma ilha belíssima no extremo sul da Argentina e sua principal cidade é a cidade mais austral do mundo. Este terreno acidentado de picos nevados também é o lar de uma grande colônia de castores. Esses castores não são nativos da Argentina, conforme me contaram, eles foram trazidos do Canadá em 1940 por alguns empresários ambiciosos, que pensavam que poderiam fazer uma enorme fortuna com suas peles.

O raciocínio deles parecia genial: o único predador do castor é o urso, e não há ursos na Argentina! Sem predadores, os castores se multiplicariam rapidamente e assim poderiam investir os benefícios da venda dessas peles caras e fazer uma fortuna. O plano foi logo colocado em ação e 25 casais de castores chegaram à Terra do Fogo. Para alegria dos investidores, estes castores, efetivamente se multiplicaram rapidamente, mas algo muito estranho aconteceu, os recém-nascidos não desenvolveram espessas camadas de pelo como seus parentes no Canadá. Na verdade, o pelo era totalmente insignificante e inútil. Os empresários angustiados logo tomaram conhecimento que a qualidade do pelo do castor cresce mais grosso quando eles têm experiências de exposição ao perigo e reagem com o medo. Sem ursos, não há medo, e por isso a sua pele não cresce e não há possibilidade de fazer qualquer casaco de pele de castor.

Em nossa sociedade, reina a comodidade. Tudo o que torna a vida mais fácil e requer menos esforço é muito apreciado. Nós aprendemos a evitar o confronto e o conflito, e a rotina é mais valiosa que explorar o desconhecido, e a segurança mais importante que a espontaneidade. No entanto, muitas vezes, são as coisas que nos incomodam - os choques, as decepções e perdas - aquelas coisas que mais nos desafiam em nossas vidas, essas são as tempestades que queremos evitar e, no entanto, são estas tempestades que nos fazem fortes. Elas nos dão a maturidade e responsabilidade. Que melhor professor poderíamos ter do que nossa própria experiência direta da vida?

A vida se torna estagnada quando removemos os desafios. Da mesma forma que uma criança mimada, que quando finalmente enfrenta o mundo percebe-se sem os conhecimentos necessários para se desenvolver na sociedade, se quisermos nos proteger sem viver os conflitos inevitáveis da vida, podemos encontrar consolo, mas não encontraremos crescimento. Podemos encontrar a distração, mas não vamos encontrar a autorrealização. Para prosperar e crescer como pessoa, temos de enfrentar o mundo e aceitar as perdas e decepções que a vida nos traz. Então, ao invés de percebê-las como obstáculos que nos impedem de seguir adiante em nosso caminho, podemos usar essas situações difíceis como oportunidades para crescer e ir além das nossas fronteiras e limites expandindo assim nossos horizontes.

Como uma criança pode crescer e se tornar um adulto responsável? Consegue sem cometer nenhum erro? Ou consegue aprendendo com as consequências de suas próprias ações? Em última instância, temos que passar pela situação e ter a experiência de conhecê-la por nós mesmos. Talvez, quando fazemos isso, podemos ver: "Ah, agora eu entendo o que minha mãe me dizia", e assim você estará tendo uma experiência que leva à maturidade. A forma como criamos nossos filhos, muitas vezes, reflete a nossa necessidade de nos proteger dos problemas naturais da vida. Nós não queremos que cometam nossos mesmos erros, mas talvez precise passar por essa e outras coisas para se tornar sábio.

É natural ter altos e baixos na vida. Estamos vivendo uma experiência humana e isso envolve uma ampla gama de sentimentos e situações. Quando começamos a nutrir um espaço interno de segurança e amor incondicional através da expansão da consciência, começamos a experimentar esses extremos com mais liberdade. Começamos a abraçar os contrastes da vida e encontrar aventura na mudança e na incerteza. Autorrealização não é viver num estado permanente de felicidade desconectado do resto das emoções. Trata-se de abraçar os contrastes da vida plenamente, sem medos, a partir de um lugar de liberdade interior. A necessidade de controlar as nossas circunstâncias pelo medo transforma-se em uma dança sem quaisquer restrições e em harmonia com a sinfonia da vida.

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Conteúdo desenvolvido por: Isha Judd   
Isha é mestra espiritual reconhecida internacionalmente como embaixadora da paz. Criou um Sistema para a expansão da consciência que permite a auto-cura do corpo, da mente e das emoções. Site oficial www.ishajudd.com
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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