Sobre o Despertar do Coração
Atualizado dia 26/08/2010 14:29:55 em Espiritualidadepor Daniele Alvim
Sabemos que isto não é tarefa fácil, uma vez que existem estes condicionamentos do ego que são cultivados ao longo de toda uma vida. Mas também sei que apenas a intenção positiva de acessar a compaixão do coração é a semente que, se regada adequadamente com a água da boa vontade, dia após dia, pode deixar florescer o amor.
Por que será que a maioria da humanidade sofre com sentimentos de solidão e falta de amor? Porque deixa que esses sentimentos negativos do ego tomem conta do ser e arraigar. Como encontro pessoas cheias de ódio no coração que se deixam abater por situações tão banais e contornáveis com a boa vontade do coração. Verdadeiros embates do ego que nos deixam esgotados emocionalmente, enredados em histórias tristes e enfadonhas, que nos tiram a tranqüilidade e a felicidade. Contudo, eu lhes digo: O verdadeiro Poder vem do Coração.
Lembremos o arquétipo relativo à carta 11 do Tarot, denominado de A Força. Uma mulher representando o poder feminino do coração, o Amor e a Luz sendo por ela expressos através da imagem do leão, o representante simbólico do ego, sendo por ela afagado, numa atitude de total submissão. Isto é, o poder do ego totalmente rendido e integrado ao poder do coração. O ego iluminado e colocado a serviço da alma (anima).
Quem gosta de admitir que de vez em quando possui um sentimento de inveja? O de querer se sentir superior ao outro? Entendemos que simplesmente senti-lo e deixá-lo passar é ainda muito melhor do que o ato de querer o mal de alguém alimentado pela inveja. E penso que este estado do ser pode corroer a alma e tornar o sujeito um desalmado. Todos nós possuímos a essência divina que nos torna co-criadores do universo em que vivemos. Cada um de nós tem um corpo, uma alma e um espírito que são únicos. E não há dúvida de que focar no ser que somos é a chave para identificar o espírito divino em nós. Geralmente, o que comumente acontece é que muitos de nós se espelha no outro para construir o nosso próprio ser. Isso é algo natural se não for imbuído da inveja destrutiva, isto é, se mirar em alguém que consideramos um exemplo de sabedoria, sobriedade, espiritualidade, amor, de beleza, dentre outras características; não é errado quando isto serve para que entremos em contato com a nossa própria individualidade através de certas pessoas que já conseguiram desenvolver dentro de si determinadas qualidades. Mas quando se tem, além disso, uma intenção negativa, isto, a longo prazo, só vai trazer um sentimento: A Infelicidade. Isto é garantido. Alimentada pela falta de amor-próprio e a sensação de um falso poder que dá a impressão de estarmos emaranhados em um labirinto, solitários e sem saída.
Já falei anteriormente que Luz é Amor e essa Luz nasce da abertura do chacra do coração. O coração é o mediador entre a alma e o ego. O ego é ligado à nossa personalidade, que é formada pelas nossas relações exteriores, isto é, nossa educação e relacionamento com o mundo exterior. A alma é a nossa essência, já nasce conosco é a nossa contraparte divina que é formada pelas nossas aspirações superiores, a vontade no sentido de crescer como ser humano, tanto no sentido material quanto no espiritual, complementando-se um ao outro.
O universo está sendo transformado e, agora, exige a contribuição consciente de todos nós. E se sentimos que morremos em vida e que o mundo à nossa volta também parece morto, eu entendo que então é o momento que deve ser reconstruído (tendo em vista que a morte é apenas um estágio de transição para um outro nível vibracional).
Agora faço minhas as palavras de São Francisco de Assis, uma oração que é uma ferramenta para o real acesso ao amor que brota genuinamente do coração, o que nos torna co-criadores no nossa própria vida e à vida que nos rodeia. Recomendaria que pudéssemos entrar em contato com estas palavras diariamente, somente através de uma leitura.
“Senhor, fazei-me o instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna...”
Por Daniele Alvim (Prem Deva Buddhi)
Texto revisado
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Daniele Alvim é Escritora, Terapeuta e Professora de Aura-Soma Visite seu Blog, Twitter e minha comunidade de Aura-Soma no Orkut. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |