Menu

SOMOS A VONTADE DE DEUS

Atualizado dia 7/31/2011 4:13:52 PM em Espiritualidade
por Oliveira Fidelis Filho


Facebook   E-mail   Whatsapp

Durou dois anos a disputa judicial entre o jogador Ronaldo e Michele Umezu até que o reconhecimento da paternidade do filho Alexander, na época com cinco anos, acontecesse. Uma das declarações do "fenômeno", então maior goleador de todas as Copas, me chamou a atenção: " Hoje eu conheci o ALEX, uma criança linda, educada e saudável... O resultado do exame comprovou o que meus sentimentos me mostraram na hora em que vi o Alex. Alex é meu filho, irmão de mais 3 crianças lindas como ele. E me terá sempre como pai para todos os prazeres  e deveres. Seja bem-vindo".

De vez em quando a mídia se agita com a história de uma mãe ou filho buscando reconhecimento da paternidade de algum milionário famoso. Muitos outros filhos gerados de pessoas sem visibilidade também anelam conhecer seus respectivos pais e até pleiteiam o reconhecimento da paternidade, mas estes, para a imprensa não possuem o potencial de gerar os cobiçados picos de audiência.

Muitos de nós ainda não reivindicamos a Paternidade divina ou usufruímos harmoniosamente desta Paternidade. Mesmo que em alguns momentos afirmemos que "todos são filhos de Deus" ou "eu também sou filho de Deus". Nem sempre nos sentimos confortáveis ou conscientes com esta realidade. Há geralmente um misto de amor e ódio, confiança e medo, certeza e dúvida em tal afirmação. Infelizmente, é deste incongruente antagonismo, desta aparente areia movediça, que as religiões dependem para estruturar suas teologias, doutrinas, se justificar, se impor, delimitar espaços, etiquetar seus seguidores, criar divisões, julgamentos, ódio e perseguições.

De Charles Darwin, herdamos a teoria da evolução, cheia de perguntas ainda não respondidas sobre a origem do processo evolutivo. Da Teologia Cristã nos é ensinado que somos filhos de Adão e Eva, dos quais herdamos a separação da paternidade Divina, a condenação e todos os tipos de sofrimento.

Mas será que somos em verdade separados de Deus, será que fomos realmente deserdados? Será possível sermos "desligados" da Fonte de Luz, de Amor, de Sabedoria, de Paz, de Perfeição, da qual por extensão somos e mesmo assim continuarmos a existir? Será que sentimentos de culpa, vergonha, medo, condenação, separação, que muitos nutrem, tem lugar no Verdadeiro Deus, ou são fruto de projeções, do antropomorfismo religioso a serviço da defesa do ego? Enfim, o "Deus" das religiões realmente nos criou à Sua Imagem e Semelhança ou esse "Deus" foi por elas criado a partir de suas projeções, alucinações, crenças e valores?

Para o Criador, que cria por extensão amorosa de Si mesmo, todas as criaturas lhe pertencem, são Seus Filhos nos quais tem Ele todo o Seu prazer. Deus se encontra presente em todas as expressões de sua Criação pois não há espaço que por Ele não seja ocupado. Sua Vontade é que O reconheçamos como Pai, pois sabe que esta é, essencialmente, a nossa Vontade.

Neste artigo, gostaria de focar a Vontade de Deus, pois entendê-La nos faz despertar para a verdadeira Filiação. A vontade de Deus é que sejamos Filhos e nisto tem Ele todo o Seu prazer. Por outro lado, negando a nós mesmos esta Filiação negamos a nossa profunda e verdadeira Vontade, a nossa verdadeira identidade. Isto porque, mesmo não reconhecendo a Paternidade de Deus não deixaremos de ser Seus Filhos ou Sua Vontade.

Faz-se necessário, portanto, perguntar a Vontade de Deus em todas as coisas, pois Ela também é nossa. Somente a projeção do ego cria a ilusão de que a Vontade de Deus possa estar fora de nós. Tal projeção faz parecer e leva-nos a crer que existe conflito entre a Vontade de Deus e a nossa. Somos levados a acreditar que Deus nos pede algo que não queremos dar, que o que Ele pede vai de alguma foram nos privar do que queremos.

O medo, a recusa, a insegurança em saber a Vontade de Deus advêm de acreditarmos que esta Vontade não é também a nossa. Tal crença é a raiz de toda a nossa desventura, doença e medo. Por acreditarmos assim, por negarmos que a Luz esteja em nós, geramos a escuridão na qual nos escondemos e nos perdemos, tornando-nos irreconhecíveis a nós mesmos e para o outro. Uma vez que esquecemos qual é verdadeiramente nossa Vontade, acabamos por não saber realmente quem somos e o que queremos. Trocamos a Vontade, que é tanto de Deus quanto nossa e que é a favor de Deus e da Filiação, pelo nosso próprio desejo que é tão somente contra nós. Assim, multiplicamos tanto os desejos quanto as insatisfações.

Não há como ser feliz, isso parece ser "julgamento final", a não ser que façamos a nossa verdadeira Vontade que é extensão da imutável Vontade de Deus, em nós e por nós. Não há como ter descanso enquanto não conhecermos a nossa Vontade, deixando que ela se realize sem impedimentos. Quando assim é, percebemos que somos a Vontade de Deus. Foi nesta dimensão de existência que Jesus sentia-se a vontade para dizer que "Eu e o Pai somos Um".

Toda a nossa sobrecarga, exaustão e prostração vêm dos ferimentos produzidos pelos sedutores apelos do ego; eles nos fazem cativos dos desejos e desterrados de nossa verdadeira Vontade. Sob a hipnose dos desejos, vagamos distantes de nós mesmos, da nossa Essência Divina, do Altar do Espírito, da casa do Pai. Em cada pensamento capaz de ferir que mantemos está a negação da Paternidade de Deus e da nossa Divina Filiação; não nos sentimos à vontade, pois falta-nos a Vontade.

Quando nos ajustamos à Vontade de Deus, removemos os atritos, os obstáculos geradores de sombras, reencontramo-nos e retornamos à morada da Paz. Quando o "filho pródigo" distancia-se da casa do Pai, em verdade distancia-se de Si mesmo. Toda a sobrecarga tem origem no conflito e o maior conflito se faz a partir da oposição do egótico desejo diante da acolhedora Vontade; "Deus é muito quieto, pois Nele não há nenhum conflito". Em Deus não há obstáculo, pois ele não os cria, Nele não há ego por isso é Paz.

Jesus deixou a certeza de que o Espírito Santo nos ensinaria toda a Verdade, entretanto, "Ele não pode falar a um anfitrião que não lhe dê boas vindas, porque sabe que não será ouvido". Em verdade, "dorme" ainda em muitos de nós a Vontade de Ser como Ele é. Tornamo-nos bem-aventurados quando atentamos para a Voz do Espírito que nos fala a partir do altar da alma. Então, percebemos que a nossa Vontade espelha a Vontade de Deus e que, verdadeiramente, somos Sua Imagem e Semelhança.

Em verdade, somos a Vontade de Deus, extensão e expressão do Criador. Se ainda oscilamos, se há momentos em que não espelhamos esta realidade, não é porque fomos destituídos desta Graça, Glória ou Reino e sim porque fomos atrás de outro deus, de outro senhor, de outro tesouro; submetemos a mente e os pensamentos aos doentios comandos do ego.

Sob as distorcidas crenças e valores, erguidos a partir do ego, permanece a Essência Divina, a Semente da Eternidade à espera do germinar, desejosa do Ser e de Ser. Mas não confundamos o Deus Verdadeiro com o deus da projeção, nem Sua Vontade com nossos desejos, construção do ego, do "deus deste mundo", que ainda cega muitos. 
Gostou?    Sim    Não   

starstarstarstarstar Avaliação: 5 | Votos: 327


estamos online   Facebook   E-mail   Whatsapp

foto-autor
Conteúdo desenvolvido por: Oliveira Fidelis Filho   
Teólogo Espiritualista, Psicanalista Integrativo, Administrador,Escritor e Conferencista, Compositor e Cantor.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

Saiba mais sobre você!
Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui.
Deixe seus comentários:



Veja também
© Copyright - Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução dos textos aqui contidos sem a prévia autorização dos autores.


Siga-nos:
                 




publicidade










Receba o SomosTodosUM
em primeira mão!
 
 
Ao se cadastrar, você receberá sempre em primeira mão, o mais variado conteúdo de Autoconhecimento, Astrologia, Numerologia, Horóscopo, e muito mais...


 


Siga-nos:
                 


© Copyright 2000-2024 SomosTodosUM - O SEU SITE DE AUTOCONHECIMENTO. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade - Site Parceiro do UOL Universa