Somos Realmente Irmãos?
Atualizado dia 13/01/2015 12:17:32 em Espiritualidadepor Maria Cristina Tanajura
O Ego, que se acha dono da verdade e que existe mais ou menos forte, em cada um de nós, não aceita facilmente as opiniões que lhe são contrárias. Gostaria de reinar absoluto e que todos se subordinassem às suas diretrizes e crenças. Mas sabemos muito bem que isto não é possível e está equivocado.
Justamente por sermos diferentes uns dos outros é que somos importantes, pois nos completamos. Podemos nos ajudar mutuamente, ainda que jamais venhamos a conhecer toda a verdade – apenas o que é possível no nosso grau de evolução e entendimento.
O mundo está precisando aprender o que significa respeitar o outro com suas diferenças. Ter liberdade não significa poder afrontar e criticar as crenças dos demais, por mais erradas que elas nos pareçam. Se não conseguirmos fazer isso, lutaremos eternamente entre nós e chegaremos a destruir esta nossa civilização construída com tanto esforço e sacrifício de multidões de irmãos diferentes, em todas as épocas históricas por que passou a humanidade.
Mais uma vez Jesus, o grande Mestre, ensinou-nos a humildade e a tolerância de uns para com os outros, o perdão das ofensas, mas infelizmente muitos poucos se lembram de viver o Seu exemplo.
É triste o que assistimos, quando irmãos se matam por causa de crenças diferentes. Isso tem sido recorrente em toda a nossa história e penso que é urgente e necessário que passemos essa página e aprendamos a nos tolerar com respeito.
Sendo o nosso princípio criador um só, para que tanta intolerância, tanta divergência?
Se vivêssemos o Amor que somos e para onde vamos, estaríamos todos bem mais felizes. Sem tantos templos luxuosos, sem tantos dogmas e práticas infalíveis, apenas aprendendo a amar e perdoar... Respeitando-nos, acima de tudo.
Que irmãos somos nós, afinal? Esta é uma reflexão para o começo de um novo ano e que pode ser trabalhada a cada instante de nossas vidas.
Como recebo as opiniões diferentes das minhas? Será que aceito a visão nova trazida pelos jovens que convivem comigo? Dou a eles a oportunidade de se explicarem,
de mostrarem no que acreditam?
Estamos abertos para receber o novo que nos desafia a cada instante, com variadas formas de viver, de aprender, de pensar? Ou vivemos cercados de uma muralha fortificada que impede a mudança, seja ela qual for?
Enquanto estivermos encarnados aqui neste planeta, podemos nos transformar – para melhor – e precisamos trabalhar pela melhoria da nossa vida e consequentemente da de todos.
Se não podemos falar para toda a humanidade, pelo menos que nossas palavras sejam de compreensão pelo ser do outro, que por miríades de razões é muito diferente de mim. Certamente, não devo aceitar o meu erro, ou o de qualquer outra pessoa, mas nem por isso tenho o direito de matar alguém, apenas porque acho que pensa diferente de mim e por isso me aborrece.
Momentos tristes como esses, onde irmãos trucidam irmãos que nem sequer conheceram, deixam-nos diante de uma realidade desafiadora. Precisamos amar mais, muito mais. O próximo é aquele que nos encontra onde estivermos, mesmo que dele nem saibamos o nome. Custa sorrir? Custa ter um pensamento de carinho e desejar sinceramente o bem do outro? Nesse trabalho silencioso, iremos semeando dias melhores para uma colheita futura.
Será que se ouvíssemos os outros com mais atenção, não encontraríamos as verdadeiras razões para que tenham as crenças que têm?
Será que somente através da violência e da vingança iremos reformar o comportamento dos outros? Ou será que o Amor tem muito mais força do que qualquer outra já conhecida no Universo? Talvez o Amor seja a verdadeira força. O único caminho. E a esperança de um dia vivermos em paz.
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Socióloga, terapeuta transpessoal. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |