Uma bobagem chamada Reforma Íntima




Autor Paulo Tavarez
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 07/02/2024 22:05:23
No movimento espírita e espiritualista, uma das frases que mais ouvimos é "Reforma íntima". Acho essa frase um erro, uma bobagem, pois reforma íntima, como preconizam, é substituir uma crença por outra. É deixar de acreditar no inferno e passar a acreditar no umbral, é deixar de acreditar em demônios e acreditar em obsessores, é deixar de acreditar em ressurreição e acreditar em reencarnação; ou seja, é sempre a substituição de uma crença por outra.
As crenças criam doutrinas e rebanhos de doutrinados. Sou contra qualquer tipo de crença; ou o sujeito sabe ou não sabe, acreditar é para os cegos.
Não estamos aqui para reformar nada; insistir nesse postulado é manter as pessoas na mesma condição de escravidão mental em que se encontram. Estamos aqui, única e exclusivamente, para nos desconstruirmos. Não há o que ser reformado; qualquer informação nova que não liberte o ser através do desapego, da renúncia e do total desinteresse pelo mundo é mais do mesmo que sempre tivemos.
Nossa luta é pela desconstrução! Precisamos desconstruir vícios mentais como a vaidade, o orgulho, o egoísmo, a ambição, a ignorância e tudo aquilo que configura esse personagem criado a partir das ilusões do mundo.
Precisamos desconstruir o apego às coisas, às pessoas, às tradições, aos conceitos, às regras e às verdades estabelecidas; enfim, estamos aqui para demolir tudo. O quanto avançamos em nosso progresso espiritual está intimamente ligado ao quanto desconstruímos.
Não há o que ser reformado, não há como maquiar esse falso eu, não podemos continuar lustrando um personagem enquanto tentamos realizá-lo; lembrem-se sempre das palavras do Mestre Jesus: "Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á" Mt 17.
Percebam que Jesus diz claramente que não devemos tentar salvar essa vida, pelo contrário, precisamos perdê-la. A vida a que se refere o Mestre, é a vida fictícia de um personagem agarrado a saga mundana, prezo às injunções da matéria sonhando com realizações.
Ramakrishna dizia que o barco pode estar na água, mas a água não pode estar no barco; o homem pode estar no mundo, mas o mundo não pode estar no homem.
Ramakrishna dizia que o barco pode estar na água, mas a água não pode estar no barco; o homem pode estar no mundo, mas o mundo não pode estar no homem.
Se temos que passar por esse oceano, passemos sem que sejamos afogados por ele.
Texto Revisado








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