Uma luz no fim do túnel
Atualizado dia 6/8/2015 11:33:47 PM em Espiritualidadepor Nadya Prado
Seja qual for o seu momento de “dor” emocional ou física, tenha certeza que terá um fim, tão logo esteja livre de suas próprias amarras que lhe acompanham em seu processo evolutivo.
Vidas que se acumulam a cada encarnação, repetindo a trajetória que o destino reserva a todos os iluminados.
É difícil compreender aquilo que vai além do entendimento usual e grosseiro sobre os acontecimentos que nos transformam a vida.
Num dia, a glória, e em outro a derrota. O sucesso e o fracasso, a juventude e a velhice, a saúde e a doença. Em tudo, a dualidade do ego nos proporciona a oportunidade de compreendermos que a felicidade está além das casuísticas egoicas.
Jamais, poderá a psicologia ortodoxa desvendar a luz no fim do túnel, antes de reconhecer que o ego é apenas o lado escuro.
Não há possibilidade de plenitude e paz nas dependências do ego. Seu ambiente é claustrofóbico para o espírito, porque se limita a sua estreita visão linear.
O ego impõe procurarmos nos manter em território já explorado e conhecido, onde nos sentimos em segurança. É a zona de conforto à qual nos apegamos e gostaríamos de ficar por tempo indeterminado. Mas, a vida, como em maré alta, desmancha nosso castelo de areia e nos obriga a explorar novas terras inóspitas. Doenças, perdas financeiras, conflitos amorosos que nos tiram do controle.
Quantas vezes, mesmo infelizes, continuamos a insistir numa situação já insuportável?
Pode ser um emprego, uma relação amorosa ou outra situação que não vai bem, mas que a “zona de conforto” impede nossa ação para a mudança. É aí que a vida começa a agir por nós. Ela chega e dá um cutucão para nos acordar.
O sofrimento é o único remédio para curar a falta de consciência que nos arrasta por anos na mesmice.
Existe uma falsa ideia de que devemos aprender a sofrer com resignação. Um exemplo típico, que eu ouço muito, é o do casamento infeliz. Mulher traída pelo marido sofre violência moral e até física e continua casada, alegando que é seu karma.
A Natureza tem por si só a dinâmica do equilíbrio. Ela sempre buscará a harmonia em todas as suas manifestações que integram o Todo. Se estamos sendo displicentes em alguma área de nossa vida, ela saberá como nos lembrar da responsabilidade que temos por nosso comportamento.
Nada acontece ao acaso. Se eu sair correndo sem olhar por onde ando, provavelmente ao longo do caminho poderei cair e me machucar... Com a dor que sentirei, tomarei consciência de que preciso estar atenta ao caminhar!
As adversidades têm o poder de nos tirar da zona de conforto. Assim, saímos a desvendar novas paisagens. Este é nosso caminho de aprendizado e evolução. As adversidades são sempre oportunidades para expandir a consciência. Na escuridão do túnel podemos enxergar a luz.
Quando a paz envolve o nosso íntimo, a vida também se torna pacífica. Mas, quando um turbilhão de pensamentos e sentimentos desequilibrados movimenta a alma e sua estrutura interna, a vida responde com situações que possam ir de encontro às necessidades do espírito aprendiz.
O que está lhe trazendo sofrimento provavelmente é algo que insiste em manter, apesar de toda a dor que lhe causa. É uma postura inconsciente que se alimenta do medo.
O medo é seu pior inimigo, porque ele lhe tira a oportunidade de transformação. É o principal impulso do ego em sua compulsão por controle.
Tenho uma cliente que foi acometida por câncer de mama. Em seu histórico é evidente o medo que traz em seu interior. Ela teme porque foi criada nas rígidas estruturas do catolicismo que impingem a culpa e o castigo como crença.
Desconfiada, foge de qualquer conhecimento que possa destruir os alicerces religiosos aos quais seu ego se encontra submetido. Movida por seu medo da doença e de morrer, agarrou-se firmemente à religião.
Procura desesperadamente disfarçar e esconder suas emoções, porque sente a necessidade de ser "boazinha" e pedir a Deus que a perdoe e a cure. Qualquer outro diálogo mais assertivo e sombrio é proibido, porque acende as chamas de seu verdadeiro ser dual.
Ela teve alguns episódios em sua vida que ficaram fixados em seu corpo devido ao ressentimento que nutriu, fortaleceu e que se instalou no corpo físico.
O medo de olhar para si mesma e encarar sua dualidade tem lhe privado a possibilidade de ver a luz no fim do túnel. É preciso ter coragem de admitir e reconhecer a escuridão que está atravessando. Negar o lado sombrio impede de reconhecer a luz que cura a alma. Toda doença é um caminho de volta ao equilíbrio natural, que foi abandonado em algum momento.
Muitas histórias já nos foram relatadas sobre EQM – Experiência de Quase-Morte. Geralmente descrevem a passagem por um túnel, vislumbrando uma forte luz no final e uma sensação de paz profunda.
Eu vejo esse túnel como sendo a nossa vida, que nos coloca em contato com a escura sombra que nos acompanha e a luz como o destino final do enfrentamento, que nos conduz ao autoconhecimento e ao despertar.
Acredito que quando estivermos libertos do egoísmo e da necessidade das reencarnações, não haverá mais túnel para atravessar e somente a paz profunda para sentir.
Permita-se ser feliz, abandone todas as crenças que lhe fazem construir castelos de areia. Saia desse território de ilusão e deixe-se levar pela luz.
Seja Amor!
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Texto Revisado
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Psicoterapeuta Transpessoal Técnica Naturopata, com extensão em Psicopatologias Psicanalíticas e Psicossomática Contemporânea., estudiosa dos estados alterados da consciência e transtornos psicológicos, inclusive mediunidade transreligiosa. Atendimentos online no skype Informações e agendamento envie email para [email protected] E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |