VIDA INTERIOR
Atualizado dia 07/04/2012 23:14:50 em Espiritualidadepor Christina Nunes
"Música é vida interior e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão". Artur da Távola
Há os que vivem no seu mínimo. E há os que vivem no seu máximo: estes são os que vivem a sua vida interior, atravessando a última porta. Conquistaram a alforria espiritual. Anexaram ao seu panorama a paisagem muito mais vasta do lado de fora, da qual vislumbraram a realidade, incorporando-a definitivamente ao sentido maior de sua existência. Mas cada um atravessa a porta em prazos diferentes, rumo à claridade diamantina que acena, fugaz, de tempos em tempos, para a descoberta de um mundo muito maior!
Alguns se conservam teimosamente na crença de que a Vida consiste no ambiente acanhado daquele terreno conhecido e supostamente seguro. E, presos a esta visão fragmentada, rotulam de loucos os que despertam para a magnitude generosa e infinita da existência. Como no conto do pequeno peixe que, deixando os limites do habitat de corais no qual, até então, residia com os que compunham seu pequeno ecossistema, de repente, depara com as expansões infinitas do restante do oceano; e, ao tentar alertá-los desta verdade, no seu retorno é hostilizado, expulso, e reputado insano pelos peixes que não mais que desconheciam aquela realidade maior.
Jesus, Chico Xavier e muitos outros viveram intensamente, no mundo terreno, a sua vida interior. Abraçaram em completude as causas maiores de tudo. Incluíram, na prática do seu contexto de vida, esta percepção mais íntegra e mais avançada e exemplificaram, a cada dia, a sua ostensiva interação com um universo infinitamente mais vasto do que a maioria admite como concebível. Apresentaram-no aos interessados em ouvir; alertaram aos incautos, e revelaram, aos que se achavam prontos para compreender, as razões maiores para cada situação e cada fato do cotidiano. E, em decorrência, irradiaram luz, em máxima potência!
Contataram a espiritualidade; enxergaram sentimentos; curaram corpos e espíritos; e consideraram não somente as aparências do mundo - mas toda a mais genuína essência residente nos seres!
Há uns dias, entusiasmada como ando com tantas mudanças surgidas nos últimos tempos, como as minhas aulas de música e os novos rumos de minha tarefa mediúnica literária sob a influência e parceria com Iohan, o espírito de um músico, e instrumentista de grande sensibilidade, em momento de certo desânimo dialogava com ele em nível mental, comentando: "Por vezes, vem-me a reflexão sobre o real sentido disso tudo. Estudar música, assim como interagir com vocês, transmitindo para os que estão em situação de reencarnados na materialidade as realidades muito mais amplas que não só nos rodeiam desde agora, mas nos aguardarão depois do estágio de aprendizado por aqui, aproxima-me de Deus! Afiniza-me com o lado mais sensível da vida, e faz com que eu sinta, veja, ouça sons, cores, vozes e imagens novas, que, todavia, e na maior parte do tempo, nem sempre são sequer suspeitados por todos! E a vontade de compartilhar e de obter resultados é tanta! Por vezes, é como se nossas vozes ecoassem num vazio; e, no entanto, sinto a necessidade de retorno. Do entusiasmo de pessoas que também sentissem, vivenciassem e comemorassem todas estas descobertas e experiências tão úteis, tão cheias de luz! Então, Iohan, nestes minutos, com quem haverei de compartilhar?! Quem, além de vocês, dividirá comigo meu entusiasmo pela música, e pela interação mediúnica, e por estes cenários de luz que desejamos tanto que entrem no conhecimento de todos, para que possam ser mais felizes?!"
Na mesma hora veio a resposta, pronta, jovial, e amiga:
- Ora. Há os que já dividem isto com você! Mas, quando porventura se julgar sozinha, faça o favor: compartilhe comigo!...
E logo sorri do bom humor claro na resposta dele.
Música! Vida interior!... Iohan é músico, e conhece isto tão bem!
A vida interior, como a música, é, em princípio, naturalmente solitária. E só haverá de encontrar ressonância em quem também toca e vive! Em quem se harmoniza com os sons da orquestração incomensurável da existência! Em quem já fez a passagem para o "lado de fora" da clausura da materialidade! Via desencarnação, ou pelas portas da interiorização, quando acontece de realizar este grande feito enquanto ainda estagia aqui, resolvendo pendências de ordem cármica, ou cumprindo compromissos assumidos com seus amigos, mentores, familiares ou apoiadores do período pré-reencarnatório.
Mas, forçoso reconhecer, isto não acontece com facilidade. Pois a hipnose terrena é poderosa, e nos arrasta com força e facilidade, se, invigilantes, nos deixamos seduzir pelas fascínio das visões transitórias presentes nos interesses da hora que passa. No acúmulo de bens, nas mágoas, e ressentimentos. Na ambição e egoísmo, que nos empanam e obscurecem os melhores sentimentos de humanidade. Na negligência para com as necessidades dos nossos semelhantes, ou no desdém à beleza e completude inerentes à intimidade das obras de Deus, passíveis de nos conduzir a uma condição ideal de reverência à Vida!
"Compartilhe comigo!..."
A sinfonia da Vida sempre será usufruída por todos os que já se acham aptos para executá-la, apreciá-la, ouví-la e repercutí-la, sem outro interesse maior que não seja a celebração eterna da Luz no Universo!
Texto revisado
Há os que vivem no seu mínimo. E há os que vivem no seu máximo: estes são os que vivem a sua vida interior, atravessando a última porta. Conquistaram a alforria espiritual. Anexaram ao seu panorama a paisagem muito mais vasta do lado de fora, da qual vislumbraram a realidade, incorporando-a definitivamente ao sentido maior de sua existência. Mas cada um atravessa a porta em prazos diferentes, rumo à claridade diamantina que acena, fugaz, de tempos em tempos, para a descoberta de um mundo muito maior!
Alguns se conservam teimosamente na crença de que a Vida consiste no ambiente acanhado daquele terreno conhecido e supostamente seguro. E, presos a esta visão fragmentada, rotulam de loucos os que despertam para a magnitude generosa e infinita da existência. Como no conto do pequeno peixe que, deixando os limites do habitat de corais no qual, até então, residia com os que compunham seu pequeno ecossistema, de repente, depara com as expansões infinitas do restante do oceano; e, ao tentar alertá-los desta verdade, no seu retorno é hostilizado, expulso, e reputado insano pelos peixes que não mais que desconheciam aquela realidade maior.
Jesus, Chico Xavier e muitos outros viveram intensamente, no mundo terreno, a sua vida interior. Abraçaram em completude as causas maiores de tudo. Incluíram, na prática do seu contexto de vida, esta percepção mais íntegra e mais avançada e exemplificaram, a cada dia, a sua ostensiva interação com um universo infinitamente mais vasto do que a maioria admite como concebível. Apresentaram-no aos interessados em ouvir; alertaram aos incautos, e revelaram, aos que se achavam prontos para compreender, as razões maiores para cada situação e cada fato do cotidiano. E, em decorrência, irradiaram luz, em máxima potência!
Contataram a espiritualidade; enxergaram sentimentos; curaram corpos e espíritos; e consideraram não somente as aparências do mundo - mas toda a mais genuína essência residente nos seres!
Há uns dias, entusiasmada como ando com tantas mudanças surgidas nos últimos tempos, como as minhas aulas de música e os novos rumos de minha tarefa mediúnica literária sob a influência e parceria com Iohan, o espírito de um músico, e instrumentista de grande sensibilidade, em momento de certo desânimo dialogava com ele em nível mental, comentando: "Por vezes, vem-me a reflexão sobre o real sentido disso tudo. Estudar música, assim como interagir com vocês, transmitindo para os que estão em situação de reencarnados na materialidade as realidades muito mais amplas que não só nos rodeiam desde agora, mas nos aguardarão depois do estágio de aprendizado por aqui, aproxima-me de Deus! Afiniza-me com o lado mais sensível da vida, e faz com que eu sinta, veja, ouça sons, cores, vozes e imagens novas, que, todavia, e na maior parte do tempo, nem sempre são sequer suspeitados por todos! E a vontade de compartilhar e de obter resultados é tanta! Por vezes, é como se nossas vozes ecoassem num vazio; e, no entanto, sinto a necessidade de retorno. Do entusiasmo de pessoas que também sentissem, vivenciassem e comemorassem todas estas descobertas e experiências tão úteis, tão cheias de luz! Então, Iohan, nestes minutos, com quem haverei de compartilhar?! Quem, além de vocês, dividirá comigo meu entusiasmo pela música, e pela interação mediúnica, e por estes cenários de luz que desejamos tanto que entrem no conhecimento de todos, para que possam ser mais felizes?!"
Na mesma hora veio a resposta, pronta, jovial, e amiga:
- Ora. Há os que já dividem isto com você! Mas, quando porventura se julgar sozinha, faça o favor: compartilhe comigo!...
E logo sorri do bom humor claro na resposta dele.
Música! Vida interior!... Iohan é músico, e conhece isto tão bem!
A vida interior, como a música, é, em princípio, naturalmente solitária. E só haverá de encontrar ressonância em quem também toca e vive! Em quem se harmoniza com os sons da orquestração incomensurável da existência! Em quem já fez a passagem para o "lado de fora" da clausura da materialidade! Via desencarnação, ou pelas portas da interiorização, quando acontece de realizar este grande feito enquanto ainda estagia aqui, resolvendo pendências de ordem cármica, ou cumprindo compromissos assumidos com seus amigos, mentores, familiares ou apoiadores do período pré-reencarnatório.
Mas, forçoso reconhecer, isto não acontece com facilidade. Pois a hipnose terrena é poderosa, e nos arrasta com força e facilidade, se, invigilantes, nos deixamos seduzir pelas fascínio das visões transitórias presentes nos interesses da hora que passa. No acúmulo de bens, nas mágoas, e ressentimentos. Na ambição e egoísmo, que nos empanam e obscurecem os melhores sentimentos de humanidade. Na negligência para com as necessidades dos nossos semelhantes, ou no desdém à beleza e completude inerentes à intimidade das obras de Deus, passíveis de nos conduzir a uma condição ideal de reverência à Vida!
"Compartilhe comigo!..."
A sinfonia da Vida sempre será usufruída por todos os que já se acham aptos para executá-la, apreciá-la, ouví-la e repercutí-la, sem outro interesse maior que não seja a celebração eterna da Luz no Universo!
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 7
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |