Você sabe o que é um obsessor? Sabe como lidar com uma obsessão?
Atualizado dia 26/09/2014 14:27:36 em Espiritualidadepor Rosangela Cotroni Valenti
Na linguagem usual das religiões que “lidam” com o mundo dos desencarnados, obsessor é um espírito de alguém que já morreu na matéria e que se liga em alguém encarnado (vivo na matéria) ou para perturbá-lo ou para pedir ajuda ou simplesmente por estar em sintonia mental com a pessoa. Diz-se também que na maioria das vezes este desencarnado, o tal obsessor, é um cobrador do passado querendo vingança.
Mas sempre que uma pessoa fica sabendo que está sob atuação de um obsessor, a fala é quase a mesma: - Eu não faço mal a ninguém, me mantenho em preces e só desejo o bem. Por que vivo sofrendo esses ataques espirituais?
Eu pergunto: afinal, qual é o interesse de um obsessor? É simplesmente o de fazer o mau? O que ele ganha fazendo o mau? Então o mal existe e é permitido pela Lei e pela Justiça Divinas?
Nestes 38 anos de mediunidade, dedicados praticamente inteiros à recuperação de desencarnados, tenho aprendido um pouco sobre este outro lado da vida e sobre as obsessões. Eu afirmo que é muito pouco e até cômodo justificar uma perseguição espiritual ou mesmo uma simples atuação espiritual, um atrapalho, olhando para o passado, para outra encarnação, ou mesmo atribuindo ao karma ou aos pensamentos conscientes do encarnado obsediado.
Vamos ampliar um pouco tudo isso, começando pela conceituação de energia. Como se sabe, energia é sempre o resultado de transformação de matéria, de movimento. Podemos dizer que existe uma abundância fora da nossa compreensão de alimentos espirituais, emanados pelo Criador. Digamos que a contagem de energia fora desta matéria seja diferente da que conhecemos e que há energia suficiente para tudo e para todos que tem vida.
Sim, espíritos se alimentam sim! Nada de arroz e feijão, é claro, se bem alguns até procuram esse tipo de alimentação, pois às vezes nem sabem que já morreram para este mundo de encarnados.
Toda criatura, seja ela de que espécie for, seja ela o mais divinizada possível, tem necessidade de abastecer-se. É uma forma de religação com o Criador, que sustenta toda a Criação. Algumas criaturas geram de si, processando as partículas Divinas, mas sempre a partir de alguma emanação Divina.
Aqui nesta dimensão de encarnados, utilizamos as comidas oriundas de produtos que têm a mesma densidade que nosso corpo. Tudo que ingerimos vai gerar calorias, vitaminas etc., ou seja, energia de sustentação e manutenção do nosso corpo físico. Porém, não é só de alimentos que nos alimentamos. Precisamos também de energia psíquica e energia emocional, pois enquanto espíritos, também nos alimentamos independente de termos este corpo físico ou não. E é aí que está a chave das obsessões.
Quando uma pessoa deixa este corpo físico, além de levar consigo as ligações espirituais relativas aos seus pensamentos também leva as ligações relativas aos seus sentimentos, aos seus medos, ao seu psiquismo, pois seus pensamentos, seus sentimentos, seu psiquismo geram energias que geram campos quânticos poderosíssimos. E quando falamos de campos quânticos, falamos de ação, de atividade e principalmente de atração. No mundo espiritual, cada um vai “automaticamente” para os domínios ou regiões criadas quanticamente que estão em sintonia com seu psiquismo, com suas emoções, não só em sintonia com seus pensamentos e suas intenções.
Assim, uma pessoa pode ser extremamente bem intencionada, mas se tem muitas mágoas, vai ser atraída para um domínio constituído de mágoas, no qual habitam outros espíritos corroídos pelas mágoas, pelo sofrimento, pela tristeza, pelo desalento. Todos estes sentimentos são vícios alimentares. Se quando encarnados alimentaram seus psiquismos com fixação nestes sentimentos, eles se tornam vícios alimentares, pois cada sentimento tem por trás um produto químico chamado neuropeptídeo que o alimenta. E o corpo e a mente ficam viciados neste neuropeptídeos pela sensação que eles geram. Mas sem o corpo físico, estes sentimentos ficam sem a base dos neuropeptídeos, motivando-os a vir buscar nos encarnados a sensação na qual são viciados.
Quando uma pessoa é viciada em recordações negativas, ou em medos, ou em tristeza, ou obviamente em raiva, em desconfiança, em fofoca, ou seja, lá o que for, é para domínios semelhantes que ela vai. E cada vez mais vai fechando as possibilidades de assimilar os “alimentos” que estão disponíveis em abundância no Universo e que nos levam para caminhos evolutivos, como alegria, confiança em si e no futuro, amor, entrega, equilíbrio, etc.
Mas o caso é que nestes domínios ou locais formados por campos quânticos específicos, há outros espíritos também se alimentando dos mesmos sentimentos, dos mesmos pensamentos, do mesmo psiquismo. Um vira vampiro do outro. Só que da mesma forma que os desencarnados estão ligados a estes domínios, também os encarnados com os mesmos sentimentos e psiquismo estão ligados a eles, porque a linha divisória entre a dimensão dos mortos e dos vivos é apenas imaginária. Estamos TODOS no mesmo substrato. É ilusão pensar que “eles, os mortos” são diferentes e que estão distantes de nós.
E estando todos nós no mesmo substrato, é muito fácil atrair para a dimensão dos encarnados espíritos desencarnados com as mesmas necessidades de alimentação. Estes espíritos, que já estão com a maioria de suas capacidades de alimentação “divina” fechadas, cobertas pela densidade energética dos negativismos, precisam dos sentimentos negativados do encarnado, precisam, como dissemos, da sensação gerada pelos neuropeptídeos do encarnado. Eles têm a ilusão de que precisam destes sentimentos para sobreviver. E começam a atuar no encarnado de maneira que ele sinta cada vez mais aqueles sentimentos para se alimentar da energia que eles geram. Atuam instigando as lembranças negativas, atuam sobre os demais da casa ou do trabalho a falarem e fazerem coisas que geram no seu alvo aqueles sentimentos e outras estripulias, sempre com a intenção se sentirem-se alimentados e saciados.
Tem mais. Sentimentos, sensações, pensamentos, enfim, psiquismo negativado atrai mais negativismos. E aos que são, por exemplo, viciados em tristeza, se juntam outros viciados em outros sentimentos, como por exemplo, viciados em doenças, em dores, em revoltas, em desalento, em raiva, ódio, e mais uma lista sem fim. Unem-se para vampirizar o encarnado, gerando nele todo tipo de sentimentos e comportamentos para conseguir seus tão almejados alimentos psíquicos.
Outra questão deste tipo de obsessão, é que milhões de seres minúsculos também sobrevivem da energia gerada por sentimentos específicos. A Criação é perfeita. E para manutenção desta perfeição Divina, assim como no nosso mundo de encarnados, no mundo ou na dimensão dos mortos, existem minúsculos seres “astrais” que se alimentam dos nossos excessos, numa cadeia alimentar perfeita. É normal que durante nosso percurso sintamos, por exemplo, tristeza, raiva e outros sentimentos que desafiam nossa capacidade de reagir e evoluir. Isso é normal. Quando há um excesso de qualquer sentimento, essas criaturinhas são atraídas também e começam a “comer” as energias criadas por estes sentimentos. Numa situação não viciada, eles “comem” os excessos e voltam para suas realidades nos deixando mais leves. Porém quando há uma viciação de qualquer sentimento, eles são atraídos em grande quantidade e como o padrão de sentimento permanece, eles acabam que “morando” com aquela pessoa e eles viram excessos na nossa vida e começam a gerar doenças físicas. No nosso intestino, por exemplo, há uma quantidade imensa de seres que auxiliam seu funcionamento, mas quando há um desequilíbrio, eles se proliferam muito e acabam gerando doenças. É a mesma coisa.
Imagine você, a quantidade de criaturinhas astrais que tentam alucinadamente comer todos os sentimentos negativados que preenchem os tais domínios! Quando um espírito de lá se liga em um encarnado, obviamente traz consigo uma quantidade incalculável desses serezinhos astrais, muitas vezes sem perceber a existência deles. Daí as doenças e sensações ruins que geralmente acompanham as obsessões.
Este é só um aspecto, uma forma de obsessão. Existem outras formas com mais detalhes e artimanhas, que pretendo publicar em breve.
E a solução, qual é? Definitiva, só vejo estas: Autoconhecimento e Ser feliz!!
Agora complicou de vez, né? Sim, porque desconhecemos na maioria das vezes os sentimentos que estão programados lá no nosso subconsciente. Sentimentos estes que estão apoiados em crenças limitantes, em decisões que tomamos em algum momento que nos pareciam as mais adequadas, mas hoje nos limitam, nos impedem ser realmente felizes. Por exemplo, uma criança pode ter tomado a decisão de se sentir triste para atrair a atenção dos pais, e continua ficando triste, pois viciou-se no neuropeptídeo que dá a sensação de tristeza. Lá no fundo de si, lá no seu subconsciente ainda acredita que ser ou ficar triste lhe traz um ganho.
Há muitos casos em que a pessoa vive muito bem, se desenvolve normalmente na vida, sente-se bem e aparentemente não é um gerador de sentimentos negativados. Porém, lá no seu subconsciente mantém feridas emocionais e psíquicas profundas. Elas ficam lá e a elas estão atrelados, por vezes, centenas de obsessores e milhares de criaturinhas astrais. Então adoecem, sentem vários “ataques espirituais” e não conseguem identificar o que estão fazendo que atraia essas influências.
Tive a oportunidade, nesses anos todos como terapeuta, de presenciar a libertação de milhares de espíritos desencarnados no momento em que uma crença limitante é identificada e reescrita pelo encarnado, ou seja, a crença limitante é substituída por uma nova crença, agora desenvolvedora. No caso do exemplo de tristeza, identificamos a crença, o ponto gerador da tristeza e aí fazemos os procedimentos para trocar a programação por alegria, capacidade de realizar e ser feliz; por “eu sou uma pessoa bem aceita onde quer que eu vá”; ou algo assim: “Eu sou feliz, alegre, realizadora e assim sou muito amada”. No momento em que a nova crença ou programação começa a fazer sentido, todos aqueles tristes vampirizadores desencarnados não tem mais motivos para ficar junto daquela pessoa. E o interessante é que na maioria dos casos, eles também compreendem que é possível ser feliz, que é possível ter uma vida diferente e aí sim, vão em busca de alívio e de transformação pessoal. E sempre a Criação oferece oportunidades de se retomar o caminho desenvolvedor e evolutivo.
Sem sombra de dúvidas, passar por atendimentos espirituais em Centros Espíritas nos trabalhos de desobsessão, consulta a guias espirituais em Terreiros de umbanda, passar por ebós feitos na Umbanda e no Candomblé, passar por alguns rituais xamânicos, sessões de Johrei, meditações e outras técnicas ajudam e muito, pois afastam e recolhem os obsessores para que também sejam tratados e neste período, é possível que o encarnado tenha uma reação boa e consiga até mesmo se libertar das programações negativas. Na minha opinião e experiência, as técnicas que se utilizam de elementos da natureza são mais eficientes e ajudam a limpar os campos mentais e emocionais. Mas esta é a minha visão, pode ser que você tenha outra experiência e crença e tudo bem. Porém, sem a cura pessoal, sem eliminar as crenças que sustentam os estados psíquicos e consequentemente de emissão de neuropeptídeos, as chances de tudo acontecer novamente são enormes.
Muitas técnicas terapêuticas lidam com essas libertações e todas que sejam realmente eficientes são válidas. Eu, particularmente utilizo PSYCH-K® em meu consultório, porque tenho acompanhado resultados surpreendentes, maravilhosos. Geralmente recomendo florais de Bach simultaneamente, se seu sistema permitir. Os florais vão descascando as suas “casquinhas de defesa” como se retirassem camada por camada de uma cebola até que você compreenda quem realmente você é e qual sua verdadeira e maior potência nesta vida.
Abaixo algumas sugestões do que você pode fazer para ajudar-se na libertação das obsessões:
- Procure ajuda terapêutica, mesmo que seja só por manutenção. Você identificará muitas e muitas sensações e crenças/programações que limitam seu crescimento.
- Esconder suas questões atrás de uma imagem bonita alegre, resplandecente é o mesmo que jogar o lixo embaixo do tapete. Acreditar que é uma pessoa boa e responsável, também é um pouco cômodo e rotulável. Então, vasculhe dentro de você, enxergue-se e tenha a coragem de assumir seus desconfortos internos. Assim será mais fácil de você modificar-se.
- Vá em frente a um espelho e olhe-se profundamente. Comece a despir-se das caras e bocas que a gente faz para ser bem aceito, para ser gostado pelas pessoas. Com o tempo você começará a identificar sentimentos e sensações que não imaginava sobre você mesmo. Procure mudar isso e enfrentar suas reações negativadas.
- Pelo menos uma vez por semana faça um banho de ervas. Ferva uma caneca com água, desligue e coloque alguma erva suave como boldo, alfazema e deixe descansar por uns 20 minutos. Depois tome seu banho, e depois do banho jogue aquele chá da cabeça aos pés. As ervas emitem irradiações poderosas de cura física, mental, emocional, ajudando todo seu sistema psíquico.
- Enfim, cuide-se! Dê-se a oportunidade de viver melhor e mais feliz. E livre. Evolução é coisa constante, esqueça conceitos de que você já fez sua reforma íntima e suas transformações pessoais.
Espero ter contribuído de alguma forma com este texto para a melhoria da qualidade de vida tanto de encarnados como de desencarnados.
Em breve publicarei mais informações sobre este assunto.
Um forte abraço com o desejo de que você tenha a conforto que vem do movimento evolutivo.
Paz em todos os quadrantes!
Texto revisado
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