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Você se sente no ar, entre o velho e o novo?

Atualizado dia 18/08/2011 11:55:44 em Espiritualidade
por Teresa Cristina Pascotto


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Fase de transição... É quando já saímos do lugar antigo, mas ainda não chegamos ao novo. É o momento de nossa vida em que estamos deixando para trás o antigo que já não funciona mais e estamos seguindo para o novo que ainda não está implantado. Neste ponto, a única coisa que sabemos é que não queremos mais o velho, que as coisas e a forma como vivíamos já não fazem mais sentido em nossa vida, que não queremos mais estar nos mesmos "lugares", vivendo as mesmas experiências, com os mesmos tipos de interações doentias entre nós e as pessoas de nosso convívio. Mas mesmo com essa certeza, ainda não conseguimos saber o que queremos, ainda nos falta enxergar o que há, lá na frente, à nossa disposição para escolhermos. O ego quer enxergar o novo, para ter certeza de que está fazendo a coisa certa. Mas isso é impossível nessa fase.

Apesar de não querermos mais o velho, ainda nos sentimos ligados a ele e nos aferramos a isso, porque ainda conservamos a crença e a sensação de que "existimos enquanto estamos no velho", pois estar na fase de transição, onde temos a nítida sensação de estarmos no ar, faz com que experimentemos a sensação de "não existir", de vazio, de falta, insegurança, de falta de chão. Este é um momento de desconforto ou de conflito interno - dependendo de como estamos encarando essa fase -, pois nossos pés não querem mais tocar o solo antigo e o ego quer saltar para o novo, tocando o novo solo, ele é vaidoso e gosta de se sentir diferente e melhor que os demais, sendo corajoso em seu salto; mas a insegurança nos acompanha nesse salto, devido às incertezas, por não sabermos o que encontraremos no solo novo, e isso faz com que tenhamos dúvidas quanto ao salto, quanto a essa nossa escolha de abandonar o velho. Tudo isto faz parte do salto e é até um indicador de que estamos realmente dando o salto da fé.

Nesse salto de fé, rumo ao novo solo, a única força que temos, é a que vem do nosso coração, que apesar do medo do novo, nos trás uma certeza que nos impulsiona e nos mantém no ar e não nos deixa voltar para trás. O ego quer ter certeza do que encontrará à frente, quer conhecer o novo solo antes mesmo de pisar nele, ele sempre desenhou e construiu nossa vida a partir dessas pseudo-certezas, onde ele desejava e realizava, da forma mais racional e concreta possível. Ele quer ter todas as seguranças possíveis, para só então aterrissar.

É por esse conflito do ego, quando estamos no ar, que ficamos nos sentindo perdidos no vazio, com ausência de vontades e movimentos; isso faz com que comecemos a nos debater, querendo ainda dar uma passadinha no solo antigo. Esta é uma tentativa do ego em encontrar um meio de criar o novo dentro do velho. Mesmo no ar, o ego ainda quer voltar e tentar ver se há algo que ele não percebeu antes, que possa fazer com que consiga mudar o velho, dentro do velho, assim, ele volta para interagir novamente, dentro dos mesmos esquemas com as pessoas, e cria conflitos com os demais, na tentativa de resgatar algo, de encontrar um meio de se convencer de que é melhor ficar no velho e construir condições falsas para não termos que sair dali. Esta é a fase em que o ego busca a zona de conforto, ele sabe que está no ar e que isso lhe trás a sensação de liberdade para novas possibilidades e gosta disso, mas acha que isso é o suficiente para criar o novo dentro do velho, ele quer pegar nossa nova condição interna, no novo nível de consciência que atingimos, para trazer para o velho. Pura auto-sabotagem.

Se estivermos nessa fase, deveremos apenas tomar consciência dessa realidade, para que possamos então compreender essa dinâmica interna, nos acolhendo e ACEITANDO tudo o que estiver acontecendo dentro de nós. Tanto a vontade de ir, prosseguir no salto, quanto a sensação de vazio e incertezas, quanto a necessidade do ego em voltar para o velho. Devemos nos entregar ao salto e deixar acontecer... estaremos no ar, flutuando, mas avançando lentamente. Estará tudo certo dentro disso. Devemos nos deixar entrar em contato com nossa negatividade, mergulhando novamente no velho, se for isso o que o ego precisa, nos sentindo presos se preciso for, mas estaremos conscientes do que estará nos acontecendo, esta é a diferença. Deveremos dar vazão a toda contrariedade interna, nos acolhendo, dando continente ao ego e ao nosso inconsciente, para que as questões negativas relacionadas aos "saltos de fé", possam vir à tona, à luz de nossa consciência, para que possamos encontrar o equilíbrio e as soluções para essas questões e finalmente termos nossa coragem de volta, para podermos dar quantos saltos de fé, forem necessários em nossa trajetória de vida.

De nada adiantará tentarmos resistir às manifestações do ego, nem resistirmos ao impulso ao novo, proveniente de nosso coração. Se o salto já aconteceu e ainda não tocamos o novo solo e houver medo e incerteza, deveremos aceitar e relaxar dentro disso.

Naturalmente, com esta entrega ao impulso do coração, mesmo que voltemos ao velho e nos machuquemos novamente, sem resistência, logo voltaremos ao ar e nosso salto continuará. Poderá demorar até que pisemos no novo solo e implantemos o novo, e precisaremos estar muito conscientes de que este é o processo da vida. No solo antigo, os desejos do ego rapidamente se realizavam ou se frustravam, mas ele sempre tinha resultados rápidos. Para o ego, o mais importante sempre foi ter certeza, mesmo que isto significasse fracasso. Assim, no novo solo, as coisas não acontecerão a partir dos desejos do ego, e sim, a partir dos anseios da nossa alma e, aqui, não há certezas racionais e palpáveis, conforme é o desejo do ego. A única certeza que teremos é que algo, em nosso coração, nos diz que "está tudo certo" e que devemos prosseguir.

O que determinará o tempo em que ficaremos na fase de transição, será a nossa capacidade de aceitação de todo o desconforto e medo que esse salto de fé nos trará e nossa capacidade de paciência e tolerância. Com a aceitação, a fé tomará conta de nosso ser.

Então, é saltar e deixar acontecer ou... ficar onde estamos. A escolha é nossa.
Texto revisado


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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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