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A QUESTÃO DO GOZO NA PROFILAXIA DA SAÚDE

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Autor João Carvalho Neto

Assunto Psicologia
Atualizado em 01/11/2009 20:00:23


Quando falamos sobre gozo, uma certa inquietação parece tomar conta das pessoas que, quase sempre, parecem se ajeitar em suas cadeiras, evitar a troca de olhares denunciadores, como se todos estivessem a ocultar sua necessidade de gozar e sentir prazer.
Durante muitos séculos, fomos reprimidos nas nossas possibilidades de gozar, pelas imposições dogmáticas e coercitivas das religiões e, até hoje, mesmo quando já libertos dessas injunções externas, elas ainda se mantêm vivas alimentando a censura inconsciente que habita em nossa casa mental.
Todos nós fomos criados para sermos felizes e, portanto, para o gozo, em qualquer nível em que ele possa se manifestar.
Partindo da concepção reencarnacionista que a Terapia de Vidas Passadas nos traz, estamos aqui, ao longo das vivências sucessivas, para realizar nosso processo de evolução e para o alcance da plena felicidade. Esse determinismo da felicidade parece surgir como uma ação estimuladora da vida para a consolidação de comportamentos cada vez mais maduros, respeitosos e amorosos conosco mesmos, com o próximo e com a criação em geral. Quanto mais acertamos, mais felicidade vamos construindo e quando mais erramos mais sofrimento acumulamos, como reforços das aprendizagens bem sucedidas ou correções para as mal empreendidas.
Dentro desse paradigma evolucionista tudo se enquadra; não apenas nós como seres humanos, mas todas as formas de manifestação da vida, inclusive suas leis.
Assim, a felicidade que conquistamos nas nossas construções evolutivas também se apresenta em manifestações diferenciadas, de acordo com o nível de amadurecimento em que ela se faz sentir. Quero dizer com isso que a felicidade das almas mais evoluídas tanto quanto o gozo corporal no orgasmo sexual, são aspectos de uma mesma possibilidade: a de vivenciar prazer de acordo com a sensibilidade que já nos seja peculiar. Quanto mais evoluídos e sensíveis somos, mais sutis são as formas de prazer, caracterizando uma felicidade mais verdadeira e estável; como nas obras assistenciais, nas artes, na contemplação da natureza. Quanto mais primitiva a forma de expressão da vida humana, mais materiais serão as formas de prazer, expressando-se primordialmente no gozo físico, fugidio e instável; como no sexo, na alimentação, nos esportes.
Dentro desses limites, vamos perceber uma miríade de formas de gozar, todas elas sempre compatíveis ao nível de nossa evolução e, na maioria das vezes, encontrando-se simultaneamente nos mesmos indivíduos, quando nas fases intermediárias de crescimento, como a da maioria de nós. Dessa forma, podemos sentir bem estar com um orgasmo sexual mas também uma felicidade em estar convivendo com aquela pessoa que nos faz atingir esse gozo. Diríamos que estamos falando do sexo com amor. Podemos gozar uma deliciosa refeição que apreciamos e depois estarmos felizes dividindo mais alimentos com pessoas carentes.
Esse processo é tão natural em nossas vidas, que não podemos violentá-lo com repressões exageradas nem, tão pouco, com expectativas desproporcionais à nossa capacidade de alcance, ou seja, não podemos erradicar nossas necessidades sexuais ou de prazer por decreto e nos tornarmos santos fantasiando perfeições que não possuímos. Claro que um certo nível de elaboração na administração de nossas necessidades e possibilidades será sempre saudável e estimulador do progresso, contendo instintos mais primitivos e estimulando virtudes mais sublimadas, mas tudo dentro do limite razoável de nossa evolução. Caso contrário, impediremos o alcance do prazer que já nos é franqueado pelo amadurecimento.
Gozar é apenas a expressão de uma felicidade ainda incompleta, mas que vai se aprimorando quando cuidamos de não magoar nem desrespeitar o outro com o nosso gozo. E o prazer traz saúde porque favorece a liberação de hormônios que relaxam o corpo, diminuem o estresse, e vitalizam as células.
Quem não vivencia pelo menos em parte as exigências de prazer que seus instintos lhe impõem, é um candidato a transtornos mentais de variada ordem, como causadores, no caso de neuroses e depressões, ou predisponentes como fobias, pânico ou doenças psicossomáticas.
Portanto, devemos olhar nossas possibilidades de prazer com menos preconceitos, com mais abertura e leveza, sem que isso nos faça seres egoístas que só pensemos no gozo pessoal mas que, a partir das forças renovadoras do nosso próprio gozo, que vai se tornando felicidade com nossos avanços, possamos estender bem estar, leveza e felicidade aos que nos rodeiam.

João Carvalho Neto
Psicanalista, autor dos livros
“Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal”
www.joaocarvalho.com.br

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor João Carvalho Neto   
Psicanalista, Psicopedagogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Astrólogo, Mestre em Psicanálise, autor da tese “Fatores que influenciam a aprendizagem antes da concepção”, autor da tese “Estruturação palingenésica das neuroses”, do Modelo Teórico para Psicanálise Transpessoal, dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal"
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