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A VIOLÊNCIA EM EXPOSIÇÃO

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Autor João Carvalho Neto

Assunto Psicologia
Atualizado em 27/10/2008 22:00:26


Chegamos a um patamar de evolução da nossa humanidade em que não nos é mais possível continuar lidando com os níveis de violência tal qual eles têm se apresentado. E não falo em termos quantitativos, mas sim pela inadequação dessa violência em relação ao desenvolvimento moral que pretendemos viver. Isto porque sabemos que no passado a violência campeava com muito mais intensidade do que agora. Guerras brutais, desrespeito à individualidade e à propriedade, falta de leis que regulamentassem as relações sociais eram as características da vida nos séculos pelos quais já passamos. Compreendo que, proporcionalmente ao número de habitantes do planeta, a violência diminuiu significativamente, mas o que resta dela agora nos agride muito mais do que antigamente. Já não agüentamos mais ver nos noticiários a dor de pessoas inocentes, vítimas de uma minoria que insiste em usar da violência para satisfazer seus desejos pessoais. Ou começamos a fazer algo sobre isso ou acabaremos por implodir o mundo. Falamos dos perigos da bomba atômica, das armas químicas ou dos desequilíbrios das forças da natureza como possibilidades de explodirmos nosso planeta. Pois penso que a ameaça de implodi-lo socialmente é tão grande quanto a de explodi-lo materialmente. Um dia desses à noite, fui deitar e liguei a tv enquanto esperava o sono chegar. O controle remoto me levava a visitar incontáveis mundos diferentes que nos são projetados na mente pelas imagens dos aparelhos televisivos, quando me defrontei com um filme que apresentava uma cena de violência explícita. Deti-me um pouco para observar criticamente aquela questão, sem poder ir muito longe pois uma náusea começou a me tomar conta. Tive que mudar de canal. Uma das questões que nós, profissionais da área psicológica, temos apresentado para justificar violências inexplicáveis, como a que assistimos recentemente do rapaz em Santo André que seqüestrou e assassinou a namorada, é a diminuição da sensibilidade ao sofrimento alheio, criando um tipo próprio de sociopatia, quase uma desumanização. Isso é bem comum entre soldados quando treinados e expostos às situações de guerras, onde a vida perde seu valor e matar passa a ser um ato natural. Pois filmes e jogos de videogame têm feito algo bastante similar, tornando insensíveis aqueles que com eles convivem, praticando imaginariamente o ato de matar de forma não somente permissível mas também desejável. Sair pelo mundo dando tiros e facadas, tirando vidas, pode ser apenas uma questão de mudança de cenário. O ser humano é extremamente sujeito a diversas formas de condicionamentos, e acostumar-se com a morte, desvalorizando a vida, é mais uma delas. Fiquei pensando então que outros motivos causadores de males ao ser humano têm sido proibidos ou regulamentados na veiculação através da televisão, como as propagandas de cigarro ou de bebidas alcoólicas. Chegou a hora de pensarmos com mais responsabilidade sobre a exposição de nossos jovens aos filmes com cenas de violência explícita, altamente prejudiciais à sua saúde psicológica e social. Sempre venho perguntando que por detrás de um gatilho que mata, quantos dedos o acionaram? Entre outros, dedos que permitiram a convivência com essa violência que vai se tornando natural dentro de nossas casas, em enlatados cinematográficos tendenciosamente envenenadores de nossas emoções. O que será que estes produtores de cinema estrangeiros esperam ganhar com este tipo de viciação legalizada? Esta é uma pergunta que precisa ser respondida com urgência. Quem ganha com isso e o quê? Que tipo de arma é essa que vai consumindo os valores de uma sociedade, silenciosamente, deixando rastros destruidores e quase imperceptíveis? Talvez os ETs que temíamos que invadissem a Terra, nos abduzindo para introduzir uma nova raça, sejam os próprios terráqueos abduzindo nossas mentes pelas telas que nos hipnotizam todas as noites. João Carvalho Neto Psicanalista, autor dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal” link
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor João Carvalho Neto   
Psicanalista, Psicopedagogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Astrólogo, Mestre em Psicanálise, autor da tese “Fatores que influenciam a aprendizagem antes da concepção”, autor da tese “Estruturação palingenésica das neuroses”, do Modelo Teórico para Psicanálise Transpessoal, dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal"
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