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AMARGURAS QUE O TEMPO DESTRÓI

Atualizado dia 24/03/2012 19:00:39 em Psicologia
por Tania Paupitz


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Todas as emoções ou sentimentos que experenciamos durante a vida, terminam por nos trazer algum tipo de aprendizado.
Num primeiro momento, surge a conscientização do fato, tanto em relação a nós próprios como em relação às pessoas com as quais estamos envolvidos.
A conscientização de que algo nos incomoda sugere sempre a mudança para irmos em busca do nosso melhor, prosseguindo com determinação o caminho, visando nossa evolução espiritual, que ocorre, principalmente, através da reforma íntima.

A amargura é um sentimento de mal-estar, angústia, dissabor, ansiedade acompanhado de um aperto no peito (opressão), agonia, ou ainda, uma tristeza profunda que machuca, corroendo nossos sentimentos mais belos.
Com o tempo, ela vai contaminando a todos os que estão ao seu redor. E a pessoa não cresce e nem deixa os outros crescerem. O sofrimento fica muito mais pesado se for associado à amargura.
Um escritor francês dizia que: “tudo cresce e se renova, menos a vida da pessoa quando se gasta em amarguras”.

Por ser um sentimento que surge do âmago do nosso ser, muitas vezes, torna-se dificil sua compreensão, pois as emoções ficam bastante confusas; variando da mágoa ressentida que podemos ter em relação à determinada coisa ou pessoa, até a “raiva” dissimulada, que possamos vir a acumular, com relação a alguns relacionamentos experenciados no decorrer de nossas vidas.

Pessoas insatisfeitas acabam “vazando” de alguma maneira, descarregando sua negatividade no outro, com o intuito de se sentirem mais leves e menos oprimidas.
A tendência é que, quase sempre, acabamos projetando no outro o que realmente está dentro de nós; porém, apontar os defeitos de uma pessoa nem sempre é a melhor opção, pois ninguém está isento de vivenciar as mesmas amarguras da vida.

Podemos pensar que o outro é amargo, mas, não raro, esquecemos que a amargura não anda sozinha, pois sempre terá o alvará de alguém para que possa se complementar. Com certeza, no decorrer de nossas experiências aprendemos que, geralmente, àquilo que criticamos no outro, está também de alguma maneira, inserido dentro de nós.

Aprender a lidar com a amargura dentro de um relacionamento contaminado, nos ensina que alguém, ou alguma coisa deve mudar, sob pena, de ficarmos vivendo uma relação oprimida e infeliz.

Dentro deste cenário, as conversas tornam-se escassas, o diálogo transforma-se em monólogo, as alegrias que deveriam ser vividas a dois já não são tão gratificantes, os sonhos deixam de ser comuns, e, neste momento, a solidão a dois, termina abrindo portas para uma enorme sensação de vazio, nem sempre acalentada pela nossa frieza ou indiferença.

Os parceiros passam, então, a viver suas próprias vidas, dentro de um relacionamento frio e distante. Primeiro, surge o afastamento emocional, pois ambos já não sabem como lidar com seus próprios sentimentos; a afetividade abre espaço para uma guerra surda e muda onde um quer fazer prevalecer seus desejos e vontades, independentemente do parceiro. O respeito mútuo deixa seus rastros de inconformidade.

Surge aos poucos o afastamento físico, como uma forma de expressar através de um “contexto velado” tudo o que passa na alma de cada ser, ocasionado, geralmente, por uma total falta de intimidade e cumplicidade.
Já não são os dois juntos, vivendo felizes e libertos para desfrutarem um relacionamento baseado no carinho, amizade, amor e respeito.
São apenas dois seres encarcerados dentro das próprias prisões, que acabaram construindo para si próprios.

O TEMPO URGE, AVISANDO QUE É TEMPO DE SER FELIZ, tempo de mudarmos nossa sintonia abrindo espaço para que as coisas se modifiquem.
Neste caso, cabe ao parceiro mais consciente ceder, para que as mudanças possam fluir naturalmente.
Dentro deste contexto, três palavrinhas mágicas fazem parte do cenário: a paciência, a tolerância e o perdão.

Caso um dos parceiros não se modifique, é provável que a mudança ocorra de forma individual permitindo, quem sabe, a esperança de que outro finalmente mude, antevendo novos horizontes para que o relacionamento prospere.
De qualquer forma, mesmo havendo somente a mudança de um dos parceiros, o outro, com certeza, já não sofrerá tanto, dando continuidade a sua vida, procurando não envolver-se tanto em questões emocionais, que afinal não lhe dizem respeito.

Lembrando sempre que: cada pessoa é única e responsável por seus próprios sentimentos.
Como poderíamos querer interferir em algo que não nos pertence e, que cabe a cada um decidir através do seu livre-arbítrio?

Temos perante nós próprios a responsabilidade de sermos capazes de nos amar, nos respeitar, valorizar e, acima de tudo perdoar, pois ninguém neste mundo é perfeito.
O perdão nos aproxima das pessoas, enquanto a amargura, a revolta, a mágoa nos afastam daquilo que poderia ser o nosso melhor, enraizando-se nas pessoas com as quais convivemos, gerando desarmonia e dor.

Os aprendizados fazem parte da nossa trajetória de vida e, são eles, os relacionamentos afetivos, familiares ou profissionais, nossos maiores mestres.
Que possamos, portanto, aprender que somente crescemos quando aprendemos!

“Se o ingrato percebesse o fel da amargura que lhe invadirá, mais tarde o coração, não perpetuaria o delito da indiferença”. (Emmanuel)

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Conteúdo desenvolvido por: Tania Paupitz   
Tânia Paupitz é Artista Plástica e Professora de Artes, há 37 anos, sendo sua marca registrada as cores fortes e vibrantes, influência dos estudos de vários artistas Impressionistas. Cursos de Pintura em Óleo sobre tela, para iniciantes, adultos, terceira idade. www.taniapaupitzartes.blogspot.com waths - 48 9997234
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