Aprendendo a pedir ajuda
Atualizado dia 1/19/2010 1:12:09 AM em Psicologiapor Andrea Pavlo
Estão vendo que eu estudo muitos e diferentes assuntos. E há muito tempo eu me procuro (e geralmente me acho) nas diversas terapias alternativas que vejo por aí. E, claro, hoje conversando com a Tais Souza, me achei mais um pouquinho.
Eu sou terapeuta e lido com isso o tempo todo. De muitas e muitas pessoas. Mas como é difícil enxergarmos coisas óbvias na gente mesmo,não é? Eu lá, sentada na frente da moça, pensava em como eu poderia mais uma vez estar sendo ajudada por uma desconhecida, sendo que eu mesma faço isso o tempo todo. Praticamente, todos os dias de minha vida.
Como eu podia, a esta altura do campeonato, ainda ignorar coisas sobre mim mesma que pareciam tão claras como água. A certa altura da consulta, senti lágrimas nos olhos, enquanto ela dizia o quão emotiva eu sou. Sei que tenho muita, muita água na personalidade. Mas de vez em quando me esqueço disso. Seja porque tenho contas demais pra pagar, porque tenho que eliminar os quilos extras do Natal, porque preciso buscar uma roupa na costureira. Seja por qualquer motivo do nosso dia-a-dia que nos devora de informações que não são, de maneira nenhuma, a gente mesmo.
Não sei se, mesmo tendo esta consciência de ter faltado para comigo mesma hoje, eu não cairei nesta armadilha novamente. Isto porque a consciência plena é muito difícil de ser alcançada. Só os grandes mestres até hoje conseguiram. Mas acredito que seja um treino e que as forças do invisível nos colocam estas pessoas na frente, pelo bem, justamente para que possamos nos enxergar de novo, naquilo que andamos nos esquecendo. O que é da nossa alma e não o que é o danado do ego que teima em tomar a dianteira e encher a nossa cabeça com coisas completamente sem importancia.
Hoje, tive mais uma lição sobre mim mesma. E mais uma vez o Universo me mostrou o quanto ainda preciso aprender a ser consciente 24 horas por dia. Ainda não cheguei lá, mas sei que estou sendo muito bem assessorada. Pelo menos, não estou com nenhuma doença, nenhum problema de saúde e nem nada que me assuste de verdade.
E, ligando isso tudo, lembrei do programa que assisti na TV outro dia, o Saia Justa, na GNT. O tema da Maitê Proença era "quando perdemos a coragem de pedir ajuda?" De fato, algumas vezes é isso. Simplesmente nos perdemos tanto que realmente achamos que podemos tudo sozinhos. Mas estamos aqui, neste imenso planeta, para perceber o quanto ainda precisamos e precisaremos dos outros ao nosso redor.
Seja num dia de atendimento num consultório, falando sobre a nossa íris, seja numa catástrofe num pequeno país chamado Haiti, seja para atravessar a rua ou para salvar o mundo de um desastre. Não interessa o tamanho da ajuda que precisamos ou precisaremos um dia. Mas como é importante que nos deixemos ser ajudados e, claro, ajudar na hora certa.
Esta história também me ensinou que não é porque é uma especialidade minha que eu preciso saber tudo. Que em algum momento precisarei de mais informações do que eu tenho. Não sou tão auto-suficiente e nem pretendo. Se vim parar num mundo cheio de gente é porque, no mínimo, preciso aprender a conviver com isso. Não acham?
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 17
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |