Buscar novos horizontes!
Atualizado dia 10/16/2017 12:08:23 PM em Psicologiapor Paulo Salvio Antolini
Expressões abatidas, queixas já nem mais verbalizadas, desânimo quase total. “Uma vontade imensa de entregar os pontos, jogar fora todas as fichas”, uma das frases que demonstram a insatisfação interna que se está vivendo.
Sentar frente ao computador e escrever é fácil, dizem alguns, e pode ser uma verdade, porém não é a única. Verdade também que se há uma insatisfação e não se faz nada para mudar isso, pior vai ficar.
“Não posso fazer nada” é uma afirmação frequente e que deve ser revista. Nossas rotinas são necessárias, porém sempre há uma forma diferente de fazer ou de olhar.
Mario estava cansado de entrar em sala de aula com crianças de dez a doze anos e passar a maior parte do tempo chamando a atenção deles. Um dia decidiu que se era barulho e movimento que eles queriam, iam ter. Reformulou completamente sua maneira de dar aula, iniciou eliminando o uso de carteiras na maior parte das atividades e estimulou a se movimentarem entre si buscando informações. No início, foi uma bagunça, mas após alguns dias, percebeu que eles estavam se sentindo mais responsáveis e também mais importantes no que estavam fazendo. Havia estimulado o estudo e a pesquisa utilizando-se da energia que eles tinham para “gastar”.
Beatriz estava cansada de cozinhar, lavar, passar e arrumar. Um dia percebeu que o que era uma obrigação, portanto, não tinha como evitar, poderia ser também uma distração. Reformulou sua rotina e passou a pesquisar mais sobre os pratos que podia fazer com os recursos que tinha. Hoje é admirada e ainda ganha um dinheiro com alimentação. Faz marmitex para algumas pessoas, servindo o mesmo que põe à mesa para sua família.
Jairo estava profundamente deprimido com seu trabalho dentro de um escritório, onde a luz era artificial e amarelada. Chegou a pedir para seu superior que o permitisse colocar uma luz branca e mais forte, o que lhe foi negado. Certo dia, ao não querer se levantar para ir ao trabalho, reagiu e se demitiu. Criticado pelos familiares, mas sem deixar de buscar outra atividade que o fizesse sentir-se vivo, logo conseguiu um emprego como vendedor externo. Sabia que dependeria dele se tornar um bom vendedor, foi à luta e hoje está entre os primeiros de sua equipe.
Novos horizontes podem estar no novo cenário ou na nova forma do que já fazemos. Novos horizontes se iniciam dentro de cada um, só então será materializado. O grande desafio é se permitir olhar para a insatisfação sem críticas ou repressões. Saber que em qualquer situação terá que trabalhar e se esforçar para obter bons resultados. Então, assim não será uma simples fuga de responsabilidades, e sim a busca de algo que lhe seja mais satisfatório.
Mesmo em relacionamentos afetivos, isso ocorre. Buscar novos horizontes no mundo afetivo significa muitas vezes renunciar “o velho”, ficar sozinho, sem pressa de encontrar outra pessoa, permitir-se identificar também seus pontos a serem melhorados. Pois seus acertos em suas escolhas começam quando se percebem em si mesmos o que pode ou não oferecer ao mundo.
Para muitos, os novos horizontes são apenas e, principalmente, uma nova forma de se olhar tudo que tem e como se lida com esse seu universo. Dar adequado valor à cada pessoa e cada atividade em suas vidas.
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