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Círculos de Amorosidade!

Atualizado dia 07/09/2014 19:09:35 em Psicologia
por Paulo Salvio Antolini


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Guerras, batalhas, disputas, rivalidades, competições, desavenças, conflitos. Manifestações que destroem e que não estão deixando nada de positivo no lugar.
Globalização. Palavra que deveria expressar mais do que apenas se conectar com locais distantes. Deveria ser prática das não diferenças, mas se respeitando onde elas existem. Nações discutem a erradicação da fome e da miséria, mas não cedem milímetros em favor dos desafortunados. Países pregam a igualdade para todos, desde que não se mexa nos diferenciais. Empresas enfocam a oportunidade de crescimento em seus planos de carreira, mas não se atrevam a manifestar percepções, principalmente as que contrariam o existente. Grupos sociais pregam o companheirismo, desde que não seja necessário o compartilhar. E chegamos às famílias.

Pessoas de uma mesma família, todas se queixando da falta de paz e harmonia no lar. “Chegar em casa é um martírio”. “Onde mais queria ter sossego é onde mais me deixam louco”. “Meus pais só beneficiam meu irmão, comigo é na base da linha dura”. “Para os outros, vocês são todos sorrisos, mas comigo, sua mulher, me trata como uma empregada” e por aí vai.
Muito falamos das razões que levam as pessoas a se afastarem, mas pouco se pratica o que as leva a se aproximarem. Falamos da falta de amor, mas não falamos do “ser amoroso” com os que nos cercam. Como é isso?
O que se emite é o que se recebe. Verdade incontestável desde as ciências até as religiões. Não dá para falar que se ama se não for amoroso, ou seja, se a pessoa não demonstrar amor. Demonstrar amor é ser não só firme e severo quando necessário, mas antes disso até, é ser brando; suave. Manifestar ternura.
Cuida-se de um carro lavando, polindo e encerando com o maior cuidado para não riscar, alguns até evitam sair para não sujá-los, mas com seus familiares, trata-os como se fossem objetos inanimados, pois até com seus animais domésticos demonstram algum carinho. Exagero? Não, apenas expressando a realidade, mesmo que ela não seja agradável. Quem gosta de ouvir que trata melhor seu cachorro ou papagaio que de sua esposa, esposo, filhos ou pais? Ninguém.
Aí quando um deles morre, pronto. O grande choro. “O que faço sem ele, sem ela. Parte de minha vida foi embora”. Podemos até dizer que se inicia então o “Ritual de penitência”, seqüência de autopunições para buscar alívio aos sentimentos de culpas que carrega dentro de si.

Chamo de “Circulo de amorosidade” o ser ressonante quanto ao carinho, à ternura, o bem querer. Ressonância é o estado de vibração harmônica que se desencadeia a partir de um movimento, de tal maneira que mesmo quem deu início saindo do ambiente, tal estado permanece.
Como se faz isso? Ao perceber que o “mundo” está contra você, que onde você chega o ambiente fica tenso, até hostil, considere de imediato que o problema está com você. Pare para refletir sobre suas ações nesses meios, com as pessoas que fazem parte deles. Seja sincero com você mesmo. Não busque justificativas para suas ações, apenas constate que elas estão sendo desencadeadoras de “reações adversas”.
Pode ser que em grande parte das vezes, você age apoiado na razão, mas o problema está na forma e não no conteúdo. Verifique o como você está passando ou mesmo impondo suas razões às pessoas. Modifique-se. Observe o outro como um ser humano que quer e merece ser bem tratado, respeitado, mesmo que esteja enganado em suas ações.

Expresse o que sente, o que pensa, mas com carinho, com ternura. Não importa se as pessoas nunca foram assim com você. Seja assim com os outros. Isso não irá fazê-lo um fraco, mas fará, sim, com que seja mais respeitado em suas ideias e pensamentos.
Ser amoroso, sempre! É só iniciar e, então, irão se formando círculos de amorosidade ao seu redor. Todos os ambientes em que você estiver passarão a sofrer essa influência. As pessoas passarão a ser também mais amorosas. Experimente e não pare mais. Faça a diferença. Faça de forma diferente dos demais. Um dia a maioria estará dentro desse círculo.

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