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Como lidar com as culpas

Atualizado dia 01/04/2015 11:23:25 em Psicologia
por Paulo Tavares de Souza


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Não há culpados pelo seu sofrimento. Não foram os pais, o governo, o Criador, ninguém! Nem mesmo você! Pare de buscar responsáveis pelas dificuldades que a vida apresenta, sejam elas, financeiras, interpessoais ou afetivas; é você quem está qualificando essas experiências de forma sofrida, simplesmente por que sem o seu envolvimento emocional com o fato em si, todo acontecimento fica reduzido à mera informação, portanto, não se trata de achar um culpado, antes disso, entenda que é você quem problematiza, enquanto você não crescer e livrar-se deste personagem que se coloca na condição de vítima, sempre terá dificuldades para enfrentar os reveses da existência, sejam eles quais forem.
 
Por estar preso em condicionamentos morais, seguindo valores impostos pelas religiões e tradições ancestrais, não percebe que está gastando energias valiosas ao culpar-se pelos erros cometidos no passado, erros naturais que foram cometidos em função do seu entendimento, ainda embrionário, da própria realidade. Hoje, mais consciente, resolve se punir, guarda ressentimentos, remorsos, culpas e todo um lixo emocional que intoxica todo o seu psiquismo.
 
Será que você não compreende a ineficácia deste comportamento? Culpar-se é destilar eventos infelizes e escolhas equivocadas nos tonéis da própria alma sem perceber quão corrosivas são essas substâncias; é carregar a lembrança de um acontecimento infeliz além do tempo necessário, processando de forma negativa e autodestrutiva essas informações e criando condicionamentos infelizes. 
 
Não é possível aprender a andar sem cair, faz parte do processo. Segurar o arado, como nos ensina o Mestre Jesus, e olhar para trás, é um erro, pois há um campo vasto à sua frente, pronto para ser semeado, por isso, é preciso capitular, perdoar-se sempre, mesmo diante dos mais escabrosos erros; afinal, agimos sempre de acordo com o nosso entendimento e, por incrível que possa parecer, na maioria das vezes, acreditamos estar fazendo o que julgamos o melhor.
 
Não há nem nunca houve culpados, foram escolhas, estavam atreladas ao nosso nível de desenvolvimento, além do mais, tudo que incide sobre você tem um propósito educativo, pois estamos aqui para nos desenvolvermos; ninguém veio ao mundo a passeio, a experiência da vida se articula dentro de um viés de crescimento e essa dinâmica se aplica a todos. Nossa visão estreita, cartesiana, se prende ao evento em si, não enxerga além das evidências, prende-se na identificação do algoz e da vítima, por isso estamos sempre julgando e condenando os outros e, infelizmente, a nós mesmos. 
 
Existe uma grande diferença entre dor e sofrimento. A dor é uma informação, surge para ser elaborada pela sua consciência, ninguém está livre da dor. Já o sofrimento é a maneira como você lida com essa informação. A dor é um prova, portanto, necessária, mas o sofrimento é opcional, você pode tirar lições e crescer com os percalços ou pode vitimar-se, afundando-se em lamentações, a escolha é sua. É inútil revoltar-se e cair no terreno da reclamação. Reclamar, como o próprio nome diz, significa clamar repetidas vezes.
 
O leão não erra quando estraçalha a gazela, o lobo não é perverso por perseguir as ovelhas, tudo se ajusta dentro de uma lógica muito maior; imaginem esses carnívoros arrependidos de seus atos passados, se através de algum salto evolutivo, virassem vegetarianos. Parece loucura, mas é isso que fazemos quando nos culpamos, infelizmente, não temos o alcance de toda a perfeição e justiça que envolve um fenômeno, por isso, nos revoltamos, julgamos, tanto o outro quanto a nós mesmos. Culpar-se é inútil; use a sua energia para pensar em como você pode fazer melhor.


 

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Conteúdo desenvolvido por: Paulo Tavares de Souza   
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