Como perder 1 milhão e meio de reais?
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Autor Andrea Pavlo
Assunto PsicologiaAtualizado em 4/15/2015 5:13:50 PM
Já falei que sim, assisto Big Brother (tempo para você me julgar). E estes dias vi uma coisa que me fez pensar. Um dos participantes, intitulado poeta, entregar o jogo de badeja e perder, possivelmente, um milhão e meio de reais porque uma coisa que ele chamou de “princípios”. Ok, resolvi analisar da minha ótica. Só uma análise, sem julgamentos. Cada um tem o direito de fazer o que quiser.
Eu gostava dele. Um homem inteligente, extremamente culto, que fazia chacota consigo mesmo sem vaidade. Uma pessoa que conseguia ler o jogo, com uma excelente memória. Pedia desculpas quando dava uma bola fora. Queria só poder viver um grande amor, coisa que, parece, ele ainda não conseguiu. Mas que foi traído pela sua própria vaidade.
Sim, pareceu um ato heroico. Justamente para o anti-herói da trama. Ele poderia ter ido para o paredão com um dos membros do casal formado na casa. Um casal improvável, fruto de uma traição do cara que já tinha ficado com outra antes. Um casal melado, pegajoso, que não se desgrudou nos últimos dias.
Ele disse que fez isso porque não poderia mandar a moça – ela se entregava ao amor e ele achava isso bonito. E nem o cara – ele foi amigo dele lá dentro. Mas quinze minutos antes disso os dois confabularam sobre ele deitados no sofá, dizendo que eles não poderiam contar o voto para que ele não se preparasse. Deu certo, ele caiu como um patinho, perdeu para o cara que, com certeza, vai ganhar por ser o “pobre coitado”.
E é sempre assim, sempre ganha o pobre coitado. Aquele que joga melhor, que sabe articular seu coitadismo. O poeta quis ser bonzinho. Um bom moço que não confabula, que saiu com a índole intacta e que ainda citou Jesus Cristo para o Bial lá fora. Caiu na armadilha da vaidade do mártir. Saiu como um mártir, um Cristo, exatamente com as mesmas necessidades que tinha quando entrou lá: sem um amor e sem o dinheiro.
O mais “legal” é que, mesmo que o casal não ganhe, vai sair com uma boa bolada e supostamente apaixonado. Ou seja, ele saiu do caminho para que os outros tivessem o que ele queria. Sério? Verdade? É isso que devemos fazer com a nossa vida?
Ainda temos muito a ideia de mal e bem, de heróis e vilões. Mas na verdade isso não existe. Só podemos ser heróis e vilões dentro da nossa própria história. E muitas das vezes que somos heróis para os outros, somos os maiores vilões da gente mesmo. Quantas chances como esta uma pessoa pode ter na vida? Quanto tempo ele vai demorar para ganhar este dinheiro, dado só para alimentar a sua vaidade de bom moço? Quantas mulheres vão mesmo achar isso lindo e querer ficar com ele? E até quando? Até vencer o aluguel?
Viemos para o mundo para aprender a viver aqui. Na Terra, com os dois pés no chão. Temos necessidades que sim, nos levam à felicidade. Ter uma boa casa, grana para viajar, para comprar um computador novo ou ainda mais livros. Por que não? Por que ainda vivemos como se necessitássemos o tempo todo nos sacrificar? O ranço católico ainda não nos abandonou e, de novo, somos vaidosos demais para isso.
O poeta vai ter que pagar o preço. Talvez sim, ele deite a cabeça no travesseiro e ache que fez o correto. Mas é só uma crença. É só algo no qual ele acreditou. O ato de bravura será esquecido na terça-feira seguinte, quando alguém sair rico de lá de dentro. Rico de experiência, de dinheiro e de sucesso. Enquanto os falsos heróis vão amargar a sua eterna derrota.
Uma pena. Gostava muito do poeta.
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Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |