CRISE E CONSUMISMO
Autor fatima bittencourt
Assunto PsicologiaAtualizado em 10/03/2018 18:24:03
A organização social está em crise, todos sentem. Era prevista esta mudança de paradígma. Mas para superá-la, não bastam discursos, é preciso reinventar experiências, espaços de convivências pacíficas e laços sociais, como reaprender o que sabemos. Fazer o download da memória que está em todos, para isto basta religar... Em 1949, Aldous Huxley escreveu a George Orwell argumentando que sua própria visão distópica era a mais convincente. “O desejo de poder pode ser tão plenamente satisfeito quando se leva as pessoas a amarem sua servidão quanto se você as flagela e chuta para que obedeçam…”. O consumismo é contrário ao bem comum. Ele reprime a criatividade e diminui nosso interesse por outras pessoas, grando em muitos fobias sociais. A liberdade de gastar, o poder do dinheiro, ilusioriamente, possibilita esquecer nossas carências. A maioria das formas pacíficas de protesto são agora proibidas, mas ninguém impede o roubo de recursos dos quais dependem as futuras gerações. Assim como a sociedade humana foi partida pelo consumismo e pelo materialismo, empurrando-nos para uma Era da Solidão sem precedentes, os ecossistemas foram destroçados pelas mesmas forças. É a mentalidade consumista, elevada à escala global, que agora nos ameaça com um colapso climático, do qual toda a vida humana depende. Bem vindas ecovilas, hortas comunitárias, meditantes, redes de apoios, como a tecnologia interagindo com nossa ancestralidade, no agora. Redes começaram a teiar as formas como podemos nos reconectar uns com os outros e com o mundo natural. Já existem novos modelos para a vida urbana com base na partilha, ao invés do consumo competitivo. Partilha não apenas de carros, eletrodomésticos e ferramentas, mas também de dinheiro (por meio de cooperativas de crédito e microfinanças) e poder. Alguns chamam de Comércio Sagrado. Uma nova escola surge como GAIA, cujo objetivo não é preparar as pessoas para empregos que nunca terão, a serviço de uma economia organizada em benefício de outros. Apesar dos menores ou nehuma intençâo e esforços, daqueles que acreditam não haver soluções, jamais perderemos nossa capacidade de resgatar uma sociedade humanamente esquecida! Tudo, mas tudo mesmo tem sua razão de ser, nos sobra a missão sermos alquimistas e aprendizes, para ser aqui um templo de Paz!
Avaliação: 5 | Votos: 1
Psicóloga há mais de 25 anos, Fundadora do Grupo Sanare, Casa Azul e Solar dos Budas. Sua base teórica e vivencial reúne a filosofia oriental, neurociência e psicologia integrada. Oferece consultoria e atendimento psicoterápico clínico. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |
