DEPRESSÃO: ORIENTAÇÕES E AJUDA
Atualizado dia 11/29/2011 2:28:58 PM em Psicologiapor Sueli Massotti
- Alterações de apetite ou de peso;
- Alterações no padrão de sono ou nas atividades cotidianas;
- Diminuição de energia, da produtividade;
- Sentimento de menosprezo ou culpa;
- Dificuldade para pensar, concentrar-se ou tomar decisões;
- Ter pensamentos insistentes sobre morte, planos ou tentativa de suicídio.
A pessoa nessa situação diz que está deprimida, triste, desesperançada, desencorajada, sem ânimo, indiferente ou até mesmo ansiosa.
Todo o sentimento é focado para o negativo. A pessoa não consegue ver, ouvir nem perceber nada positivo. E o negativo é como se fosse visto com uma lente de aumento. Esses pensamentos são insistentes, persistentes como se fosse um disco enroscado.
Algumas pessoas sentem-se mais aliviadas trabalhando, dormindo, comendo... Mas, quando param essas atividades, os sintomas voltam.
Especialmente nas mulheres, ocorrem três tipos de depressão, geralmente ocasionados por fatores hormonais:
1- Depressão causada pela TPM: entre 70 e 85% das mulheres, em algum momento do seu período menstrual apresentam a síndrome (conjunto de sintomas) pré-menstrual: dor de cabeça, inchaço, sensação de peso nas pernas, cólicas, dores nas costas, etc.. Mas, cerca de 20% dessas mulheres vão apresentar a tão famosa e temida TPM, que requer acompanhamento médico.
Alguns sintomas emocionais da TPM: humor depressivo, ansiedade e tensão, irritabilidade ou perda do controle, agressividade, diminuição de interesse pelas atividades rotineiras, cansaço, etc..
2- Depressão na Menopausa: pode ser causada por alterações hormonais e biológicas ou até mesmo um re-agravamento de estados depressivos anteriores e que, talvez, nem tenham sido diagnosticados. As crenças antigas relacionadas aos aspectos negativos da menopausa também podem influenciar, levando à depressão.
3- Depressão Pós-Parto: é um quadro com delírios, alucinações e aparece nos três primeiros meses após o parto. Infelizmente, há um grande número de mulheres que passam por isso, e nem se dão o direito de expressar seus sentimentos, pois temem a reação familiar. São sentimentos extremamente dolorosos, posto que contrariam a ternura materna.
Como a depressão diminui a energia, a capacidade, a vontade, a iniciativa e o interesse pela vida, fica muito difícil a pessoa passar por isso tudo sozinha.
É preciso buscar ajuda! Família, amigos, colegas de trabalho, devem se empenhar em orientar a pessoa a procurar um tratamento com profissionais indicados. É comum a pessoa resistir, mas é preciso insistir.
Geralmente, as pessoas argumentam que não estão doentes, que não precisam de ajuda médica e alguns familiares e amigos se convencem de que a pessoa ficou chata e aborrecida e que isso deve fazer parte da personalidade.
Os quadros mais leves podem se tornar perigosos exatamente por serem subestimados e, por isso, não tratados.
O tratamento com medicamento e terapia tende a ser mais eficaz. Não espere agravar, tudo o que é diagnosticado no começo é muito mais fácil de ser tratado.
A depressão mexe muito com o sentimento de autosuficiência e independência da pessoa e, por se julgar autosuficiente e independente, a pessoa tende a parar com o tratamento. A melhora também faz com que a pessoa tenha essa mesma atitude.
A melhora é o momento mais importante do tratamento. Não é o momento de parar e sim de persistir, para que se consolide a cura.
Medicamento e terapia não tornam a pessoa dependente, pois formam o tratamento adequado. Quando o tratamento não é adequado, para se livrar dos sintomas depressivos, as pessoas abusam de tranqüilizantes e substâncias químicas. Além de piorar o estado depressivo, a pessoa pode arrumar um problema maior.
É muito importante manter o tratamento (medicamento e terapia). Mais ou menos metade dos pacientes não segue corretamente as orientações médicas e isso só deixa a melhora mais lenta.
A família pode ajudar ou atrapalhar o tratamento. É preciso entender os sintomas e perceber o que pode melhorar ou piorar a situação. Aliviar a cobrança e demonstrar empatia são as primeiras formas de auxiliar.
Insistir na continuidade do tratamento profissional é o próximo passo.
Depois da melhora, é preciso mantê-la, aprendendo e reaprendendo a viver. E, nessa tarefa, a psicoterapia pode ter um papel decisivo.
"Haverá decepções e fracassos ao longo do caminho. O aprendizado que essas experiências representam, permite que você faça descobertas preciosas que podem levar a futuros sucessos em sua jornada". (Cherie Carter-Scott)
Um grande e carinhoso abraço, Sueli Massotti
Texto revisado
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