Descobrindo a sua verdadeira natureza
Atualizado dia 1/16/2017 11:29:31 AM em Psicologiapor Paulo Tavares de Souza
Portanto, procure focar naquilo que você é, pois se você não é a mente, você é aquilo que observa ela, você é uma testemunha.
Eu sei que isso exige prática e que não vai ser fácil manter-se na poltrona, como um mero espectador, mas apenas o fato de saber que você não é um ator nesse espetáculo, já é um avanço enorme, pois nada poderá tirar a sua paz e sempre haverá um meio de voltar para a mesma poltrona.
A mente é ardilosa, sedutora, irá aliar-se a todos os seus conteúdos inconscientes, tentará, o tempo todo, confundi-lo com as substâncias psíquicas da sua sombra, com as suas memórias, mas saiba, nada daquilo que você viveu é real aqui e agora, são apenas arquivos e cada um deles apresenta uma determinada carga afetiva, por isso, sobrevivem; é claro, você se identifica neles e é razoável que se confunda, afinal, eles se manifestam através de emoções e as emoções são captadas por sentimentos; assim, quando você sente algo é natural achar que esses sentimentos te representam.
Todos eles existem em você em função da importância que você deu a esses eventos, pois fazem parte da sua história, foram experiências que permaneceram, mesmo depois de inconscientizadas e estão criando uma espécie de psicosfera própria; simplesmente, aquilo que a psicologia chama de ego. Você não é o ego, saiba disso.
Todo a estrutura do ego está no passado e você é profundamente afetado por esse passado. Fique em silêncio e observe apenas. Todo esse monturo irá perder força e você poderá criar uma intimidade, cada vez maior, com o seu verdadeiro eu.
Quando você conseguir se desidentificar desse material todo, não haverá mais você, haverá apenas a Consciência Pura observando e manifestando toda a beleza da existência. Sei que é estranho, mas não tema, é preciso perder essa identidade ilusória, é preciso perder a vida para ganhá-la, lembre-se das palavras do Nazareno. O Mestre já nos mostrava o caminho da transcendência, pois precisamos transcender esse personagem ilusório.
Saber que não somos a mente é um avanço, mas não é suficiente, pois esse saber precisa ser consolidado através de uma prática constante.
Jesus ficou quarenta dias no deserto negando a mente (Satanás); Buddha ficou o mesmo período embaixo de uma árvore meditando; Ramana Maharshi permaneceu mais de um década em silêncio profundo; Nisargadatta Maharaj, Krishna e tantos outros que se iluminaram, fizeram o mesmo, por que acha que seria diferente com você?
A mente cria essa quarta dimensão, que está além do mundo físico, mas precisamos ir além, temos que chegar à quinta dimensão, a dimensão da Consciência, ali está o Reino de Deus, o Nirvana, o Samadhi, o Satori, assim por diante. Ali você irá conhecer a sua Verdadeira Natureza.
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