Desumanização!
Atualizado dia 1/12/2022 11:12:42 PM em Psicologiapor Paulo Salvio Antolini
Disse a ela: “Vou escrever sobre isso”, e agora estou frente ao computador, após ter refletido na afirmação que ela fez.
Sim, este termo expressa bem o que está acontecendo. As pessoas estão se afastando dos sentimentos que contemplam os valores humanos.
Compreensão, aceitação, respeito ao próximo, compaixão, generosidade e podem acrescentar outros que não coloquei aqui, mas que são valores que estabelecem a harmonia e a condição de consideração ao outro.
O egoísmo, o individualismo, o proveito próprio em detrimento dos demais têm se manifestado e, considera-se que os fins justificam os meios. “O que importa são os resultados”. Na visão do imediatismo, as pessoas estão se cegando para os resultados que essa conduta gera a médio e longo prazo.
Tudo tem início na visão simplista do “por que não, eu mereço, eu preciso, vou me dar o direito”. O direito do outro não será tão atingido, este é o pensar.
Mas isso é o princípio de uma caminhada desastrosa para o convívio e o compartilhar. Cada vez mais “eu tenho direito” e o “dane-se os outros”, até que se chega ao auge da crueldade.
Ao se desumanizar se perde o quê? A condição do humano!
Vai ficando apenas a condição do ser vivente, do ser animal, onde não há mais a racionalidade e o conhecimento e administração das emoções. Tudo isso dá lugar aos desejos e às condições de força, para se lutar pela realização dos mesmos.
Não é necessário dar exemplos, pois eles estão aí e em quantidades alarmantes.
Porém, faz -se sim necessário realçar que uma vez humano, sempre humano. E a grande maioria que foi perdendo essa consciência acaba reencontrando-a em situações de grandes dores. Situações onde se deparam com o estar frente a frente com seus feitos e de pessoas das quais se percebem dependerem para se retomarem e seguirem em frente.
“Ele é um animal”, expressão que se utiliza quando se referem àqueles que assim agem.
Inicialmente não possuem a maldade, apenas a visão limitada e, quando se percebem, trilharam um caminho cujo retorno será muito desafiador e doloroso.
Quanto se faz preciso olhar se nossos discursos estão coerentes com nossas ações. E com o que sentimos. Sentir, pensar e agir, trilogia que faz toda a diferença.
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