DEUS está nos detalhes.

   

Autor Cássia Marina Moreira

Temos controvérsias sobre quem disse isso. No Google, esta como sendo de Albert Einstein, mas também tem mais alguém, Mies Van Der Rohe, então, não sei bem quem falou e nem sei se precisamos saber a autoria ao certo, o que nos importa são os detalhes do que vou escrever, pode acreditar.
 
 

É só olhar o mundo com atenção e para ver que se não existissem os detalhes o todo não poderia “se juntar” e se transformar em maravilhas como um corpo humano, um casulo de borboleta ou uma cachoeira que começou com aquela gota d’água insignificante. E assim por diante.
 
 

  Então há alguns anos aparece nas livrarias nada mais nada menos que Manoel de Barros - um poeta que simplesmente vai nos dizendo sem mais nem menos coisas do tipo:- “Eu escuto a cor dos passarinhos”.
 
 

 Mestre como este que nos fazem finalmente perceber que palavras e vida tem uma íntima relação de saber e expressão que vão além do que as aparecias indicam e as placas mostram. Sentir para realmente ver. E ouvir para poder enfim conseguir enxergar!
 
 

Então de repente ele vem sem mais nem menos com um verso que diz:- “Quando as aves falam com as pedras e as rãs com as águas - é de poesia que estão falando”. E eu simplesmente permaneço sentadinha sobre a pedra da cachoeira apurando o ouvido tentando ouvir alguma coisa além do murmúrio das águas. Que por sinal já é maravilhoso!
 
 

São mestres assim que nos lembram que a poesia pode ser a leitura mais simples da vida diária, mais direta e livre, que pontuam as coisas nos instantes em que elas acontecem. Uma fotografia tirada ao acaso na rua que traz à tona um romance entre desconhecidos lá ao longe. O simples reflexo da lua que pode mostrar em palavras a continuidade do dia onde as mais variadas coisinhas acontecem ou podem vir a acontecer se assim o olhar do poeta o disser.
 
 

  Aprender com os poetas é uma lição delicada, nos aguça a sensibilidade, deixa nossa pele mais fina, a alma mais vulnerável ao que se passa no mundo ao nosso redor. A cortina de fumaça que cobria os olhos vai sumindo e a vida vai se tornando mais vida, mais viva. Finalmente mais poética. E a voz dos detalhes adquirem um som mais audível, e não podemos mais deixar de ouvir, o olhar fica ainda mais apurado e já não se pode como antes empurrar para lá e passar sem ver. É preciso parar, olhar e finalmente ver, então sair pela vida afora sentindo a poesia nas minúcias enquanto elas acontecem.
 
 

 Talvez seja mais ou menos como fotografar ou aprender a fotografar. Você sai por aí e vai tirando fotografias aqui e ali, uma com uma abertura, outra com uma velocidade diferente, outra ainda no automático e todas as possibilidades que sua máquina tiver para fazer.
 
 

 Treinando a vista; como na poesia que vai se escrevendo pouco a pouco, porque a vida vai acontecendo lentamente diante do nosso olhar e de vez em quando as fotos bonitas também vão se revelando.
 
 

 O certo é que vamos vivendo, então porque não aprender a olhar o mundo com mais poesia? E quem sabe um dia a gente também consiga pelo menos uma “vezinha” só ouvir a cor de um passarinho...  como este mestre das emoções de das palavras - 
 
 

Manoel de Barros *1916 / +2014 
 
 

Avaliação: 5 | Votos: 5

     

Conteúdo desenvolvido pelo Autor Cássia Marina Moreira    Cássia Marina Moreira Psicóloga / Terapeuta Floral - Vibracional Pesquisadora do Sistema das Essências Vibracionais D´Água E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui.