É possível curar nossa relação com pais tóxicos e abusivos?
Atualizado dia 3/29/2019 9:09:08 PM em Psicologiapor Roberto Debski
Quando vivemos de acordo com nossas próprias regras da vida, agindo de acordo com nossas próprias leis, e o que entendemos por certo e errado, inevitavelmente geraremos problemas.
Aquilo que causa a doença e a cura, é o mesmo, o AMOR.
Tudo sempre é feito, baseado e justificado por amor.
Há o amor que adoece e o amor que cura.
O amor que adoece é apegado, exigente, "excessivo", infantil, abusa, gera emaranhamentos.
O amor que cura está em ORDEM, segue as Ordens do Amor, PERTENCIMENTO, HIERARQUIA E EQUILÍBRIO DE TROCA.
Nossas famílias não são totalmente saudáveis, elas seguem adiante enquanto houver algum grau de amor em ordem.
Se a família adoecer gravemente, em algum momento pode morrer, deixar de gerar descendentes.
Pais razoavelmente saudáveis cumprem suas funções materna e paterna, ensinam a amar o igual (mãe) autopreservação, amor próprio, segurança, autoestima, reconhecer, validar e amar o diferente (pai), levam seus filhos para a vida, dão modelo de como lidar com dinheiro e profissão, com o tempo se tornam desnecessários e os filhos vão em frente constituir suas próprias famílias razoavelmente saudáveis sem apegos ou culpas em relação à sua família de origem.
Não precisarão retornar após algum tempo para a família de origem por culpa, para "cuidar dos pais" que não aprenderam a envelhecer saudavelmente e se cuidarem sozinhos, retornar à casa dos pais separados e com filhos para seus pais cuidarem, com dificuldades em se sustentar ou manter relações afetivas saudáveis etc..
Pais tóxicos, mãe narcísicas, pais infantilizados com amor doentio são emaranhados a questões com seus próprios pais e excluídos nos sistemas familiares.
Nesse padrão de relacionamento, manterão filhos dependentes, os quais serão projetos desses pais, e geralmente não conseguirão ser pessoas autônomas.
Essa relação familiar será em geral doentia, abusiva, agressiva aprisionando todos numa teia de sofrimento, cobranças, julgamentos e culpas.
Algum dia nascerá uma ovelha negra que escolherá trilhar a má consciência, e, sem julgamentos fará diferente de sua família.
Mostrará como pode ser viver um padrão relacional diverso daquele gerado pelas crenças e valores familiares e a partir daí a família poderá ser algo mais saudável.
Uma mãe tóxica, narcísica usa o filho (geralmente filha) porque ela própria sofreu na relação com sua própria mãe.
Inconscientemente ou não, despeja nessa filha suas frustrações e mágoas, enquanto protege outro filho, num modelo conhecido das relações com mães narcísicas.
Essa filha muitas vezes necessitará se afastar da relação, a fim de se proteger física e emocionalmente, e curar em si a maternagem doentia.
Sabemos que quando não curamos nossas feridas, há uma grande possibilidade de as levarmos adiante para nossos próprios filhos.
Precisamos nos tornar adultos e aprender a tomar conta de nossa criança interior ferida, carente e abandônica.
Somente nosso lado adulto saudável pode assumir essa imprescindível função.
Nos tornarmos, enquanto adultos, o pai e a mãe de nossa criança interior e damos a ela, enfim, tudo o que necessita para ser saudável, carinho, proteção, segurança e amor saudável.
As constelações, a psicoterapia, a ampliação da consciência, enquanto busca contínua, são ferramentas poderosas para mudar os padrões familiares e ajudar esse sistema a resgatar o amor em ordem para essa e as próximas gerações.
Roberto Debski
Médico e psicólogo
Facilitador em constelações sistêmicas
Texto Revisado
Avaliação: 5 | Votos: 9
O Dr. Roberto é médico (CRM SP 58806) especialista em Acupuntura, Homeopatia e tem formação em Medicina Ortomolecular. Também é psicólogo (CRP 06/84803), Coach e Master Trainer em Programação Neuro-Linguistica. Formador e facilitador em Constelações Familiares Sistêmicas Acompanhe nossos próximos eventos! https://www.facebook.com/debskiroberto/ E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |