Em tudo há sempre uma história!
Atualizado dia 18/10/2009 20:17:49 em Psicologiapor Cássia Marina Moreira
Esta é de um meigo e muito dócil atobá - uma espécie comum de ave, de médio porte, vive em bandos nas ilhas de quase todo o litoral brasileiro. Este ainda criança, segundo seu tratador, tem um ano e meio.
Como você tem tanta certeza? Fiquei curiosa com tanta precisão e perguntei para o rapaz do coco na beira de uma das praias de Fernando de Noronha. E ele perguntou se eu tinha tempo para uma boa história... Mais que depressa peguei meu coco e me sentei embaixo daquela palhoça para ouvi-lo.
Gosto demais de pássaros, principalmente estes de quem não podemos esperar "laços profundos de amizades" e fidelidade. São apenas pássaros pensamos, se ao menos fosse um cão, um gato que talvez se acostuma com a comida e a presença humana, mas um pássaro? Ainda mais desta espécie nativa -penso ser silvestre-, desacostumado ao convívio conosco.
Então... Ele também sentou e me contou que estava bem ali quando o "bicudo caiu do ninho", estava no alto de uma das arvores que fazem uma sombra divina sobre a palhoça dele. Só que não dava para colocá-lo de volta em lugar tão alto. Ficou tocado com a situação do bicudo, e começou a alimentá-lo.
A mãe ficava de olho lá do alto, mas aqui embaixo o bicho não gritou, nem quis voar, foi ficando e como sirvo pescada, sempre sobram uns pedacinhos. Mas para o restante ele voa e vai buscar, quando a fome aperta sai com o bando, mas não demora muito tá aí neste toco fazendo uma festa para quem nunca pôde coçar a cabeça de um atobá.
Tem razão, estou mesmo fazendo uma festa com ele. Olha só, gostou dos meus anéis e está pensando que meus dedos são peixes. Ele olhou e logo me tranqüilizou, ele só brinca, não aperta, o bico é grande, mas ele é mesmo manso. E, quer saber, tem vários outros que sentam perto de você nas pedras; sempre tem alguém pescando por aí e eles estão cada vez mais amigáveis; os turistas sempre deixam as iscas para eles depois da pescaria, eles acostumaram com a ‘boa vizinhança" e ficam rondando.
Agradeci a história que confirma uma teoria que anda pelas internetes da vida, onde vemos um vídeo de um leão manso brincando com quem cuidou dele durante alguns anos, e depois de voltar para a selva e lá ficar sozinho, quando visitado por estes tratadores recebeu-os com abraços. E tantos outros e-mails que contam histórias lindas da quase "humanidade" dos animais.
Não demorou mais do que dois dias para que recebesse a visita de um atobá e logo depois de mais um, enquanto tomava sol em cima das pedras. Na verdade, quem assuntou fui eu! Quase cai na água, mas inofensivo e amigável me fez companhia até outro chegar. Este que chegou estava com a metade de cima do bico quebrado ou mordido, sem problemas me devolveram o chapéu e posaram para as fotos.
Como o rapaz do coco me falou, os bichos estão todos muito acostumados conosco, os pardais comem conosco à mesa as mabúias ou calangos também comeram em minha mão. Os mocós - quase um porquinho da Índia - se juntam correndo assim que você deixa o pedaço de pão ou fruta nas pedras. Mas todos posam para as fotos. Pena que desta vez não vi nenhuma garça ajudando o cavalo a se livrar dos carrapatos, uma função básica na vida destes dois. Ela pousa suave e permanece leve sobre o lombo do cavalo, que continua em seu caminho, pastando aqui e ali, sem sequer olhar uma vez por cima do lombo. Um trabalho em conjunto e certamente bem feito!
No fundo do mar, não deixa de ser igual, as tartarugas verdes, em sua maioria, nem ligam para a quantidade de mergulhadores e o espocar de flash, continuam comendo e sendo levadas pelas leves correntes quase que num balé por sobre os corais, quando isto acontece é maravilhoso poder acompanhar a tartaruga em sua dança. É muito fácil de ser fotografada e filmada bem perto, bem ao lado. Sem contar os grandalhões e gigantescos tubarões "lixa" que dificilmente assustam, dormem tranqüilos embaixo de grandes pedras, talvez por seu porte e rapidez os tubarões de bico fino assustem um pouco ou pelos causos que nos contam, muito mais do que por já ter visto em anos de mergulho, alguém ser atacado por algum destes temerários bichões.
Vejo que tanto dentro dágua como fora dela, os animais são bem intencionados, cabe a nós que temos mais que instintos -o poder de análise-, descobrir qual a melhor estratégia para nos tornarmos mais dóceis e amigáveis não só com bichos, peixes e aves, mas com os da nossa própria espécie.
Para saber mais e melhor sobre a vida de alguns animais marinhos e as essências d´água produzidas a partir de suas vibrações e energias - visite o site https://www.essenciasdagua.com/
Texto revisado por: Cris
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Cássia Marina Moreira Psicóloga / Terapeuta Floral - Vibracional Pesquisadora do Sistema das Essências Vibracionais D´Água E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |