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Encaixotando a realidade

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Autor Andrea Pavlo

Assunto Psicologia
Atualizado em 9/25/2013 10:09:05 PM




São 6 e meia da manhã. Eu não costumo acordar tão cedo, mas algum filho de Deus, munido de um carro de som de alta performance, resolveu que era uma boa escutar música sertaneja bem alto, no meio da rua. E logo que ele saiu, a vizinha de cima resolveu que poderia andar com seus saltos, indo e voltando no apartamento e pensando "se eu tenho que acordar, os vizinhos que acordem também."

Só tem uma coisa que ainda consegue me irritar no dia a dia: trânsito. E não estou falando de trânsito pesado não, este de todo dia mesmo. É gente te fechando o tempo todo, espertalhões tentando passar por cima de você. Ontem mesmo um cara quis me cortar passando dentro de um posto de gasolina, sem a menor necessidade. Não deixei! Que abusado!

Eu disse que era a única coisa que me irritava? Mentira. Gente que não se mexe também me irrita. Acomodados, folgados, gente agressiva de graça. Gente que tenta te passar para trás por conta de bobagem. Comerciais de TV, dependendo de qual é, me irritam. Quando uma loja de varejo aumenta o som só na hora do comercial dela, me irrita. Vendedores empurrando produtos ou contratos não cumpridos também.

E aí vem a pergunta: o que fazer com isso? Ah, pensei, precisamos mudar as coisas. Precisamos proibir os carros de som na rua. Dar uma multa gorda para a vizinha de cima e fazê-la entender que precisa me respeitar. Precisamos de uma nova educação no trânsito, proibir os comerciais de subirem o som, e fazer com que todo mundo entenda que precisa se responsabilizar por si mesmo e se mexer! Fácil. Né? Só que não.

Para uma tarefa destas eu precisaria de um exército, falar alemão, tomar o poder e deixar crescer o buço até virar um bigodinho. Para que todo os meus, meus desejos sobre como é o mundo fossem satisfeitos. Para que as pessoas mal educadas não cruzassem mais o meu caminho e todos os carros saíssem da frente quando eu decidisse dirigir. Seria um mundo ideal, onde está sempre sol e milk shakes não engordam. Um mundo que só pode existir na minha imaginação quase infantil. O mundo perfeito da Barbie.

Não dá! Mas eu ainda posso fazer outra escolha que é aceitar. Não concordar, vejam bem, mas aceitar. Posso aceitar que a consciência humana não é igual para todo mundo. Que enquanto alguns abdicam de suas vidas em prol dos outros, o resto não está nem aí e não respeita nem o mínimo seu semelhante, seja no trânsito, na rua ou no apartamento de cima.

Aceitar que sempre haverá diferenças. Que eu não nasci na Uper West Side em Nova York, cercada de dinheiro e seguranças e sim na zona leste de São Paulo. Aceitar que isso foi o que o meu espírito precisava (ou precisa) para ter as lições que precisa aprender.

Mas preciso ficar presa nisso para sempre? Claro que não. Posso começar tentando conversar com a vizinha de cima, numa boa, expondo meu problema com seus saltos (mesmo que não espere grandes resultados e isso também é aceitação). Posso colocar uma janela antirruído no meu apartamento, mesmo precisando parcelar em 10x e abrir mão de outras coisas. Posso dirigir como uma velhinha de 90 anos que tirou a carteira em 1935 e simplesmente curtir meus traslados ao som de boa música ou um áudio book. Posso pensar até em me mudar de casa, de cidade e de país, mas sabendo que em qualquer lugar do planeta existem problemas a serem solucionados. E nada, jamais, será perfeito.

A ideia de realidade, quando não bate com o mundo lá fora, é sempre bem complicada. A irritação e o estresse vem daí mesmo. Faça uma lista das coisas que você não aceita na realidade e tente encontrar soluções para elas. Pequenas ou grandes, dentro da sua realidade. Pare de negar o que é real e acabe, de uma vez, com o sofrimento da sua vida. Aceite e mude! É o caminho mais curto para a felicidade.


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Andrea Pavlo   
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
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