Encarando a tristeza com alegria
Atualizado dia 04/12/2011 13:29:27 em Psicologiapor Camilo de Lelis Mendonça Mota
Para além do contexto religioso, existe a espiritualidade que perpassa toda a literatura sagrada do oriente ao ocidente fazendo-nos olhar para dentro de nós em busca das respostas. Mas estamos realmente sabendo fazer as perguntas? É importante mantermos claro o espelho da nossa mente para que possamos, então, refletir a luz que vem da alma, do nosso eu verdadeiro. Essa luz nos impulsiona para a vida, para a alegria, para a felicidade, para a satisfação, para o êxtase de Ser. No entanto, tantas vezes nos deparamos, ao longo da vida, com momentos de tristeza, com sentimentos de arrependimento, de angústia, de culpa. Libertarmo-nos desses sentimentos ditos inferiores é a lição que estamos aqui para aprender.
Aqui se insere a questão das perguntas. Observe o seu estado mental quando estiver sentindo alguma tristeza. Procure nele um ponto de serenidade. Este ponto sempre existe. É nele que vamos focar a pergunta essencial que podemos fazer nesse instante: o que, afinal, pode me causar alegria neste momento? Em que momento de minha vida eu senti um lampejo de alegria que eu gosto de lembrar? O que, aqui e agora, pode corresponder a essa sensação de alegria? A resposta pode ser uma coisa bastante simples, porque a alegria reside justamente na simplicidade. É a atitude de ver tudo como complexo que acaba alimentando sentimentos como a tristeza, a raiva, a mágoa.
Por isso, o paradoxo do título deste artigo. Da mesma forma que existe tristeza em nossa vida, também existe a alegria. Isso é uma questão de olhar e escolher o que queremos sentir. Assim como o medo é uma ferramenta importante em nosso mecanismo de defesa, não podendo, no entanto, transformar-se num obstáculo paralisante em nossa vida, também a tristeza é um sinal para avaliarmos a que realmente estamos dando valor em nossa existência. Onde estamos buscando satisfação? No mundo exterior? Na busca de uma compensação para algo que não estamos enxergando dentro de nós? Então, é preciso colocar mais luz para dentro, iluminar o nosso íntimo para sentirmos a força da vida que está em nós, palpitante, transbordante, expandindo-se em forma de Amor.
Cada um de nós tem um jardim para cultivar. Pode acontecer da terra não estar preparada, de não haver água suficiente e de não sabermos onde estão as sementes. Mas para quem já começou a andar na vereda do conhecimento e já percebeu que a vida é mais do que apenas comer, beber e dormir, contentando-se com o prazer de um dia passageiro, haverá de ir escolhendo a melhor maneira de ir compondo o seu próprio jardim. Saberá esperar pela chuva ou irá em busca de alguém que lhe dê um pouco dágua. Aguardará o momento do plantio e esperará a hora da colheita. Sentirá um sorriso nascendo no canto do lábio quando vir um primeiro raminho rompendo a terra. Encontrará um amigo jardineiro e também se tornará um jardineiro. Construir o próprio jardim é alimentar a vida com ternura.
Texto revisado
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Terapeuta Holístico, CRT 42617, Psicanalista, Mestre de Reiki, Karuna Reiki, Terapeuta Floral. Atendimento terapêutico em Araruama-RJ, São Pedro da Aldeia-RJ e Saquarema-RJ com hora marcada Tel. (22) 99770-7322. Visite também o site www.camilomota.com.br E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |