ENFRENTANDO O MEDO

   

Autor Elizabeth de Fátima Souza

Todos nós já experimentamos algum grau de ansiedade, o que é natural. Isto acontece principalmente quando vivenciamos alguma experiência nova que requer uma adaptação emocional. O medo ou ansiedade normal podem ser provocados pela necessidade de se pedir um favor, dar uma palestra, encontrar com um novo namorado, etc.

Mas quando esse medo paralisa, causa descontrole e compromete a qualidade de vida precisa ser avaliado e tratado. O que acontece é que a resposta à situação é exagerada e interpretada pelo Sistema Corporal como uma ameaça. Então, há uma descarga de hormônios, principalmente os secretados pelas glândulas supra-renais ligadas ao chacra básico, responsável pela sobrevivência.

Estamos, então, diante dos vários tipos de medo: concretos, imaginários, fóbicos, etc. e de graduação variada. Essas manifestações afetam de forma drástica o psiquismo da pessoa e suas relações afetivas e sociais. O medo aprisiona, afasta, tortura, tornando escravos aqueles que não conseguem se libertar. A chave desta prisão está dentro da própria Alma e deve ser buscada com fé, esperança e determinação.

As causas podem estar na vida presente, serem conscientes ou inconscientes. Podem também estar nos registros akáshicos de vidas anteriores.

Felizmente, hoje, dispomos de várias correntes de terapia que muito podem auxiliar o processo de controle e cura das crises de ansiedade, medo ou pânico. O uso de florais, essências aromáticas, remédios homeopáticos, acupuntura também têm um bom resultado. Cabe a cada um descobrir o tratamento que lhe é mais afim.

As pessoas mais sensitivas e principalmente as crianças sofrem muito pois a abertura sensorial as coloca em contato com outras dimensões e muitas vezes a falta de preparo para lidar com a ampliação das percepções gera medo.

Tenho um exemplo na família: meu filho, que é sensitivo, quando tinha mais ou menos cinco anos não conseguia dormir à noite; acordava e dizia que tinha um vampiro que vinha até a sua cama e o ameaçava. Pedi que desenhasse o seu “torturador” com os mínimos detalhes; a seguir, pedi que olhasse bem para ele e dissesse que ele não era seu convidado. Expliquei que nosso espaço é sagrado e só devem entrar nele aqueles que acreditamos ser benéficos para nós.

Ensinei, então, o seguinte exercício: mostrei a cúpula de um abajur dizendo que ele iria criar um abajur de luz; antes de dormir ele rezaria para o seu anjo e junto com ele desceria do céu uma luz feita de fios de ouro trançados que formariam uma cúpula ao seu redor. Sobre a abertura superior o seu anjo montaria guarda e ele, dentro da cúpula, estaria seguro e protegido pela luz e pelo divino. Assim sendo qualquer ameaça ficaria de fora.

Nas duas primeiras noites fiquei com ele no seu quarto até que dormisse e construímos juntos a cúpula de Luz. Cerca de quatro dias depois meu filho me acordou rindo muito e disse: "Mãe, o vampiro ficou de fora do abajur de luz, batendo nele, mas eu não deixei entrar, não tenho mais medo."

Claro que muitas vezes não é tão simples. Mas a experiência do trabalho terapêutico individual e em grupo me mostrou que o uso dos exercícios de visualização criativa, associados com florais e óleos aromáticos, têm muito bom resultado.

Segue abaixo uma adaptação do exercício da cúpula de luz que vivenciamos nos encontros terapêuticos.

Assuma uma posição confortável.
Respire lenta e profundamente pelo menos por 4 vezes.
Limpe a tela mental imaginando que está vendo uma parede branca vazia ou uma grande tela de cinema.
Relaxe o corpo.
Visualize um lugar amplo que é o seu lugar sagrado.
Coloque-se neste lugar, sinta a terra sobre os pés, o calor do sol, a suavidade da brisa e ouça o barulho da água - a presença da força dos quatro elementos.
Quando se sentir inteiro na visualização veja que à distância se aproxima aquilo que te ameaça.
Neste instante olhe para o céu e observe que raios de luz dourada caem sobre você. Sente-se e veja que a seu comando os fios de luz se trançam e formam uma cúpula de luz, cuja abertura é guardada pelo seu protetor.
Respire lenta e suavemente olhando para a ameaça que se aproxima porém consciente de que você está protegido.
Veja aquilo que você teme se chocar contra a barreira de Luz e se diluir.
Sinta-se calmo e confiante.
Você está no seu espaço sagrado e nele só entra quem e o que você quer.
Confie, respire e observe o seu medo se dissolver. Respire profundamente, a cada expiração e repita sem abrir os olhos: “Estou calmo e tranqüilo. Tudo está bem.”
Ao se sentir liberto levante-se, reverencie a Luz Divina, agradeça, despeça-se dela e do seu protetor. Observe-a retornar à sua origem, certo de que estará disponível sempre que a invocar com o coração cheio de amor.
Perceba que a chama da luz divina está em você.
Respire mais uma vez e abra os olhos lentamente.
Tome consciencia do seu corpo e do Aqui e Agora.

Florais: Medo concreto = Mimulus(Bach) ou Mimosa(MG). Medo não nomeado - Aspen(Bach) ou Passiflora(MG). Pânico = Rock Rose(Bach) ou Bipinatus(MG).

Óleos Aromáticos: Lavanda com Olíbano.

Atividades de grupo permanentes - Vivencias com florais, aromas e meditações.

Texto revisado por Cris

Avaliação: 5 | Votos: 25

     

Conteúdo desenvolvido pelo Autor Elizabeth de Fátima Souza    Pesquisa e divulgação das essências florais do Sistema Beija-flor. Cursos e atendimentos. Consultoria em Feng Shui para residências e empresas e em Sustentabilidade e Educação Ambiental. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui.