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Entendendo a raiva

Atualizado dia 9/25/2014 10:57:08 PM em Psicologia
por Paulo Tavares de Souza


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Por que não consigo controlar a minha raiva?
Essa pergunta é bastante frequente, pois ninguém quer ser vítima de um descontrole emocional. A raiva deixa sempre uma ressaca moral e poucos se orgulham dos desequilíbrios que resultam, quase sempre, em lesões nos relacionamentos.
Quem não gostaria de controlar a raiva? Quase todo mundo, isso faz parte do senso comum, porém, trazemos estopins bastante curtos e as consequências são recorrentemente indigestas, tendo em vista que queremos viver em mundo de paz e harmonia, livres de conflitos e isentos de inimizades e ressentimentos.
Esmurrar almofadas, praticar exercícios físicos, afastar-se das pessoas, buscar diversão, etc., são apenas paliativos estúpidos que não resolvem nada, funcionam apenas como a válvula da uma panela de pressão, simplesmente cumprem o objetivo de descarregar energias incômodas e nada disso poderá trazer resultados definitivos, pois os elementos causadores continuam produzindo a mesma pressão. Não existem fórmulas mágicas do tipo: “10 passos para vencer a raiva”. “5 ações para controlar o temperamento” etc..
É preciso entender que a raiva não é o problema, simplesmente porque a raiva é apenas o efeito e não a causa do nosso desequilíbrio. Tudo aquilo que expressamos - na condição egoica em que vivemos - são reações. Somos assaltados por emoções que não controlamos, vivemos na escravidão de um programa psico-mental que assumiu a completa gestão do nosso ser e a raiva é apenas a manifestação desse condicionamento, não a causadora. Infelizmente, a nossa vida está no piloto automático, não nos conhecemos de forma profunda e a inclinação mais comum é fugir de todo desconforto. Como só vivemos incrustados no evento em si, achamos que o problema está em nossas tendências agressivas, mas tudo isso deve ser ponderado.

A causa, portanto, não está na raiva em si, mas nas bases emocionais da nossa alma. Cada ser humano traz um substrato emocional distinto, carrega todo um conteúdo de experiências que permanecem vivas no seu inconsciente, determinando condutas e comportamentos. Esse volume de eventos internos cria um programa mental que é o grande responsável pela resposta emocional oferecida para os acontecimentos prosaicos do cotidiano.
Ninguém consegue vencer a raiva, pois essa luta é inútil, é como brigar com uma buzina irritante e não perceber que existe alguém que está buzinando. Ser tolerante apenas por recomendação religiosa ou filosófica é um equívoco. A tolerância sem consciência é um erro e o resultado é sempre danoso.

Quantas pessoas não contraíram câncer na tireóide por engolir sapos? Quantas doenças não surgiram em função de resignações absurdas a situações constrangedoras? Não estou defendendo a raiva, apenas tirando essa reação psico-mental da berlinda.
Se não estamos em condições de enxergar a realidade dentro de parâmetros mais elevados, não nos cabe outro recurso a não ser expressar a nossa verdade, pois não se deve lutar contra a própria natureza. A raiva, portanto, é um instrumento saudável e indispensável para nos mantermos no mundo.
As causas de nossas reações raivosas estão nos condicionamentos criados pelas crenças que abraçamos. O orgulho, por exemplo, tem sido um dos maiores responsáveis pelas reações descontroladas do Ser, mas como vencer o orgulho? É simples, basta desenvolver a humildade.

Todos os nossos vícios mentais, entre eles o orgulho, são apenas indicadores de demandas por virtudes que não foram ainda desenvolvidas. Não há meios de alcançar uma condição de paz e felicidade sem o desenvolvimento das virtudes que se alinham com a Natureza.
O homem precisa avançar, seu destino é a luz, para isso, precisa criar as condições ontológicas necessárias, portanto, precisa desenvolver recursos virtuosos. Entre as virtudes, temos: a humildade, a confiança. a alegria, a coragem, a perseverança, a serenidade e, finalmente, a renúncia.

A Vida do ser humano se articula em um palco de lutas contra suas deficiências, todos os aborrecimentos e dificuldades nos relacionamentos, apenas apontam para essas necessidades.
Se não podemos controlar a raiva e isso não é recomendável, podemos buscar nos refolhos do nosso ser as crenças que alimentam esse tipo de resposta emocional.
Toda casa precisa ser construída a partir de um alicerce, acredite, não podemos culpar as nossas reações pela péssima programação de valores que criamos.

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Conteúdo desenvolvido por: Paulo Tavares de Souza   
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