Escravos da própria existência!
Atualizado dia 3/21/2014 7:13:30 AM em Psicologiapor Paulo Salvio Antolini
Em épocas tão agitadas e repletas de alterações, onde as aparentes seguranças estão deixando de existir já há bom tempo, as relações de trabalho se modificam a cada momento. As relações afetivas ganhando novas roupagens, onde ainda não se sabe com certeza aonde irão nos levar, mas também nada pode ser colocado como certeza, um convite para que responda: “Você se sente livre?”
Liberdade é um estado interior, mais que qualquer coisa. Portanto, podemos ser livres externamente, mas escravos de nossas próprias existências. Estarmos “presos” internamente. E, então, o caminho da felicidade fica impedido de ser trilhado. Sabemos que a felicidade não é a chegada, mas o caminho que se faz para se chegar a algum ponto.
É comum ouvirmos estórias onde ótimas possibilidades são “vivenciadas”, mas apenas em discurso, e depois, no momento seguinte vermos o olhar do narrador perder o brilho e voltar à sua realidade.
Tenho observado que viver esses sonhos não é impossível e nem agride as pessoas que possam estar envolvidas, mas é preciso muita coragem para romper com os “grilhões” internos. Grilhões esses que se amparam em crenças interiores que bloqueiam, inibem, amarram as pessoas de tal forma que nada experimentam além do que estão habituados a viver.
Muitas vezes percebemos manifestações de indignação por parte de pessoas frente a novas posturas que, mais do que não concordarem com o que estão vendo, está a rebelião interior por serem provocadas pelo “é possível”, pelo “experimente”, pelo “faça”.
Sejam capazes de vencer suas resistências, superem seus temores reavaliando suas crenças e tranformando-as em crenças positivas, impulsionadoras, crenças que revelam que vocês são capazes, que vocês podem. Vão em frente. Saiam da mesmice que estão sentindo de suas vidas e verão, inclusive, seus entes queridos “ganharem novas cores”, “novos brilhos”.
Muitas pessoas reavaliam suas vidas apenas quando passam por momentos de muita dor ou mesmo de grande risco de perderem-na. Outro tanto não tem essa oportunidade, pois realmente a perdem sem tempo para reflexões existenciais.
É comum ouvirmos “enfartados” ou mesmo outros tipos de “recuperados” dizerem que mudaram seus valores.
Para os que dizem que não podem parar de trabalhar, caso contrário, não terão a sobrevivência garantida, quando assolados pela doença passam por ela e só depois é que percebem que estão vivos, sobreviveram e que as coisas estão se acomodando. Imaginem se tivessem feito as mudanças por vontade própria. Estariam muito melhores, pois não teriam passado pelo “grande susto” da vida (ou de perdê-la).
Não é raro ouvir pessoas dizerem que estão muito melhor hoje, mesmo ganhando menos do que ganhavam, e questionadas dizem: “Descobri que precisava de muito menos para viver”, e eu acrescento “viver muito mais”.
A experiência de ao “perder” ou deixar algo que antes considerávamos fundamental e agora percebermos que era supérfluo, deve já ter sido vivida por todos, portanto, rever o que realmente é necessário e deixar o restante só fará bem. Deixa quem o faz muito mais leve e flexível para viver seus sonhos, sem precisar retomar sua rotina com enfado.
Saber “de verdade” o que se quer, o como “ir buscar”, fará toda a diferença, e como o aviador, passará a saber que acima das nuvens sempre encontrará o sol, independente da tempestade que abaixo dela possa estar caindo.
Já existem muitas normas, regras, convenções que são necessárias serem cumpridas. Ao menos conosco mesmos vamos ser mais flexíveis, deixarmos de ser tão intransigentes e desfrutarmos dessa maravilhosa oportunidade que é viver!
Texto revisado
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