ESTRESSE - PÓS-TRAUMÁTICO E AGUDO
Atualizado dia 8/14/2009 9:53:13 AM em Psicologiapor Aurora de Luz
As situações que são uma ameaça para a vida ou que podem causar lesões graves podem afetar as pessoas muito depois de terem ocorrido. O medo intenso, o abandono ou o terror pode obcecar uma pessoa. A situação traumática volta a ser experimentada em repetidas ocasiões, geralmente como pesadelos ou imagens que vêm à memória. A pessoa evita persistentemente coisas que lhe recordem o trauma. Às vezes, os sintomas só começam muitos meses e inclusive anos depois do acontecimento traumático. A pessoa experimenta uma diminuição da sua capacidade geral de reação e sintomas de hiperatividade (como a dificuldade para conciliar o sono ou assustar-se com facilidade). Os sintomas depressivos são freqüentes.
O estresse pós-traumático afeta pelo menos 1 % da população uma vez na vida. Nas pessoas com maior risco, como os veteranos da guerra e as vítimas de violações ou de outros atos violentos, tem uma maior incidência. O estresse pós-traumático crônico não desaparece, mas muitas vezes torna-se menos intenso com o tempo, inclusive sem tratamento. No entanto, algumas pessoas ficam indefinidamente marcadas por esta perturbação, chegando muitas vezes essa perturbação passar vida após vida, englobando diversas encarnações aonde a pessoa vai aos poucos, tratando do trauma ocorrido até a total remissão dos sintomas.
Muitas vezes a pessoa na vida atual não guarda lembrança do ato violento a qual foi exposto na vida pregressa, mas tem toda a sintomatologia de alguém com estresse pós-traumático. Cabe, então, à pessoa procurar terapia que englobe a regressão a vidas passadas e tratar do problema diretamente através de terapia de exposição até que a pessoa desenvolva um alto grau de comodidade perante a situação.
Tratamento
O tratamento do estresse pós-traumático inclui terapia do comportamento, fármacos e psicoterapia. Na terapia do comportamento, expõe-se a pessoa a situações que podem desencadear recordações da experiência dolorosa. Depois de um aumento inicial do mal-estar, geralmente a terapia comportamental diminui o sofrimento da pessoa. A contenção dos rituais, como lavar-se de maneira excessiva depois de uma agressão sexual, pode ser útil.
A psicoterapia de apoio desempenha um papel especialmente importante porque, freqüentemente, existe uma ansiedade intensa em relação à recordação dos acontecimentos traumáticos. O terapeuta mostra uma empatia franca e reconhece simpaticamente a dor emocional da pessoa. Confirma à pessoa que a sua resposta é lógica, mas anima-a a encarar as suas recordações durante a terapia comportamental dessensibilizante. Também se ensinam ao doente métodos para controlar a ansiedade, o que o ajuda a modular e a integrar as recordações dolorosas dentro da sua personalidade.
As pessoas com estresse pós-traumático têm com frequência sentimentos de culpabilidade. Por exemplo, podem julgar que atuaram de forma inaceitavelmente agressiva e destrutiva durante o combate ou podem ter sofrido uma experiência traumática na qual morreram familiares ou amigos e sentem culpa por terem sobrevivido. Se for assim, a psicoterapia orientada para a introspecção pode ajudar estas pessoas a compreenderem a razão pela qual se estão a auto-inculpar e a libertarem-se desses sentimentos de culpa. Esta técnica psicoterapêutica pode ser necessária para ajudar a pessoa a recuperar as recordações traumáticas-chave que foram reprimidas, de tal forma que possam ser manejadas de forma construtiva.
Estresse agudo
O estresse agudo é semelhante ao estresse pós-traumático, exceto que começa dentro das quatro semanas depois do acontecimento traumático, e dura somente entre duas a quatro semanas.
Uma pessoa com um estresse agudo sofreu uma exposição a um acontecimento terrífico. A pessoa volta a experimentar o acontecimento traumático na sua mente, evita coisas que lho recordem, tem um aumento de ansiedade e também três ou mais dos sintomas seguintes:
· Um sentimento de insensibilidade, afastamento ou ausência de respostas afectivas.
· Consciência reduzida do meio (por exemplo, aturdimento).
· Sensação de que as coisas não são reais.
· Sensação de que ela mesma não é real.
· Incapacidade de recordar uma parte importante do acontecimento traumático.
Tratamento
Muitas pessoas se recuperam do estresse agudo uma vez que sejam retiradas da situação traumática e se lhes dê apoio adequado sob a forma de compreensão, empatia com o seu sofrimento e uma oportunidade de descrever o que ocorreu e como foi a sua própria reacção. Muita gente melhora ao poder descrever várias vezes a sua experiência. Ajudar a pessoa a conciliar o sono pode ser benéfico, mas algum outro tipo de fármaco pode interferir no processo normal de cura.
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Texto revisado por: Cris
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