Eu estava no paraíso e não sabia
Atualizado dia 05/11/2010 15:17:15 em Psicologiapor Regis S Mesquita de Oliveira
Todas as pessoas querem sair do difícil e ir para o fácil, querem aprender a lição e querem ter uma vida mais sossegada. Todavia, o que acontece quando uma pessoa atinge estes três objetivos e age segundo a mente reativa?
Uma das dificuldades da mente reativa é justamente perceber a si mesma. Quem tem dificuldade de se perceber fica sem parâmetros reais para agir. Age como aquele sujeito da brincadeira da tv que tem que escolher se troca uma tv por um palito de fósforo. Na brincadeira ele tem que decidir sem saber quais são as opções. Pois, a vida de muitas pessoas é mais ou menos assim.
Um rapaz fazia faculdade e estava cursando uma matéria muito difícil. Ele se esforçou e aprendeu a matéria. Na prova, resolveu com facilidade os problemas, que para outros alunos era muito complicado. Saiu da prova tranqüilo e satisfeito. No outro dia, ele pensou: "não vou à aula, estou sossegado, vou ficar em casa".
Esta é a típica decisão de uma mente reativa. Busca o alívio: "já que aprendi, agora não preciso ir à aula, que alívio, vou ficar em casa".
Esta reação é de quem não percebe que se esforçou para entrar no "paraíso" e que para se manter neste paraíso deve manter o curso. É isto que faz uma mente clara: dá intensidade ao que é bom. Ou seja, o aluno conseguiu que a matéria se tornasse fácil e, portanto, deveria decidir por mantê-la fácil. O aluno conseguiu ficar sossegado, portanto deveria decidir manter o sossego. É o reconhecimento: estou bem, quero mais deste estar bem.
A mente clara percebe a si mesma e consegue fazer escolhas que intensificam a vida.
A mente reativa tem dificuldade de se perceber e prioriza a busca do alívio; isto torna mais difícil manter o que é bom.
Não indo à aula, o aluno começa a não aprender, a matéria volta a ser difícil, ele perde o sossego. O esforço será o mesmo e terá como resultado aprender o mínimo para passar de ano. Já a satisfação e o bem estar... estes já foram perdidos.
Existe um segundo fator importante: nível do aprendizado. Se desse continuidade/ intensidade ao "paraíso", o aluno poderia com relativa facilidade aprender muito, ou seja, tirar 9 ou 10 na próxima prova. Buscando o alívio e saindo do paraíso, o aluno terá que se esforçar para tirar uma nota menor, com um aprendizado menor.
Como a matéria é base para matérias futuras da faculdade, espera-se que ele tenha mais dificuldades futuramente por ter tido um aprendizado menor. Ao optar sair do paraíso ele entrou em um mundo onde o esforço é grande, o resultado pequeno e a matéria é sempre difícil. Nestas condições a mente reativa clama por um alívio momentâneo.
Uma vida mais fácil depende de suas escolhas. Reflita sobre este texto e observe sua própria vida.
Regis Mesquita é psicólogo e terapeuta de Vidas Passadas em Campinas. (19) 3236-7511
[email protected]
Texto revisado
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