Fanatismo
Atualizado dia 24/05/2015 13:09:00 em Psicologiapor Paulo Salvio Antolini
Sempre que há o excesso ocorre o extremismo, A pessoa se torna radical. O fanatismo coloca a pessoa muito próxima à obsessão, o que propicia o desenvolvimento de uma forte compulsão. Não é o conhecido TOC, mas tem comportamentos muito semelhantes.
Há vários tipos de fanatismo: religioso, esporte, sexo, pelo próprio trabalho e outros mais. Em todos eles, ocorre um desequilíbrio interno e ele sempre se manifesta acompanhado por forte emoção. Toda emoção levada ao seu extremo provoca um fechamento mental que impede o raciocinar. A pessoa fica bloqueada para outras percepções, só enxerga o que está a sua frente. E age assim, muitos se referem a esse comportamento dizendo: “Só vê isso, parece um boi bravo”.
Vivemos na atualidade uma verdadeira obsessão pelos pequeninos aparelhos eletrônicos que nos conectam com o mundo, e como verdadeiros fanáticos nos desconectamos de nós mesmos e dos que nos cercam.
Homens ou mulheres que se dizem apaixonados e só conseguem direcionar seus pensamentos e suas ações ao ser dito como amado. Isso não é amor. Não é paixão. Esse desligamento de outros segmentos de suas vidas para se dedicarem à essa relação desenvolve o comportamento obsessivo. Carências, medos, baixíssima autoestima são as bases para isso.
Há um forte vínculo entre o objeto de fanatismo e o perceber-se na interação com esse objeto, seja uma pessoa ou uma atividade. Identificação excessiva como se só ela existisse.
Normalmente o fanático é um grande “chato”.
As pessoas começam lentamente a se afastar e ele só se sentirá acolhido estando no ambiente em que pode dar vazão a esse intenso desejo: o cultuar seu objeto de paixão. Nesse momento se sentem reconhecidas e valorizadas. A verdade é que nesse momento, elas se reconhecem e se valorizam.
Aquelas que assim agem se sentem incompreendidas, pois não conseguem identificar o próprio exagero, o fechamento para as outras facetas de suas vidas, também importantes. Como colocado no parágrafo anterior, elas não se percebem tão importantes nas outras situações.
Importante ressaltar que a dedicação além do considerado natural a determinadas situações ou práticas não caracterizam por si só o fanatismo. As pessoas fanáticas são radicais e muito intolerantes com as que não compartilham suas escolhas.
Eis algumas características dos fanáticos: agressividade excessiva; preconceituosos em vários contextos; estreitamento mental; crença excessiva no que adotaram para si; apoiam-se em referencias subjetivas para justificarem suas escolhas; demonstrações de ódio e muito individualistas. Dedicam tempo excessivo ao que fazem.
Os fanáticos tem uma visão em que dividem o mundo em bom e mau. E assim passam a agir, os bons são os que compartilham de suas crenças e preferências e todos os restantes são os maus. Os fanáticos não percebem que muitas vezes têm atitudes insanas, pois para eles estão apenas defendendo o que acreditam do mau.
Exemplos de fanatismo infelizmente nos são dados a cada momento, basta assistir aos jornais. Guerras em nome de Deus, mas não precisamos ir tão longe, basta olharmos o comportamento de alguns segmentos de torcidas organizadas: matam em nome de defenderem seus times. Esse mal cega tanto que os impedem de ver que se não existissem outros times, os seus não teriam razão de ser.
Não precisamos nos situar nos extremos para termos alguns comportamentos típicos. A ideia é cada um poder se olhar e buscar identificar os pontos que estão “camuflados”, mas idênticos ao descrito.
Acreditem, ter pessoas que creem em coisas diferentes, possuam outras preferências que não as nossas nos complementam, nos fazem crescer. Não são ameaças. Se há um sentimento de ameaça é hora de buscar dentro de si o que esta ocorrendo. A ameaça não é externa.
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