Feminismo



Autor Patricia Barreto de Camargo
Assunto PsicologiaAtualizado em 20/03/2012 18:20:46
Lendo uma entrevista com a escritora Camille Paglia esta
semana, me veio uma reflexão sobre o feminismo. Mulheres queimaram soutiens e
execraram o uso da maquiagem no final da década de 60, exigindo igualdade e os
mesmos direitos que os homens. Como este processo evoluiu 50 anos depois ?
De fato, as mulheres conseguiram seu lugar ao sol. Algumas são executivas bem
sucedidas em grandes empresas, podem dizer que conseguiram equiparar seu
salário ao dos homens. Mas qual foi o verdadeiro ganho que elas tiveram ?
Acredito que homens e mulheres devam ganhar o mesmo salário desempenhando a
mesma função, partindo do princípio de que ambos têm a mesma capacidade
intelectual e o mesmo nível de formação, portanto, não há por que a faixa
salarial ser diferente ao desempenharem a mesma função, mas as feministas
estavam certas ao declararem que homens e mulheres são iguais ?
Não, não são. Os homens sempre ganharam mais que as mulheres, pois numa época
em que a força era exigida para o desempenho de suas funções, era evidente que
o homem tinha mais força e capacidade física do que as mulheres. Apenas com o
advento de funções intelectuais e/ou burocráticas, em que a força física não
era mais necessária para o desempenho da função é que a igualdade pôde ser
exigida.
Mas a mulher tem um 6o. sentido, uma doçura, uma fragilidade que a faz ser
diferente, muito além da anatomia. A mulher engravida, pare um filho, tem uma
ligação com ele durante 9 meses, quando o pai é apenas um coadjuvante. Laços
entre pais e filhos serão formados e fortalecidos com o convívio, convívio este
que a mãe tem intensamente com a criança em seu ventre.
Ao queimar soutiens e abolir a maquiagem, a mulher se masculinizou e abriu mão
de ser ela mesma. Imagine uma mulher no final da década de 60 dizer que seu
projeto de vida é ser mãe - coitada ! Ela era mãe porque não tinha opção, não
havia estudado, havia sido concebida para cuidar da casa, e consequentemente
dos filhos. Mas por que esta idéia de que cuidar de filhos é algo menor ?
Não vejo algo mais nobre do que cuidar, moldar o caráter de um ser. Ser para o
seu filho o exemplo de tudo o que você acredita. Cuidar dele para que ele seja
íntegro, honesto, humano, generoso com as pessoas.
Evidentemente a mulher pode e deve desejar uma carreira profissional - se este
for seu desejo, e não uma imposição de mulheres feministas, que chegaram a
iludir as mulheres dizendo que os filhos poderiam vir depois, e que a carreira
era o mais importante. Nosso corpo tem limites para uma gestação, não é
saudável e nem aconselhável ser mãe aos 50 anos.
Defendo aqui a liberdade de escolha para as mulheres : quer investir em sua
carreira ? Vá em frente. Quer investir na educação dos seus filhos ? Vá em
frente também. Consegue conciliar ambos sem culpa ? Parabéns para você ! O mais
importante é não se deixar levar pelas imposições da sociedade, cada mulher
deve ser livre para poder escolher o que deseja.
As mulheres que conciliam carreira e filhos, vivem uma tripla jornada :
trabalhar fora, cuidar da casa e cuidar dos filhos. Recentemente vejo os homens
mais preocupados e interessados em dividir esta tarefa, como se já tivessem
percebido que cuidar dos filhos é muito mais um prazer do que uma obrigação
moral a ser dividida com sua esposa. Os filhos crescem rápido, não terão esta
idade que têm hoje por muito tempo, e curtir cada fase de seu filho é
surpreendente.
Acompanhar cada descoberta das crianças, vê-las intuitivamente apontando o
controle remoto para a televisão, pois já entenderam que é assim que funciona.
Ou observar suas perguntas, suas curiosidades. Minha sobrinha Bia, quando tinha
6 anos, ao me ouvir dizer ao meu marido que eu levaria nosso cachorro ao
veterinário, veio com esta pergunta :
- Tia, o que é veterinário ?
- É um médico de cachorros (naquele caso).
- Tia, médico de cachorro é cachorro ?
Poder apreciar situações como esta nos dá um sabor especial à vida. Lembrar de
quando éramos crianças, de como pensávamos e como raciocinávamos, e assim,
acompanhar o crescimento de nossas crianças de perto, com atenção e carinho.
Feministas, pensem nisso.
Patricia Camargo -
Coach Pessoal especializada em relacionamentos
Atendimentos
presenciais em Campinas ou via Skype para todo o Brasil
Contatos através do
e-mail [email protected]
www.coachingafetivo.blogspot.com









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